Capítulo 25

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- Essa é a garota. - Diz o homem, já com uma aparência mais velha e desgastada mas que nem por isso parecia ter perdido o vigor de sua juventude. E, me entregando um envelope, dá a ordem - Quero que você a mate.

O olho, me perguntando mentalmente o motivo pelo qual devo eliminar meu alvo. Saco um pequeno abridor de cartas do bolso de minha camiseta e abro o envelope, logo depois o guardando de volta. Dele, puxo alguns papéis, contendo no primeiro um nome e uma foto.

- Essa garota é suspeita de alguns assassinatos. Ela foi descoberta, mas não haviam provas o suficiente contra ela, então ela foi absolvida pelo tribunal. - Pego então o segundo papel, o qual contia suas suspeitas e umas pequenas provas e acusações. - Ainda assim eu confio na minha intuição, e também acredito na palavra da minha filha. Se ela desconfiava dessa mulher, certamente tinha alguma coisa por trás. - O terceiro papel tinham informações pessoais, histórico escolar e passagem criminal. - Ela mudou de escola recentemente, então creio que vai ser mais difícil para ter uma noção dela por terceiros. Mas para todo caso, consigo pegar essas informações. - E então pego o quarto papel. Informações familiares. - Preciso que fique o mais próximo possível dela. Descubra tudo o que puder, cada detalhe, cada ato, tudo que possa ser considerado suspeito. Não deixe nada escapar. Me relate tudo semanalmente, quero informações sobre ela e o que faz de todos os dias, incluindo sábado e domingo. Dê seu jeito de conseguir. - E o quinto e último papel contém uma cópia de uma matrícula. Dessa vez, em branco. - Comece essa segunda. Use o que for necessário, eu te ofereço o dinheiro, não se preocupe.

Então o Sr. Saikou se vira, segurando uma taça de vinho, já pela metade, na destra, enquanto que a outra mão ficava por trás de suas costas.
- Apenas mate Ayano Aishi.

[...]
Ayano's P.O.V.

Um lugar aconchegante e com um ar mais caseiro, essas são as características que eu usaria para descrever esse café.

Durante à manhã aqui é calmo, quase invisível aos olhos das poucas pessoas que passam na rua, porém à noite é totalmente o oposto. Fica agitado, com um bom aumento no fluxo de clientes.

O motivo? Muitas pessoas chegam do trabalho com fome à essa hora, e como aqui é o único lugar que vende comida caseira e lanches a essa hora, o lugar enche. Bem, isso é bom. Eu pego o turno noturno, de qualquer forma.

Mas, independente disso, agora é hora de ir para casa. Eu me atrasei uma hora, tenho certeza que o Yuno vai perguntar. Não, eu tenho certeza que ele irá perguntar. Dois dias de convivência são o suficiente para perceber que uma pessoa odeia atrasos, que segue estritamente os horários. Gostaria de ser assim também.

Mas, isso é praticamente uma tarefa impossível para mim. Me atrasar - assim como a violência - está no meu sangue, não é algo que eu posso controlar. Não com tanta facilidade, mesmo já não tendo mais tanto esse hábito.

Então, sem demora, chego em casa. A melhor coisa do meu novo emprego é a localização dele. Apenas duas quadras. Eu poderia pedir por coisa melhor? Obviamente não.

Entro e logo fecho a porta. Chat vem me receber, e após seu carinho, some. Uma gata pidona, realmente muito interesseira.

- Senpai, finalmente chegou. Sabe como eu estava preocupado? - diz Yuno com nervos à flor da pele - Eu estava pensando até em ligar para a polícia.

- Com qual telefone? - digo enquanto retiro meus sapatos na entrada - Você insiste que eu não compre um pra você, ele iria resolver muitos problemas.

- Não posso abusar da sua boa vontade.

- Considere apenas um favor.

- Já considerei muitos favores vindo de você. Se eu aceitar mais um, nunca vou poder retribuir.

Yandere ReverseOnde histórias criam vida. Descubra agora