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Daniel chega na hora que Marta estava com uma máquina de fazer chapinha ela estava se protegendo com aquilo.
Erivanja e segurada pelas funcionárias do salão de beleza.

—Marta me peça desculpas tu me humilhou sua afrontosa. — Erivanja gritou estridente.

Daniel estava alternando o olhar entre a namorada e a mãe que se sentou na cadeira fadigada da corrida que tinha feito fugindo da nora.

—Meu filho me tire daqui , sua namorada é maluca. — Marta estava ofegante.

—Vamos mãe , Erivanja depois falo contigo. — Daniel estava com uma expressão de poucos amigos saiu rapidamente com sua mãe que fingia estar desolada.

Tudo fazia parte do seu plano mirabolante fazer seu filho repensar se seria louvável um namoro com uma moça que faz barraco em plena Aldeota.

Erivanja quebra um copo de vidro com raiva, Rosa a recepcionista lhe dá um copo d'água para ela se acalmar.

—Amiga essa Marta sempre foi chata , tu tinha que se apaixonar logo pelo filho dela. — Rosa dizia enquanto marcava mais corte de cabelo pelo whatsapp.

—Eu lá sabia quem era essa louca , acho que vi ela aqui no salão só uma vez.

—Ela vem pouco Erivanja , Marta sempre diz que seu cabelo é lindo por natureza mas nós sabemos que a história não condiz com a realidade.

—Rosa e nunca ninguém disse isso pra ela ? — Erivanja perguntou rindo.

—Claro que não , aqui perdemos a amizade mas não podemos perder o cliente faz parte do processo. — Rosa riu enquanto varria os estilhaços de vidro no chão.

—Ai me desculpe pelo copo Rosa , é que me deu uma raiva se eu não fizesse isso talvez eu ia surtar.

—Relaxa amiga , mas acho que o seu namorado vai ter uma dr contigo.

—Senti isso também quando ele olhou pra mim.

Erivanja toma um gole de café pensativa enquanto olha para a bela Aldeota com seus lindos prédios e árvores frondosas sentia falta daquele bairro lindo e chique.

Enquanto isso Pituca estava na cozinha com um ar pensativo , em seus devaneios ficava pensando no rapaz gentil da cafeteria será que ele ia lhe dá uma chance mas depois imaginou que não devia ficar assim afinal ele nem lhe conhecia.
Ela coloca a mão no queixo e fica na mesa com brilho nos olhos coisa de gente apaixonada.
De repente Neyane lhe cutuca no braço direito.

—Pituca eu quero merendar. —Neyane pega na barriga mostrando que sentia fome.

—Ai me desculpe Neyane , estava com a cabeça no mundo da lua. — Pituca sorriu e vai fazer a merenda de Neyane.

—Parece minha mãe quando está apaixonada. — Neyane sorri senta na cadeira com as mãos apoiadas na mesa.

Pituca olha de esguelha para ela, como uma menina tão pequena podia ser tão esperta , pensou Pituca enquanto passava manteiga no pão.

Eduardo adentra a cozinha e bebe água.

—Bom dia sobrinha , já fez a tarefa da escola ? — Eduardo pega a lista de compra que estava em cima da geladeira.

Pituca riu da pergunta do patrão.

—Neyane fazer a tarefa por conta própria é ruim viu. — Pituca murmurou , Neyane olhou para ela pedindo segredo sobre essa situação.

—Neyane estuda , sua mãe recebe pensão tá feita na tua vida e tu ?

—Tio eu tô com fome , depois nos conversa sobre isso.

Eduardo riu e foi para o Supermercado Baricentro que estava lotado por sinal.
Ele comprava tudo que estava anotado na lista, quando viu uma promoção do suco de 0,99 ele pega empolgado cinco unidades vai para o caixa ele estava calmo mas se alterou quando o suco passou de 1,99 mandou chamar a frente de loja , Clarice sua namorada vai com a calculadora na mão com ar empertigado.

—Amor veio fazer enxame logo hoje ? — Clarice batia o pé no chão impaciente.

—Lá o suco tá de 0,99 passou de 1,99.

—Libera aí a diferença de preço , vou tirar o cartaz.

—Clarice sabe que estou certo né. — Eduardo diz.

—Não enche Eduardo.

Clarice tira o cartaz e rasga na frente do Eduardo.

—Eduardo precisamos conversar.

—Sobre a diferença de preço ? — Eduardo riu.

—Claro que não , eu te dou mais cinco reais se quiser. — Clarice foi sarcástica além da conta.

—Também não precisa pisar desse jeito.

—Qual o seu problema Eduardo ? — Clarice falou num tom alto , o gerente lhe lançou um olhar de que ela resolvesse o namoro do lado de fora do supermercado.

—Vamos conversar lá fora Clarice vejo que precisa me dizer algo. — Eduardo pagou a conta e deixou as compras reservadas.

Eles foram para fora do supermercado , Eduardo cruzou os braços , Clarice fez uma cara de poucos amigos.

—Clarice fala logo o que tá pegando. — Eduardo coloca as mãos no bolso.

—Eduardo tu veio no meu trabalho encher meu saco com uma merda de diferença de preço devia parar com isso.

—Eu tô no meu direito , mas vou comprar em outro canto se você se sentir melhor.

Clarice deu uma risada.

—Por favor Eduardo não tem só isso. — Clarice mexe no cabelo nervosa.

—Fala logo Clarice vocês mulheres rodam demais pra falar algo que coisa.

—Tem a Cibele aquela sua namorada fantasma que até hoje eu num sei por que terminaram o namoro e tu nem me diz aliás daquela casa ninguém me fala dela ela matou alguém ? — Clarice disse com voz alterada.

—Num é nada disso , isso é assunto particular meu , não precisa se meter nisso. — Eduardo olhou para outro canto , não gostava de tocar nesse assunto.

—Tá vendo sempre foge do assunto , que merda ela fez que tu não pode falar.

—Clarice está sendo invasiva sabia disso.

—Sou sua namorada , mas já que estamos nesse impasse prefiro dar um tempo. — Clarice disse desolada.

Eduardo não entendeu direito o que ela falou.

—Tu quer um tempo ? Pra mim tempo é terminar logo o namoro isso sim. — Eduardo disse perto dela olhando em seus olhos.

Clarice se segurou para não chorar.

—Pois que seja Eduardo , quando você estiver disposto a compartilha tudo voltaremos.

—Tchau Clarice. — Eduardo falou triste, pegou as compras reservadas colocou no carro e partiu estrada a fora.

Eduardo chorava enquanto dirigia ele amava Clarice mas ainda pensava em Cibele , parece que ele teria que superar Cibele de uma vez por todas e esse segredo que só ele e sua irmã Erivanja sabiam . Afinal o que Cibele aprontou ?

A PousadaOnde histórias criam vida. Descubra agora