21- Diga xis, querido

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CAPÍTULO 21|
D i g a  x i s , q u e r i d o

Estava no jardim quando Sebastian chegou, depois de uma tarde inteira fora do castelo, que sabe se lá por onde ele esteve. Ele foi de encontro comigo, me cumprimentando com um beijo doce nos lábios e belas palavras. Meu coração morria de amores por ele, cada vez mais.

Ficamos no jardim por um bom tempo, até ele decidir que deveríamos ir para a biblioteca, não contestei a ideia, precisava ler um pouco e deixar a mente vagar para um outro mundo e realidade. A biblioteca estava fria e com cheiro de livros antigos, não era ruim, pelo contrário. Sebastian lia um livro qualquer sobre demônios, poções e portais, já eu, lia um livro mundano que encontrei.

No começo eu lia o livro, mas então eu só comecei a passar os olhos pelas palavras sem prestar atenção, minha mente estava em outro lugar. Eu então deixei o livro de lado, começando a vasculhar a imensa biblioteca, entre as imensas prateleiras que tinha variados livros, mas nenhum deles me chamava a atenção.

Foi quando eu avistei um baú no final da biblioteca, eu me aproximei dele e o abri, fazendo uma leve poeira subir. Eu vasculhei e achei coisas interessantes, mas eu apenas me interessei pela câmera fotográfica que encontrei. Era pequena, do tipo que tirava fotos em polaroides, por sorte ela ainda estava funcionando.

Tirei uma foto aleatória para ver se ela ainda tinha cartucho, e tinha! Em silêncio, me aproximei de um estante que ficava perto do Sebastian, me sentei no chão e me mirei a câmera em sua direção, pegando-o distraído.

Para o meu azar, a câmera tinha um flash de luz forte, fazendo Sebastian olhar em minha direção atento, mas assim que me viu relaxou. A foto saiu, mostrando-o distraído, com os olhos abaixados enquanto lia o livro, seu cabelo bagunçado.

Diga xis, querido — pedi ao posicionar a câmera em sua direção novamente.

Sebastian sorriu, um lindo e sexy sorriso que me fez soltar um suspiro, ele tinha o poder de arrancar suspiros de mim. O fotografei, vendo a foto sair momentos depois, a peguei a sacudi, vendo-a se revelar. Com as duas fotos e a câmera nas mãos, me levantei e fui em sua direção com um sorriso brincando em meus lábios. Ele deixou o livro na mesinha que tinha do lado, dando tapinhas em seu colo.

— Ficaram lindas, não acha? — perguntei quando me sentei em seu colo, mostrando as fotos para ele.

Ele concordou com a cabeça e tirou a câmera da minha mão, voltei a admirar as fotos, vendo o quão bonito ele saiu. Se ele fosse um mundano, com certeza seria um modelo, com o seu cabelo platinado e olhos negros como uma noite sem estrelas.

Parei de pensar quando um flash de luz veio em minha direção, Sebastian havia me pegado distraída e aproveitou para tirar uma foto. Pisco com a luz repentina, olho em direção dele, que tem um belo sorriso em seu rosto, me fazendo deixar qualquer raiva que começou a surgir.

— Mas essa ficou melhor — acrescenta, mostrando a foto para mim.

— Não se pode contar mentiras, querido, é feio — digo brincalhona, enquanto roubo um beijo seu.

— Tenho algo para lhe entregar — anuncia ele, tirando um frasco do bolso da jaqueta.

— O que tem nele? — perguntei enquanto balança ele, vendo o liquido dourado balançar dentro.

— Vai ajudar com o seu braço, amor — disse tirando a tampa de vidro do frasco, colocando-o entre meus lábios para eu beber.

O liquido desceu amargo pela minha garganta, fazendo eu esboçar uma careta pela amargura. Sebastian deu uma risadinha do meu lado enquanto tirava outra foto minha.

Idiota!

— Não ria — digo séria.

— Impossível. Olhe! — Mostra a fotografia da minha careta, fazendo eu fechar a cara.

— Que horrível! — exclamo, vendo-o guardar a foto na jaqueta.

Ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, depois toca o meu rosto com delicadeza, me fazendo encarar os seus olhos negros cheios de doçura. Minha pele se aquece com o seu toque, fazendo o meu coração bater forte em meu peito, quase saindo para fora.

— Eu já disse que te amo? — pergunta num sussurro apaixonado.

Balanço a cabeça.

— Já. Mas se quiser, pode falar de novo.

Ele sorriu, fazendo o meu coração bater mais forte e borboletas aparecerem no meu estomago.

— Eu te amo, meu anjo — confessou, chegando perto e roçando seus lábios nos meus. — Eu te amo tanto, e vou continuar te amando até o fim. Você é o amor da minha vida, querida, e vou sempre te amar e te querer por perto.

Sorri contra seus lábios, por fim selando-os.

Essa foi a última lembrança feliz que tive antes de tudo desabar em nós, destruindo tudo à nossa volta.


★★★

Só faltam um capítulo para o epílogo. Preparem os lencinhos 🤧💖
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Os Reis de Edom | 𝖢𝗅𝖺𝗌𝗍𝗂𝖺𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora