— Éeh... O ret chamou minha prima e eu vim junto dela. — disse sem encarar ele, abri minha latinha e dei uma golada. — Ah, obrigada. — sorri e o encarei. Ele havia se escorado na mesa que tinha ali e eu estava completamente sem jeito.
— Mancada da tua prima te largar sozinha aqui. — ele esborçou um sorrisinho de canto e eu assenti.
— Fazer o que né, primas, primas. Piru a parte. — falei sem pensar e só me dei conta quando ele riu pra caralho. Merda!
— Você é doidinha. Deve ser de família né? — eu assenti, tomei mais da minha cerveja e por ser superlatão ainda estava bem cheia. Jason abriu a dele e bebeu, me encarou por um tempo. — Esse olhão aí é teu mermo?
— Aham, tudo de fábrica. — sorri e ele fez uma careta e depois riu.
— Me lembre de dar os parabéns aos seus pais.
— Posso até lembrar sim, mas acho meio impossivel você conhecer eles. — dei de ombros e ele concordou, ele se afastou depois de um dos rapazes chamar ele e eu fiquei feito uma idiotinha surtada mas mantive a postura e surtei apenas na minha mente, que aliás quase soltava fogos por dentro. Cacei por um pratinho e fui até o churrasqueiro, peguei umas asinhas e carnes. Coloquei salpicão e farofa, catei um garfo e arrumei um cantinho para sentar. Enfiei uma garfada na boca e fiquei olhando o pessoal a minha volta, alguns eu já conhecia por conta dos stores dos meninos e outros não. Terminei de comer e deixei meu pratinho no lixo e voltei a me sentar, minha lata já estava quase vazia e eu me lembrei que não daria conta de pegar outra no freezer e fiquei puta. Avistei a Juliana saindo de dentro da casa e voltando para a area externa da piscina que era onde todos estavam.
— E aí, gatinha do meu core. — soou falsa e eu apenas semirrei meus olhos para ela.
— Vai dar esse cu, Juliana. Você me deixou aqui sozinha e o Jason está bem ali. — apontei com a cabeça e ela olhou.
— Suuuurpresa? — abriu os braços fazendo graças e eu biquei sua canela. — Ai vagabunda, vou pegar uma brahma pa noix.
— Hm, tá muito felizinha. — eu ri e neguei, ela me deu dedo e foi indo para perto do Ret que conversava com uns caras e o Xamã. Retirei apenas a minha blusinha e encostei na espreguiçadeira, tirei o ocúlos da minha cabeça e coloquei nos olhos e fiquei cantarolando a bela e a fera. Meu solzinho gostoso foi tampado por um estrutura grande e pelo completar da música, eu nem precisei abrir os olhos para saber quem é e dei um sorriso.
— Me lembro que um dia vi uma águia pelo céu
Que mergulhou e resolveu se aventurar no mar
Mas acordou bêbada num quarto de hotel
Dizendo pra si que jamais voltaria amar. — abri os olhos e me sentei direitinho, peguei a lata que ele havia esticado para mim e o olhei se sentar ao meu lado, neguei desfarçadamente e abri a lata, golei e coloquei sobre a mesinha perto dali.— Showzinho particular, hmm, pode continuar Geizon! — ele riu. Fechei minha mão como se fosse um microfone e continuei. — Pegou busão espacial e viu o céu azul escuro
Passei na sua rua e vi o seu nome no muro
Não sei se eu escrevo o meu do lado ou se eu rasuro
Prometo que se o chão cair de novo eu te seguro. — apontei minha mão para ele e se inclinou e continuou sem tirar os olhos de mim, senti todo meu corpo se arrepiar e engoli em seco.— Gata, você é o crime, toda boa
Eu sou o crime em pessoa
Eu não tô aqui à toa pra agradar
Nossa vida louca Deus perdoa
Marca dez que o tempo voa
Lá na frente nós tá pronto pra voar.— Ai garoto, porque suas musicas tem que ser boas assim? — bufei e ele deu risada.
— Parece que alguém sabe bem sobre mim. — encarei ele e dei de ombros. — Você disse o meu nome.
— Disse e você não disse o meu até agora. — ajeitei meu cabelo e bebi mais da cerveja. — Aliás eu te falei?
— Não, mas sua prima sim, Melinda.
— a voz dele tava um pouco rouquinha e talvez fosse pelos shows de ontem e também por estar bebendo. Senti meu corpo formigar, puxei minhas pernas para mim, coloquei meus braços sobre os joelhos e escorei meu rosto. Eu tinha que de alguma forma gravar cada detalhezinho dele, mesmo que eu já conhecesse, é super diferente dos stores e ainda mas assim a pouquinhos centimetros de distância. Seus olhos estavam um pouco menores e eu arriscaria dizer que era apenas por cansaço. Sua boca era perfeitamente desenhada e eu me perdiria ali com uma extrema facilidade. Deus do céu, eu preciso desse homem. — Qual a sua preferida?— Que?
— Das minhas músicas, qual a sua preferida? — ele riu porque teria notado que eu estava destraída babando ele?
— Ahn, eu gosto de Monalisa, o seu trecho na poesia acustica... Mas de longe a Você Não Ama Ninguém está no topo da minha lista.
— Porque gosta tanto dela? Aliás das minhas músicas, eu sei que tenho algumas fãs mas você não se parece com elas.
— Porque eu não me pareço? Ontem eu fiquei super nervosa, nem queria entrar no camarim. — confessei e ele assentiu.
— Mas agora tá aqui de boinha conversando comigo. — ele piscou e eu neguei rindo.
— Até porque se você tivesse o poder de ler mentes, eu estaria fudidamente fudida. — murmurei e ele riu alto demais, trazendo até a atenção de quem estava a nossa volta.
× aqui terminou o sonho. ×
quando tiver de novo eu aviso.
me respondam: vocês preferem a mel mais atiradinha feito a jully ou mais calma? estão gostando daqui?
comentem, isso me ajuda muito a saber se a história está andando para o caminho certo.
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Você Não Ama Ninguém 》XAMÃ
FanfictionMelinda gostava de ouvir um certo cantor de rap, porém, sempre que planeja ir aos show's algo a impedia. Até que conseguiu, o conheceu e desde aquela nunca a vida da estudante de direito nunca mas foi a mesma • todos os direitos reservados. • hist...