єρíℓσgσ

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Eu não podia deixar a amizade de Jerry e Anne esquecida no churrasco, rsrs.

Se prepare para certas informações...
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anoѕ atráѕ...

Anne havia se acalmado o suficiente para poder conversar, mas Marilla decidiu não bisbilhotar naquele momento pelo qual Anne estava agradecida. 

Ela poderia dizer obrigado pelo copo de água, mas tinha certeza de que começaria a chorar novamente se perguntada sobre o evento do dia. Gilbert, a lousa, e a escolha do Sr. Phillip por punições grosseiras e incomuns fizeram com que ela decidisse nunca mais frequentar a escola e, embora pudesse dizer com firmeza a Marilla que ainda não conseguia explicar o porquê. Marilla entendeu e manteve distância. Ela não disse nada quando Anne saiu de casa. 

Anne precisava de um pouco de ar fresco enquanto caminhava pelo perímetro da fazenda. Duas vezes. Ela precisava de muito ar porque tinha muito em que pensar. 

O que ela ia fazer? Ela seria mandada de volta ao orfanato por se recusar a frequentar a escola? Se ela tivesse escolha, escola ou orfanato, qual escolheria? Orfanato, ela escolheu. 

Ela nunca mais poderia enfrentar a escola. Ela só esperava que, quando chegasse o momento, ela pudesse tomar a decisão. Ela decidiu que o ar livre era bom, mas um pouco frio demais. Ela foi até o celeiro. No loft, ela ouviu Jerry. Ela foi cumprimentá-lo.

— Anne! — Ele ficou chocado. —Eu pensei que você ainda estava na escola.

— Não. — disse Anne, caminhando com firmeza e depois desabando sobre uma pilha de feno. — Eu nunca vou voltar para a escola.

— Essa é uma ideia horrível, Anne... — Jerry começou, mas foi cortado.

— Me chame de Cordelia. — Anne implorou, sentando-se.

— Porque? — Jerry riu. Ele estava um pouco acostumado com as tangentes de Anne sobre as pessoas de fantasia.

— Cordelia é o nome que me dou quando preciso de confiança. — respondeu Anne solenemente. — Ela é tudo que eu não sou. Ela é forte, confiante, poderosa, diferente de mim. Então, quando me deparo com um desafio que sozinha não consigo conquistar, eu me chamo de Cordelia.

Jerry nunca tinha visto Anne dessa maneira. Ela ficou completamente séria quando as lágrimas rolaram pelo rosto, lembrando-se de todas as vezes anteriores em que ela chamou sua Cordélia interior. 

— Tudo bem ... Cordelia.

O espírito de Anne se elevou ao ouvir o nome. 

— Obrigada. — disse ela, enxugando as lágrimas das bochechas. 

— Você pode... Você pode me dizer o que aconteceu? — Jerry estava curioso sobre o que levou alguém que ele já considerava forte, confiante e poderoso a chamar seu guerreiro interior.

— Bem, Anne ... quero dizer, eu. Eu estava na aula. — Anne começou hesitante. Ela não gostou da ideia de falar em primeira pessoa. Ela não estava pronta para ser Anne ainda e precisava de mais alguns momentos como seu alter ego.

ɱɑʀʀiɑgɛOnde histórias criam vida. Descubra agora