15- Segredos à Mesa

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CAPÍTULO 15|
S e g r e d o s  à  m e s a

Acordo sobressaltada com o pesadelo que tive, ele era tão realista que me deu medo. Eu sonhei que estava morrendo, meu corpo estava todo ensanguentado e havia um corte enorme na minha barriga, eu juro que podia sentir a dor de estar morrendo. Foi bizarro.

Olho para a janela e vejo que está de tarde, ou presumo já que não tem como eu saber, já que aqui não tem horas. Me levanto da cama ainda atordoada com o meu pesadelo, sigo para o banheiro e abro a torneira da pia, jogando água gelada no rosto tentando me recuperar. Ergo o rosto e me olho no espelho, meus olhos estão na cor normal deles, o verde, o que é bom, vê-los preto como carvão me incomodava, não era eu, não eram os meus olhos.

Ouço alguém bater na porta do quarto, quem pode ser? Seco meu rosto na toalha e saio do banheiro indo até a porta e a abrindo, Sebastian estava ali com sua jaqueta preta e seu cabelo platinado bagunçado, uma bagunça sexy devo enfatizar. Seus olhos me analisaram, ele me olhou dos pés à cabeça sem disfarçar, sob o seu olhar eu me senti nua, mesmo estando com uma calça moletom e uma regata branca.

   — Tem como parar de me olhar? — pedi incomodada, depois da sua demorada analise ele me olhou e esboçou um sorriso sacana.

   — Impossível. — Ele passou por mim entrando no meu quarto.

   — Claro, pode entrar — disse sarcástica fechando a porta. Me virei para ele que olhava pela janela — O que você quer? — perguntei cruzando os braços.

Ele, sem olhar para mim, respondeu:

   — Vamos atrás de respostas. Se vista e vamos logo, não temos tempo a perder. — Peguei as minhas roupas e fui no banheiro me trocar.

Quando já estava vestida com as minhas típicas roupas, eu saí do banheiro e encontrei Sebastian olhando minha caixinha de joias, ele tinha o par de brincos esmeraldas na mão.

   — Esses brincos combinam com os seus olhos — comentou de costas para mim.

Qual das duas versões, quis perguntar, mas me contive em dizer isso. Peguei meu par de sapatos e os calcei.

   — É, eu sei. Vamos? — Segui até a porta e abri, ele passou por mim e saiu do quarto, saí logo em seguida fechando a porta. — Para onde vamos, afinal?

Ele me olhou travesso, mas não me respondeu, ele apenas começou a andar pelo corredor e eu o segui. Bufei pela falta de resposta dele.

   — Sério? Você não vai me dizer para onde estamos indo?

   — Espere e verá, irmãzinha. Espere e verá — Deu um sorriso aberto.

Bufei com a sua resposta vazia. Enquanto andávamos reparei um pouco mais nele, ele ficava muito bem vestindo aquela jaqueta e ele ficava irresistível com o cabelo bagunçado. Não vi para onde estávamos indo, só fiquei reparando como a bunda dele ficava bem naquela calça. Ele ficava malditamente quente.

Tão quente...

   — Chegamos — anuncia me tirando do transe, desvio os olhos daquela bela bunda e olho onde estamos. Nós paramos em frente do quarto do Jules.

   — O quarto do Jules? — questionei confusa — Como vamos conseguir resposta aqui?

Ele tirou uma chave do bolso da jaqueta e abriu a porta, ele me deu passagem e eu entrei, ele veio logo em seguida fechando aporta.

   — Se você procura respostas para coisas estranhas, é aqui que você vai encontra-las — declarou atrás de mim.

Olhei em volta do quarto tentando procurar qualquer coisa suspeita, mas não tinha nada, apenas tinha a estante de livros, uma escrivaninha bem arruma e seu guarda-roupas.

Os Reis de Edom | 𝖢𝗅𝖺𝗌𝗍𝗂𝖺𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora