12- Enigmas

377 34 20
                                    

CAPÍTULO 12|
E n i g m a s


          Eu não percebi a saudade que eu estava dele até ouvir a sua voz, eu segui a sua voz correndo até encontra-lo em uma das celas. Simon estava em frente a grade quando me viu, meu peito foi preenchido por alivio por saber que ele está vivo.

— Simon, que bom que você está vivo. Eu senti tanto a sua falta! — Me ajoelhei em frente a cela e segurei as suas mãos que apertavam as barras de ferro.

Simon estava ali diante de mim, vivo. Meu rosto ficou banhado pelas minhas lagrimas enquanto apertava as suas mãos geladas, eu queria abraça-lo, mas as grades impediam isso, então eu só podia segurar as suas mãos.

— Clary, o que está fazendo aqui? É perigoso demais — ele falou enquanto analisava o corredor.

Perigoso? Eu observei o seu rosto e vi que ali tinham alguns pequenos cortes que logo iam cicatrizar por ele ser um vampiro. Será que Sebastian está machucando-o? Toquei seu pequeno corte na bochecha.

— Foi o Sebastian que fez isso com você? Eu vou matar aquele desgraçado! — vociferei a minha ameaça, como ele foi capaz de fazer isso com o meu melhor amigo?

Mas diferente do que pensei, Simon negou rapidamente com a cabeça.

— Não, Clary, não foi ele. Você precisa sair daqui logo, se ele te ver aqui...

— Se não foi o Sebastian, então quem foi? — perguntei desesperada.

Ele negou com a cabeça apressadamente.

— Eu não posso falar. — Então abaixou a voz até se tornar nada além de um sussurro. — As paredes tem ouvidos, Clary.

Do que ele estava falando, e por que ele parecia tão desesperado e assustado? Eu acariciei as suas mãos com o meu polegar para mostrar que estava tudo bem.

— Quem mais está aqui, Simon? — perguntei baixinho.

— E-eu não posso dizer... eu não consigo dizer — falou aflito.

O olhei sem entender, ele não queria ou não podia contar? Afaguei as suas mãos até ter a sua atenção voltada para mim. Ele parecia aflito e desesperado, confuso e perdido, como se nada fizesse sentido. Eu não sabia o que estava acontecendo aqui.

— Simon, está tudo bem — garanti, não sabendo se era mesmo verdade, mas eu consegui faze-lo se acalmar.

— Clary, ele matou o Jace e tentou nos matar, mas ele conseguiu impedir, ele está nos protegendo a todo custo. Você precisa confiar nele, ele fala a verdade, o outro mente e manipula. Nos salve, antes que seja tarde demais — implorou, apertando as minhas mãos.

— Eu não entendo, Simon... — disse aflita.

— Apensa se lembre disso, Clary. Não confiei no manipulador, ele quer vingança pelo que fizeram, ele vai te usar até te matar, não confie nele. Confie no outro, o que diz a verdade mesmo não parecendo, ele não é vilão. Acredite nele e nos salve.

— Por favor, Simon, seja mais claro. Eu não consigo entender.

— Eu não posso falar mais do que isso, sinto muito. Você terá que descobrir isso sozinha — lamentou. — Não conte para ninguém, Clary, ninguém neste castelo é confiável, eles vão te dar informações erradas, principalmente o de olhos cor de chocolate.

Eu não entendia os seus enigmas, parecia tudo sem sentido, mas eu confirmei com a cabeça. Eu precisava me lembrar disso, mesmo não sabendo de quem ele estava falando. Antes mesmo que eu pudesse lhe perguntar mais, eu ouvi passos vindo da direção contraria que vim. Eu e Simon olhamos alerta para aquele lado escuro e frio.

— Vá, se ele te achar aqui... Eu preciso que você saia, eu vou ficar bem, por um tempo, mas não demore para desvendar, ou tudo ira se perder. — Eu concordei com a cabeça. — Corra, o mais rápido que puder!

Ele soltou as minhas mãos e apontou para a direção que vim, eu olhei uma última vez para o seu rosto aflito antes de partir em disparada pela escuridão. À medida que corria, os passos da outra pessoa aumentavam, assim como as batidas do meu coração.

Eu precisava desvendar o enigma para ajuda-los, mesmo não fazendo a mínima ideia de como desvenda-los.

Quando cheguei ao lugar de que tinha caído da escada, me deparei com duas passagens, as duas estavam escuras e não sabia por qual das duas eu havia vindo, os sons dos passos foram aumentando e eu não sabia o que fazer. Eu fiz uni-duni-tê mentalmente e escolhi pela passagem a esquerda no desespero, eu subi os degraus em dois em dois, com meu coração batendo à mil por hora e o suar descendo pela minha testa.

Depois que subi as escadas, me vi em lugar vazio com mais duas passagens ao lado da que saí, esse castelo tem passagens subterrâneas? Meu coração batia rápido demais e eu estava ofegante, meus pulmões imploravam por ar, apoiei as mãos nos joelhos e inspirei fundo, enchendo os meus pulmões de ar.

Eu não sei quem estava lá embaixo, mas eu sei que era perigoso pelo jeito que o Simon se referia e estava desesperado, aquilo foi assustador demais e pensar no que o meu amigo estava passando lá embaixo fez um calafrio subir pela minha espinha.

Eu queria saber de quem ele estava falando, quem era o manipulador e o não-vilão, ele se referia ao Sebastian e mais quem? E quem era quem?

Olho para as três passagens a minha frente; a da esquerda eu acabei de sair, a do meio e a da direita eu não sei para onde dão. Eu troco o olhar entre a do meio e a da direita para saber por qual vou.

Decido ir pela passagem do meio, que os Anjos me ajudem nessa situação que estou. Mesmo hesitante, sigo pela passagem escura, não há uma única luz para me guiar nessa hora. Nunca havia passado pela minha cabeça que esse castelo tinha passagens subterrâneas, no mínimo eu achava que tinha passagens secretas que ao puxar um livro se revelavam, ou puxar uma tocha ou qualquer coisa parecida.

Eu nem sei em que lugar essa passagem fica, já que achei ela por pura sorte.

Acabo batendo na parede, pisco algumas vezes e tateio a parede, acabo tocando em algo que se parece uma escada, na verdade é uma escada de mão grudada na parede. Para onde será que ela vai? Seguro o primeiro degrau e vou subindo até bater com a cabeça no topo, coloco a mão no teto e vejo que é como um alçapão, ergo ela e a claridade ilumina a passagem.

Com um pouco de receio, termino de subir e entro no cômodo, mas ele está baixo demais, estranho. Percebo que a passagem acabou me levando para debaixo de uma cama, me arrasto para sair dali, quando me levanto, percebo onde a passagem me levou: para o meu próprio quarto.

Então quer dizer que embaixo da minha cama há uma passagem que leva até outra passagem que me leva até o calabouço? Uau! Que coisa louca.

Passo a mão pela minha roupa para tirar a poeira, vou precisar de um banho depois dessa. Mas isso é o que pouco me importa no momento, eu preciso entender o que Simon me disse para poder salvar ele e os outros do que quer que seja.

Corro até a minha escrivaninha,pegando um papel e caneta, eu anoto os enigmas para poder me lembrar. Agora eutenho uma missão: salvar os meus amigos.

[Notas]

Desculpa pela demora, galera, a inspiração não está colaborando comigo ultimamente. Uma pergunta, vocês preferem capítulos longos ou curtos?

Não se esqueçam de votar e comentar :)

Não se esqueçam de votar e comentar :)

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Os Reis de Edom | 𝖢𝗅𝖺𝗌𝗍𝗂𝖺𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora