3- O Começo dos Problemas

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CAPÍTULO 3|
O  c o m e ç o  d o s  p r o b l e m a s 

          Me virei e vi Sebastian na porta e já soube que ia dar merda pela expressão no seu rosto. Pura raiva. Ele fechou a porta devagar e caminhou em passos lentos até mim, sem em nenhum momento tirar seus olhos, completamente negros, dos meus. Comecei a ficar nervosa, do que será que ele vai reclamar ou brigar dessa vez? Eu não fiz nada!

A cada passo que ele dava em minha direção eu recuava um, ele caminhava até mim com uma calma que me assustava, sua expressão era séria e mortal.

Caí sentada na cama, meu espaço havia acabado, estava sem saída. Presa. Ele chegou perto de mim e tive que levantar o rosto para olha-lo. Olhei para os lados buscando uma saída, mas não havia nada, à porta estava longe demais, e apenas as janelas estavam meio que perto, mas com certeza eu não iria pula-las de jeito nenhum.

Ele se abaixou até ficar na minha altura e aproximou seu rosto do meu. O que será que ele vai fazer?

— Que merda foi aquela que vi lá fora? — perguntou calmamente e pausadamente olhando em meus olhos, meus ossos estremeceram com à sua voz calma e seus olhos frios.

Minha mente viajou em busca do que ele estava falando. O que ele viu lá fora? O que aconteceu lá fora? Busquei em minha mente e meu corpo gelou quando percebi do que se tratava: do meu quase beijo com Jules. Droga! Agora a merda acontece pra valer.

— Não aconteceu nada — menti, minha voz saiu num sussurro quase inaudível.

— Você quase beijou o Jules, minha irmã. — Pegou uma mecha do meu cabelo em seus dedos e ficou analisando-a.

A sua voz calma e tranquila estava me assustando, e não era pouco.

Quase — repeti, lembrando-o.

Eu estava pedindo para ser morta, não era possível!

Ele parou de mexer em minha mecha de cabelo ruivo e olhou em meus olhos, eu não conseguia mexer um músculo se quer. Ele chegou mais perto do meu rosto e perguntou tranquilamente:

— Você queria beijar ele, irmã? — Aonde ele queria chegar com essa conversa?

Engoli em seco e neguei com a cabeça. Ele me olhou como se não acreditasse, ergueu uma sobrancelha.

Negou com a cabeça e um sorriso demoníaco surgiu em seu belo rosto.

— Mentira — rosnou.

É, agora eu estou ferrada.

— Não é mentira, Sebastian, eu não qu...

— NÃO MINTA PRA MIM! — grunhiu, batendo a mão na cama.

Fechei os olhos com esse susto. Suas mãos estavam do lado do meu corpo, me prendendo ali mesmo, seu corpo estava muito perto do meu. Eu sabia que toda aquela calma e tranquilidade era falsa, ele está com raiva. Muita raiva!

— Por que você sempre mente, Clarissa? — perguntou acariciando o meu rosto.

Eu estava paralisada com tudo isso, o jeito que ele gritou comigo me assustou, por um momento eu achei que ele ia me bater, e isso me assustou muito. Mas será que ele ia me bater? Ele era capaz de fazer isso comigo, com à sua irmã?

Ele esfregou seus lábios nos meus e me beijou, eu não correspondi. Eu não me mexia. Seu beijo era duro, forçado. Ele segurava o meu queixo enquanto me beijava. Eu não fazia nada.

— Me beije! — exigiu, vendo que eu não correspondia ao seu beijo.

Eu não respondi. Não correspondi. Não fiz nada. Nada!

Os Reis de Edom | 𝖢𝗅𝖺𝗌𝗍𝗂𝖺𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora