Capítulo 15

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Não sei o que aconteceu, mas preciso admitir, eu gostei. Fico paralisada por alguns instantes, raciocinando como isso aconteceu, porque foi muito rápido. Vou recobrando a consciência aos poucos, quando sinto duas mãos sacudirem de leve meus ombros.

Osoro - Senpai, está bem? Eu te machuquei?

- O que?... OSORO, COMO PODE FAZER AQUILO?!

Osoro - Aquilo o que?

- Aquilo, droga. Você não pode fazer isso sem me avisar antes, eu me assustei. Não repita.

Osoro - Aquilo, Senpai, se chama beijo e... Não é pra repetir o beijo ou não te beijar sem te avisar antes? Eu adoraria poder repetir mais vezes, caso queira saber.

- O QUE? NÃO, DE FORMA ALGUMA!

Osoro's P.O.V.

Eu e Senpai ficamos discutindo no porão por um tempo, mas não uma discussão ruim, como uma briga, mas algo legal e divertido. A minha pequena levou um susto com meu presente, e ficou nervosa depois dele. No meio da nossa conversa, desvio o olhar para o tal "Santuário do Senpai". Só agora percebo um caderno vermelho do seu lado. Me viro e me abaixo para poder pegar o caderno, mas Senpai me impede de fazer isso.

Ayano - Não mexa nisso

- Mas...

Ayano - Não. Mexa. Nisso. Ouviu, Osoro?

- É, ouvi. - Me levanto, ficando em pé. - É o seu diário, Senpai?

Ayano - Pode se dizer que é mais ou menos isso. Cansei desse lugar, quero sair.

- Claro, mas...

A beijo novamente. Sua primeira reação foi levantar as mãos, pronta para me bater, mas desistiu logo depois. Ao terminarmos, ela me olha por alguns momentos, quando simplesmente se vira e sobe as escadas do porão. Gritando, diz:

Ayano - Osoro, eu te disse pra não fazer isso. Seu sem noção, não sabe obedecer? Cretino, idiota, estúpido! - Com uma visível raiva, ela deixa um bando de curiosos para trás, que se perguntam o que aconteceu. Apenas rio, antes de ela sumir em meio ao segundo andar essa casa

Ayano's P.O.V

I-D-I-O-T-A. Aquele cara é um idiota. Como ousa me beijar? DUAS VEZES! Arg, preciso de um banho para me acalmar. Coloco a banheira para encher de água quente, enquanto pego minha roupa. Uma blusa branca com um short preto, bem normal. Entro na banheira e fico longos minutos ali, sem fazer nada, posso até dizer que dormi um pouco, mas era inevitável com aquela temperatura da água. Pela mal posição que estava na banheira, meu braço dói um pouco. Assim que acordo, tomo o banho que era pra tomar e saio, meio a contragosto, mas saio. Coloco minhas roupas íntimas e começo a colocar o meu short, quando batem na porta.

Muito educado para ser Osoro, muito quieto para ser Aso, Hanako, Osano ou Megamo, resta do assim apenas Taro e Amao. A porta se abre lentamente, de uma forma tão calma que fico com vontade de ir até lá e puxá-la para abrir logo. Quando ela abre totalmente, revela Amao, que logo me vê e faz uma expressão de surpresa misturada com vergonha, se esconde atrás da porta.

Amao - S-Senpai, e-e-eu não que... ria, me d-descul-pa

- O que foi Amao? Abre logo a porta, não tem problema

Amao - Tem certeza? Quer dizer, eu não sou um tarado. - Começa a sair de trás da porta, entrando no quarto. - Não tem vergonha?

- E por que teria? Não somos amigos? - Viro a cabeça de lado com minha blusa nas mãos, claramente confusa.

Amao - Somos, mas é que você é uma mulher, geralmente garotas tem vergonha que garotos entrem em seus quartos enquanto trocam de roupa. Eu pensei que você iria ter também.

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