C A P Í T U L O 11

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"Esta coisa chamada amor
Pode ser tão fria
Às vezes, é surpreendente
Às vezes, é tão louco está
Coisa chamada amor".
Nf, thing called love.

*══════ •『 ♡ 』• ══════*

RENATO

A caminho da cidade, passo em uma das únicas farmácias e a primeira que encontro e entro.

O local está vazio a não ser por um moleque moreno desajeitado que está no balcão.

Aperto meu capuz firmemente em meu rosto.

Nas diversas prateleiras brancas, todo tipo de medicamentos e comprimidos estão a minha frente.

As pego com pressa, derrubando outras no processo, fazendo um barulho significativo comparado ao silêncio que reina nessa espelunca.

Estou de frente ao garoto agora.

Dezenas de remédios para dor, infecção, inflamação, controlados... além de duas seringas.

ㅡ Uau, isso são muitos remédios não é ? ㅡ ele murmura.

Continuo em silêncio, minha postura intimidadora, e meu capuz em meu rosto.

O único sinal de minha impaciência são meus dedos batendo no balcão.

ㅡ Ok...comprimidos para dor, anti-inflamatorios...espere. Isso são remédios controlados, só vendendo com receita médica. ㅡ ele diz com a voz receosa.

Olho para cima a procura de câmeras. Nenhuma.

Ok, medidas desesperadas...

Tiro meu capuz e o encaro.

Seus olhos rapidamente se arregalam e ele engole em seco.

ㅡ Para o s-senhor tudo bem... claro. ㅡ Ele responde. ㅡ São 94 dólares.

Pago com um dos meus vários cartões de crédito, cortesia de minhas vítimas.

Saio rapidamente, não tenho tempo a perder com Natasha sozinha em casa.

Já no quarto, a encontro do mesmo modo que a deixei.

Deitada, inconsciente.

Toco sua jugular, o batimento está irregular, meio devagar mas pelo menos está lá.

ㅡ Natasha, cheguei. ㅡ Aviso e a sacudo.

ㅡ Renato, eu preciso... de um hospital.

ㅡ Shii você está delirando...eu trouxe remédio para dor,você vai melhorar agora... ㅡ pego a seringa e coloco uma dose da medicação mais forte para dor.

Aplico em sua veia do braço.

Ela se meche e protesta.

ㅡ Fica quieta porra. Reclamo e a estabilizo com força. Nunca fiz essa merda, ajudar os outros não é do meu feitio, não tenho muita paciência...

Logo após aplicar em seu braço, ela descansa.

A observo em silêncio, esperando qual quer sinal que o remédio está fazendo efeito.

ㅡ Você tem que toma este comprimido também.


⊱⋅ ──────────── ⋅⊰

Algumas horas depois, Natasha está dormindo.

O pior ja passou, mas eu continuo de guarda em seu ㅡ meu ㅡ leito.

Estou sentado na cama, olhando sua face adormecida.

Mas que porra aconteceu hoje?!

Se eu tivesse voltado mais tarde ...

Lembro-me da voz me dizendo para ve-la.

É como se eu pressentisse que algo estava errado.

Com ela...

Suspiro.

Essa garota não é bom pra mim... pro meu psicológico.

Tenho que ter cuidado com ela.

Dito isso sorrio com ironia.

Eu, um assassino, com medo de uma garota minúscula! Como se sentisse que estou pensando nela, a escuto suspirar em seu sono

ㅡ Renato... ㅡ Ela sussurra de olhos fechados.

Me aproximo de seu rosto, nossos corpos quase se tocando e sussurro em seu ouvido:

ㅡ Go to sleep.

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Tradução de "Go to sleep": Vá dormir.

A Prisioneira #1 • Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora