Imagine dias passando rapidamente... Meses começando e terminando em um piscar de olhos.
— Como foi a seletiva? – Perguntou Alfonso, de bocha cheia, sorri ao imaginá-lo naquela cena, que antes talvez eu detestasse.
— Quase desmaiei de nervoso, foram os dez minutos mais longos da minha vida, e não é exagero. – Respondi colocando o telefone no viva voz, eu precisava arrumar o quarto antes que minha mãe me colocasse pra fora de casa.
— Desculpa não ter acompanhado, quebrei outra promessa. – Suspirou pesadamente.
Ficamos em silêncio...
— Não tem problema, afinal não é a última... você terá outra oportunidade de me aplaudir. – Finalizei com uma gargalhada.
— Sinto sua falta...todo dia... – Confessou com o tom arrastado.
*
Meses depois...
— Alfonso, você não faz ideia de como ela é linda, não consigo parar de chorar. – Murmurei ao telefone, com a mão livre toquei a parede de vidro que me separava das incubadoras. Luna choramingava baixinho, as bochechas rosadas denunciavam o quanto estava irritada com aquela luz sobre si.
— Por favor, tire fotos de todos os ângulos possíveis, e diga que a amo. – Respondeu com a voz embargada.
— Ela tem os seus olhos. – Constatei em meio sorriso.
*
— Acabou pra mim, como vou participar da seletiva com esse maldito tornozelo? – As lágrimas escorriam sobre meu rosto, estava em total desespero.
— Calma, garota... fica calma, é uma torção, isso é absolutamente normal. – Me tranquilizou do outro lado da linha. – Repouso e compressa de gelo por três dias, é suficiente.
— Fala isso para o meu instrutor, por ele eu não saia de dentro das sapatilhas. – Bufei derrotada.
— Você não é uma máquina, por Deus... ele tem que entender. – Devolveu irritado.
— Preciso descarregar o estresse, antes que enlouqueça. Vamos fazer aquilo de novo. – Instiguei.
— Você está sozinha? – Perguntou entrando no jogo.
— Sozinha e só de calcinha. – Provoquei.
*
— Eu te odeio, não me liga nunca mais. – Bradei.
— EU NÃO SAI COM A LILY GAROTA. – Voltou a dizer.
— E porque ela está na foto junto com você?
— Porque somos da mesma turma, e saímos com a TURMA. – Frisou. – Quando vai parar com esse ciúme besta? Não tenho nada com ela. E não é junto comigo, tem meia dúzia de pessoas entre nós…por favor, não começa.
— Agora sou besta? – Questionei.
— Anahí...eu não disse isso. – Rosnou.
*
—Você está bêbado? São três horas da madrugada. – Cocei o olho entre bocejos.
—Qual a possibilidade de você descobrir que medicina é sua real vocação? – Finalizou com um soluço.
— Na mesma proporção que tenho de virar uma sereia. Vai dormir Alfonso.
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O Preço de um Sonho
FanfictionPlié... Demi Plié... Grand Plié ... O que te move? Para onde você quer ir? Qual seu objetivo? O que te faz feliz? Ou melhor, o que você faz para alcançar a própria felicidade? Não escolhemos os próprios sonhos, eles nos escolhem. Acredite no seu so...