capítulo dez.

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Jason Carlos.

Eu estava ficando muito louco para chegar ao ponto de chamar uma mina que mal conheci, para passar quase um dia inteiro comigo. Mas é foda... eu não sei como explicar exatamante como as coisas estavam acontecendo e nem o porquê, só sei que a Melinda tem uma energia surreal que sempre acabava me puxando para ela.

É claro que eu achava ela a maior gata, mas também tenho que pesar outras caracteristicas além da beleza incomum que essa mulher tinha. Sua serenidade estava começando a me deixar encantado. Sou quase dez anos mais velho do que ela e ainda assim a Mel consegue me fazer sentir como se eu estivesse prestes á ter o primeiro relacionamento.

Já estavamos próximos de arraial e eu a olhei de canto de olho, ela já havia retirado a blusa do corpo alegando que assim já iria se morenando pelas frestas de sol que passava pela janela aberta, seu corpo se sacolejava e ela murmurava a letra de Don't Start Now.

— Canto mal né? — eu assenti rindo e ela deu de ombros. — Que pena, pois vai ter que me aturar!

— Pode continuar, morena. — estavamos parados no sinal e eu tirei meu telefone do bolso, abri o stores e comecei a gravar ela, iria continuar se ela não olhasse.

Jason!!! — exclamou e eu ri.

— Você é uma negação cantando, Melinda. Tomara que como advogata seja melhor. — ri e finalizei o stores, enviei lá marcando ela e voltei a dirigir.

— Quem disse que eu vou ser advogata? — ela tinha um sorrisinho travesso nos lábios e eu dei de ombros. — Ainda não decidi.

— Juigata então?

— Puta que pariu, ficou pior ainda, Xamã.

— Ah, que isso pô.

Melinda Andrade.

Eu já estava bem mais relaxada com o Jason depois de algum tempo dentro do carro, quando chegamos á praia, fomos para perto de um quiosque que mantinha mesa com cadeiras e guarda-sol ali mesmo na areia. Jason foi junto do rapaz do quiosque dizendo que iria pegar um litrão e algo para comermos, eu não neguei nada, estava com fome e já era quase o horário do almoço. Tirei a minha rasteirinha a jogando para debaixo da mesa, passei protetor em quase todo o meu corpo, iria descer meu shorts para passar no restante e ficar logo de vez apenas com o biquine, mas fui interrompida por o toque louco do meu telefone. Atendi sem olhar no visor.

— Alô?

Melinda Andrade, onde você está com o puto do Xamã?

— Oi, Cecí! — dei risada de seu surto repentino e ela tagalerou a falar. — Ami, calma.

Você nem falou nada que iria sair com ele, Mel. — indagou.

— Foi de última hora, neném. — murmurei e vi o Jason a minha frente ajudando o carinha a por as coisas na mesa, peguei o chápeu que estava em sua cabeça e coloquei na minha enquanto dava risada.

Caralho, VOCÊ LEVOU CAMISINHA MELINDA? — o Jason me encarou na mesma hora e eu com toda a certeza do mundo estava vermelha feito um tomate.

— Porra, Cecilia! — exclamei e o Jason tava dando risada discretamente enquanto pegava um pedaço de peixe e jorrava limão em cima.

Ai merda, ele ouviu né?

— Uhum, sua louca!

— Ai, desculpa né! Não tinha como eu saber. Mel, pelo amor de Deus cara, toma cuidado. Qualquer coisa pede um help no gp, ouviu? — eu assenti me esquecendo que ela não estava me vendo. — Melinda?

— Ouvi amiga, pode deixar.

— Ta bom, você e essa sua mania de ficar confirmando com a cabeça ao invés da boca. — ela exclamou e eu revirei os olhos. — Tá, tchau. Cuidado e use a condom.

— Cecília, mano... Tchau! — ela riu e desligou na minha cara, olhei para o Jason e ele estava balançando a cabeça em negação e tinha um sorrisinho nos lábios. — Que foi?

— Avisa a ela que eu também sei falar inglês.

— Ai, merda! — bufei, mas acabei dando risada.

Eu estava morrendo de vergonha e tudo por culpa do fogo no rabo da Cecília, aproveitei que ele se destraiu com algo no celular e terminei o que estava fazendo antes da Cecília me ligar. Dobrei o meu shorts depois de tira-lo e enfiei dentro da minha bolsa, passei meu protetor e joguei nas pernas do Jason que estava me olhando meio esquisito.

— Quase acerta onde não deveria. — ele murmurou e eu senti minhas bochechas arderem. — Ficou vermelhinha de novo! — dei risada e eu revirei os olhos.

— Palhaçado, você aí falando merda e quer o que?

Bebi do meu copo quase secando tudo de uma vez e taquei aquela bandeja de peixe, meu estomago já estava nas costas de tanto que eu estava com fome, tá... talvez não tão exageradamente assim, mas quase isso. Lambi a ponta dos meus dedinhos que estava com pedacinhos do peixe e olhei de relance para o Xamã, ele estava sentado na cadeira, sem blusa e com uma bermuda daquela tactel. As pernas estavam meio abertas e seu tronco reencostado na cadeira e ele sendo um pouco maior do que ela, estava pressionando o abdomén. Eu soltei um suspiro pesado quando ele se mecheu dando um pouco de impulso no quadril, o movendo para cima. Minha mente foi longe e eu senti meu coração desparar no mesmo instante.
Depois que eu forrei meu lindíssimo estomago, estava bem mais alegrinha e também era de se levar em conta a metade do segundo litrão que já estavamos secando. Me ajeitei ficando em pé e dei meu telefone para o Jason tirar uma foto minha.

— Porra. — ele exclamou olhando o telefone e eu tomei de sua mão. — Calma, Melzinha tô admirando o meu chapéu pô.

— O chapéu, né? — ele assentiu no maior sinismo possivel e eu neguei rindo. Editei a foto e volte a me sentar enquanto a postava no feed do instagram.

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@mel_andrad: a sereia mais doida do mar.

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