Capítulo 24

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Mas... seria errado, não é? Mas que merda eu tô pensando? Eu não gosto dela. É mais um tipo de... atração física. Não passa disso. Definitivamente não.

Sou obrigado a admitir, ela é linda, gata, e todos os outros adjetivos que podem completar sua beleza, mas ela está me ajudando. Seria muito mal agradecido da minha parte fazer algo contra sua vontade.

Além de que ela é minha amiga. Não posso fazer isso, mesmo querendo - querendo muito.

Bom, posso me contentar em segurá-la, não é? Sempre quis dormir de conchinha com alguém antes.

[...]

Ayano's P.O.V.

De manhã, preparo café para dois. Acordei com Yuno me agarrando hoje de madrugada quando levantei para beber água, e até o momento em que eu tive que levantar para me arrumar, ele não me soltou uma vez sequer. Pelo menos, foi o que eu vi.

E bem, admito que foi legal. Eu nunca mais dormi com alguém desde meus cinco anos de idade, então tinha esquecido de como era a sensação.

Talvez seja só psicológico, mas me senti realmente protegida. Não, eu tenho certeza que foi só psicológico. Baseado em fatos, é bem mais provável que eu proteja ele do que o contrário. Ele não sabe defender nem a si próprio, e pelo menos isso eu sei fazer.

Vou para a sala na intenção de acordar Yuno, mas falho miseravelmente. Eu não sabia que quando ele dorme, é bem mais fácil acordar um morto do que acordá-lo. Então, sendo assim, não vou tentar mais. Para isso existem bilhetes, posso deixar um em cima da mesa avisando que fui para a escola e que o prato em cima da mesa é o seu café da manhã. Vai servir.

E então, me arrumo, como minha comida, coloco ração para Chat e saio de casa. Tranco a porta com a chave reserva - já que a minha vai ficar com Yuno - que fica atrás do potinho da planta, e então saio.

Olho para os lados, querendo atravessar a rua, e então percebo Budo vindo em minha direção. A casa dele é perto, eu me esqueço disso. Posso acabar tendo problemas com isso qualquer dia.

- Bom dia Aya-Chan

- Bom dia Budo-Kun

- Posso te acompanhar? - diz fazendo uma reverência formal, quase como se eu fizesse parte da realeza.

- E eu tenho outra escolha, cavalheiro?

[...]

Esse tal de Kizano é um insuportável. Não podia esperar nada menos que isso, é idêntico à minha antiga rival. Isso me dá um ódio indescritível.

- Senpai, você fez errado... De novo.

- Desculpa, Sunobu-san. Eu já disse que não sou boa em atuação. - Uma completa mentira. Se não fosse boa em atuação, como teria levado a minha vida até hoje?

- Isso é impossível. Eu vi potencial em você mais cedo. Não posso estar errado... Eu nunca estou errado, você que deve estar mal. De novo.

O que aconteceu foi o seguinte:

"Eu estava desconfiada - e ligeiramente preocupada - com Osano. Aquele demônio nunca deixa de me acompanhar até a minha sala, mas estranhamente eu não o achei em lugar algum hoje. E, com essa pequena pulga atrás da orelha, fui falar com Amao. Mas, infelizmente, também não o achei em lugar nenhum.

Foi então que me lembrei de Aso. Os três são amigos próximos, então ele deve saber onde os outros dois estão, e com isso, me avisar.

Mas eu também não o achei.

E essa máquina em forma humana nunca falta, é praticamente impossível. Então, como a boa amiga que sou, eu deixei pra lá. Não me avisaram nada, então não sou eu quem vai correr atrás de macho despreocupado.

Yandere ReverseOnde histórias criam vida. Descubra agora