A Pousada

Cp 15

Eduardo manda elas pararem de brigar , as pessoas que moravam perto da praça se ajuntaram aos montes para ver o barraco das duas mulheres apaixonadas.
Meury deu um apito , e a polícia chega para acalmar os ânimos.

—Parem de brigar meninas. — disse o policial baixinho.

—Meury tu trouxe esse policial baixinho , já viu o tamanho dessas duas , eu já tô ficando nervoso.

—Se acalme Eduardo , elas se cansaram olha ai.

As duas se separaram , estavam ofegantes e cansadas.

—Eduardo tu vai se arrepender se voltar pra ela. — diz Clarice triste e pega o primeiro táxi que vê.

O taxista vê ela quase chorando no carro e pergunta :

—Qual o destino moça ?

—Praia do Futuro , e pisa fundo eu quero sair desse bairro periférico pra ontem.

—Ei mais respeito com o meu bairro moça.

Clarice revirou os olhos , estufou o peito.

—Vamos eu sou cliente aqui. — Clarice abre o celular e várias mensagens de Meury perguntando como ela estava.

—Sim senhora.

O motorista fechou a cara , preferiu não aborrecer a passageira.
Depois de algum tempo , Clarice chega na Praia do Futuro.
Ela se senta próximo a beira da praia , ficou pensativa como num eterno devaneio de sua vida amorosa que parecia bem complicada por sinal, depois ela viu uma estrela cadente fez um pedido e sorriu a esperança tinha voltado novamente resolveu tomar um belo banho de mar em meio as estrelas reluzentes.

        ***
Outro dia. Erivanja resolve sair com Daniel numa cafeteria na Aldeota.
Uma das melhores por sinal Cafeteria Expresso onde se misturava café com livros para quem gostava de saborear uma leitura em meio a um café quentinho e puro.
O ambiente estava calmo por sinal , só alguns estudantes com seu notebook.

—Erivanja a minha mãe ficaria feliz se tu fosse conversar com ela. — Daniel pega na mão de Erivanja.

—Amor sei se isso vai dá certo não , tu mãe parece que não vai muito com minha cara isso se nota pelas atitudes que ela teve comigo isso foi beligerante. — Erivanja pega no cabelo loiro.

Daniel ri.

—Beligerante botando palavra difícil assim na conversa uma hora dessa que livro tu leu Erivanja ?

—Besta , eu sou culta só não mostro muito.

—Erivanja fale com ela.

—Agora não. — Ela foi taxativa.

—Nossa Erivanja tu devia ceder pelo menos um pouco.

—Eu já cedo demais e levei chifre. — Ela não queria ter dito isso mas saiu como um flash.

—Então acha que eu ia te chifrar por ceder , fala sério .

—Não foi o que eu disse , está colocando palavras na minha boca Daniel me escuta. — Erivanja pega na mão dele que se levanta rápido.

Daniel franze o cenho.

—É melhor darmos um tempo Erivanja ,parece que você tem desconfiança demais em relação ao homens.

—Tu que sabe Daniel , eu te amo apesar de tudo.

Daniel sai, Erivanja toma o café sozinha.

Enquanto isso Eduardo ensinava Neyane na lição de casa.

—Vamos Neyane faça logo essa conta de matemática , ainda tenho que cuidar da pousada sou o gerente se esqueceu.

—Tio devia contrata mais empregados , que pão duro você é .

Eduardo riu.
Neyane faz a tarefa rápido para assistir o seu desenho da manhã , Pituca varria a casa alegre cantando parece que tinha visto um passarinho verde.

—Pituca o que foi ? — Eduardo perguntou curioso.

—Clarice me chamou pro aniversário do primo dela hoje ,vou me esbaldar na festa.

—Vai com calma , amanhã tu trabalha mulher.

—Sei não , agora o patrão vai regular minha diversão , cuide de Clarice e Cibele soube que elas fizeram maior barraco na praça , o bairro todo comenta a notícia. — Pituca fala rindo.

—Esse povo desse bairro gosta de fofoca isso sim , foi só um contratempo. — Eduardo disfarçou o olhando para outra direção.

—Ah ram , me engana que eu gosto .

Erivanja chega na sala com tudo.

—Os homens não prestam mesmo. — Erivanja senta no sofá enraivecida.

—Que bicho te mordeu irmã.

Neyane vai para cozinha tomar leite , seu estômago estava pedindo falta de comida.

—O Daniel querendo que eu vire amiga da mãe dele , se ela não me suporta eu lá tenho paciência pra fazer de rogada.

—Erivanja devia ter feito o que o seu namorado pediu. — Pituca aconselhou.

—Pituca sabe que não sou Paulina igual você.

—Mulher respeita minha novela , olha aí Eduardo tua irmã começou com esses rompantes de madame eu vou perder a paciência. — Pituca vai para a cozinha.

Eduardo coça a cabeça.

—Meu Deus quando eu vou ter paz , vocês mulheres brigam demais.

—Por causa dos homens. — Erivanja diz rindo.

—Tu vai deixar o Daniel por causa de uma besteira dessa mesmo ? — Eduardo pergunta , enquanto tirava os cadernos de Neyane do chão.

—Não , mas no momento estou aborrecida.

Eduardo abraça a irmã .

   ***
Clarice e Pituca chegam no aniversário , o primo de Clarice que ainda não tinha aparecido por sinal ,mas a festa estava lotada.

—Clarice como se chama o seu primo , tu me traz pro aniversário nem sei o nome do mutante.

—Mulher respeita meu primo.

—Foi mal. — Pituca riu.

De repente o primo dela aparece , todo faceiro , Pituca ficou sobressaltada ao ver que era o mesmo rapaz que tinha lhe defendido na cafeteria.

—Paulo não sabia que era prima da Clarice. — Pituca beija o rosto dele lhe cumprimentando.

—Vocês se conhecem então. — Clarice olhou para os dois rápido e viu que estava rolando um clima.

—Prima , eu conheci Pituca na cafeteria da Meury achei ela gente boa.

—Pituca é legal , só é uma atriz que não sabe chorar. — Clarice diz rindo.

Pituca lhe lança um olhar penetrante.

—Foi mal Pituca falei sem pensar.

—Já nem ligo pras críticas mais amiga , elas me fortalecem de um jeito reverso. — Pituca pega no ombro de Paulo.

Clarice ficou meio sem jeito , e saiu de fininho.

—E aí Paulo , você é o nosso aniversariante. — Pituca riu enquanto no fundo tocava uma música romântica.

—Sim princesa Pituca , você é o meu melhor presente.

—Não gosto de ser chamada de princesa , me chame de dona do morro.

Paulo riu.

—Sério isso ?

—Sim é uma doideira minha me chame logo.

—Depois.

Paulo beija Pituca , Clarice vê a cena de longe e se lembra de Eduardo ela resolve tomar mais bebida.