capítulo quarenta e um.

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Juliana estava rindo descaradamente de me ver naquele meio, as meninas então nem se fala. Sinalizei que precisava de socorro e elas riram, Juliana entrelaçou a mão com o Ret e veio pra perto da gente.

— Feliz aniversário, priminha.

— Obrigada! — me desvinculei do abraço do Jason e abracei o Filipe, meus pais se focaram e sairam de perto, respirei tão aliada que o Jason gargalhou junto do Ret. — Nossa mano, minha mãe não sabe segurar a língua.

— Ela é maneira pô, relaxa. — Jason dizia prendendo o riso e eu revirei os olhos, mas acabei rindo. Deixei ele ali com o Ret e fui levando a Juliana comigo pra perto das meninas.

— O que rolou lá?

— Porra, Lu... quase me fodi.

— Ela falou sobre vocês estarem namorando, né? ela veio me perguntar e eu não sabia o que responder. — Cecília confessou e eu ri.

— Porra, de longe isso nem foi o pior, quase que ela soltou na rodinha que eu tô apaixonada por ele. — eu disse e olhei de relance pro Xamã que estava intertido conversando com o Filipe que dava risada.

— Meu Deus, imagina se ela fala! — Amanda pontuoou.

— Eu já estava pra cavar um buraco e me jogar dentro. — confessei rindo de nervoso e elas gargalharam.

Fiquei por ali com elas conversando e tiramos algumas fotos, minha mãe super coruja insistiu que batessemos um parabéns e depois disso foi ficamos mais o pessoal mais novo mesmo. Eu estava sentada, já morta e bêbada e o Jason estava vindo na minha direção sentou do meu lado e deu um beijo na minha bochecha.

— Cansou?

— Pra caralho, não tenho mais pique pra dançar hoje. — confessei rindo e peguei um pouco da cerveja dele, mas acabei fazendo careta. — Quer pegar água pra mim, lá não?

Pedi e ele riu, levantou indo lá pegar mas parou no meio do caminho pra atender uma prima minha. Eu suspirei e me ajeitei no banquinho que eu estava, Caio sentou ali meio desajeitado e eu ri.

— Menino, vai dá pt aí.

— Porque não me avisou que estava namorando? — indagou e eu enrruguei as sobrancelhas.

— Deve ser porque eu não estou namorando ninguém? Para de ser louco, Caio. — respondi ainda confusa e ele negou.

— Tua prima e você agora tá nessa vibe, virou modinha namorar os cantor aí? — sinalou pra festa e eu engoli a seco, já ficando irritada.

— Você tá chamando nos duas de que? Assim, só pra deixar claro mesmo... caso eu tenha entendido errado.

— De nada amor, mas eu só queria que você tivesse me contado. — indagou meio chateado e deixou a mão pousar em minha coxa. — Cê sabe que eu sou rendido pra caralho em você.

— Eu não estou namorando ninguém, Caio. — voltei a afirmar e ele virou de frente pra mim e ficou um pouco mais próximo. — Mas isso não me impede de ficar com outras pessoas, assim como você.

— Porra, então porque você não ficou mais comigo? Desde que eu soube que você tava tendo um rolo aí, você foge de mim. Tá em sigilo ou é exclusividade do cantor?

— O nome dele é Jason. — o corrigi e ele fez uma careta. — E não, não tem exclusividade nenhuma. A questão é outra totalmente diferente.

Eu disse e o Jason já não estava em meu campo de visão, provavelmente tinha ido para a parte do salão onde estava os freezers.

— Então fica comigo pô, sinto maior falta de tu. — confessou e eu voltei a olhar para ele.

— Não dá, Caio.

— Porque não cara? Nos sempre fomos assim, pra mim tá de boas você ficar com ele. — confessou outra vez e já estava puxando minha mão para ele, tinha se aproximado demais e eu já estava sem saber o que fazer. Tentei ir mais para a ponta do banco, mas eu iria acabar caindo.

— Não dá.

— Claro que dá, pô. Precisa nem ele saber. — disse autoritario e eu estava sentindo minha cabeça começar a rodar, ele segurou em minha nuca e tentou me puxar pra me beijar.

— Solta ela, caralho.

— Calma aí irmão! — Caio se manifestou e o Jason me puxou do banco e me colocou para trás dele

— Calma aí, um caralho. Sabe o que não é não, ô filho da puta? — eu não sei quem tremia mais, eu de medo ou o Jason com raiva.

—  Tava conversando só, pô. Relaxa, Xamãzin. — Caio falava com deboche, levantou do banco e o Jason ficou encarando ele.

— Eu tava de lá vendo, seu puto. Você ia beijar a minha mina.

— Não tava sabendo que a Melinda era prioridade tua, cuzão. Eu sou amigo dela e estava conversando, para de ser emocionado cara, nem tem nada com ela pô.

— O que eu tenho é o bastante pra você desejar tá no meu lugar, filho da puta. — Jason ameaçou a ir pra frente mas eu me meti ao meio e tentei por força em seus braços, mantendo seus pulsos pra baixo.

— Olha aqui pra mim amor, aqui. Ele tá bêbado, não vai valer apena. — chamei sua atenção e ele só desviou o olhar do Caio quando o viu se afastar com o apoio do Ret e mais uns dois moleques da faculdade.

— Mel... ele ia te agarrar, mano.

— Mas não fez ok? Depois eu me acerto com ele. — acarrinhei seu rosto e ele soltou um suspiro forte. — Tá tudo bem amor, não aconteceu nada, certo?

— Tá... certo. — afirmou e eu selei sua boca.

Você Não Ama Ninguém 》XAMÃOnde histórias criam vida. Descubra agora