— Você tem certeza que ouviu isso mesmo, Melinda? — Luisa questionava e eu bufei.
— Claro que tenho, tudinho. — confirmei encarando a nossa janela de video do grupo no skype.
— Mas ele está solteiro, não está?
— Está sim, o Filipe me disse que tem meses que ele e a aquela menina terminaram. — Juliana afirmou e eu fiquei meio perdida no tempo. Sacudi minha cabeça e continuei a guardar os cabides no guarda roupa.
— Eu não sei meninas, acho que eu passei real os limites, sabe? Porra, até semanas atrás eu era apenas mais uma que o admirava e curtia as musicas dele. — comecei a falar sem encarar elas, agora eu dobrava algumas das roupas para guardar. — Eu não poderia ter deixado essas coisas acontecerem...
— Melinda, você não tem como sair o julgando apenas porque ouviu trechos de uma conversa. — Luisa pontou e eu dei de ombros.
— Mas e se for mesmo aquilo que ouvi? Eu já tô bem envolvidinha e sério... me fodi.
— Mas e SE FOR ciúmes?
— Juliana, não né? Não tem a mínima lógica pra isso. — digo e fecho o guarda roupas, me joguei na cama e ajeitei o telefone o tirando de onde tinha apoiado e segurei.
— Olha aqui, você sabe muito bem que tem uma galera que shippa eles dois como namorados e dizem as más línguas que já rolou umas coisinhas por ali. — ela completou e eu estalei a língua.
Talvez a Juliana estaria certa?
— Juliana, mano, eu não tinha pensado nisso. É obvio! Ela deve se sentiu ameaçada quando encontrou a Mel por lá e claramente indicando o que tinha acontecido na noite anterior.
— Luisa, para de entrar na onda da minha prima, obrigada? — eu ri sem graça e ela deu uma risadinha. — Vocês duas também porra, ao invés de me ajudarem... E ela foi super tranquila quando falou comigo, não foi rude ao ponto de que eu afirme que ela estava com ciúmes dele, sabe?
— Ai amiga, pelo menos você sentou nele. — Juliana começou e eu não aguentei e ri alto abessa.
Ficamos mais um tempo conversando e encerramos a chamada, jantei bem tranquilinha com meus pais e depois voltei para o quarto, revisei algumas coisas da faculdade e quando me cansei, desliguei tudo e deitei.
[.........]
— Melindinha!!! — escutei o Caio me chamar e sorri me virando para o mesmo.
— Sumido você né? É estudante daqui mesmo ou só fica de turista? — ele riu e eu neguei. — Desse jeito vai se formar nunca né, gato?
— Calma pô, qualquer coisa você sustenta os nossos pivetes. — eu ri, ele me abraçou pelo pescoço e fomos andando para fora da faculdade.
Caio e eu já tinhamos ficado algumaz vezes e até tentamos um namoro o que não deu exatamente certo por ele ser extremamente galinha. Não chegou a me trair pois eu nunca pensei em aceitar o pedido de namoro que veio dele, obvio, mas assim quando nos ficávamos eu já percebia algumas coisinhas e dei um fim logo antes que eu estivesse apegada demais pra não conseguir decidir isso.
Ficamos conversando ali fora com outro pessoal e depois eu me despedi, peguei um ônibus mesmo já que o prédio do meu estágio não era muito longe dali. Em menos de quinze minutos, eu já estava entrando no prédio, cumprimentei o pessoal que eu já conhecia e fui direto para o banheiro, me troquei bem rapidinho e caminhei para a minha mesa e comecei a trabalhar, hoje o dia seria bem longo e eu ainda estava moídinha de ontem.
Já tem um mês que estou aqui e já me adaptei muito bem, além do mais que o Doutor Marcello agora me passou para o andar de cima e agora eu trabalho para o filho dele, Murillo. Ele passou toda a semana que passou fora, mas nos tivemos contato apenas por emails. Ele estava para chegar hoje após o almoço e eu já estava um pouco apreensiva pois segundo as meninas, ele é bem rude e chega as vezes a soar bem grosseiro.
Desde que ele me trate com respeito, eu iria o tratar da mesma forma e se me tratasse mal eu teria que controlar demais a minha língua e reação, pois segundo a Juliana, eu sou quietinha até que pisam em meu calo.
Almocei a marmita que minha mãe havia me mandado, escovei meus dentes e eu ainda tinha vinte minutos do tempo de almoço, voltei para a minha mesa, me sentei e chutei meus saltos em baixo da mesa, apoiei meus pés ficando na ponta dos dedinhos e relaxei. Olhei por alto as redes sociais e vi até que tinha algo sobre Agnes e o Xamã, mas preferi pular os stores bem rápido sem nem ouvir o mínimo possivel.
— Boa tarde, Melinda Andrade. — eu dei um pulo com o susto e fiquei em pé em dois segundos, quase caindo ao calçar se volta meus sapatos.
— Boa tarde, Doutor Murillo. Bem vindo, de volta. — tentei sorrir amigavelmente e ele continuava com um olhar sério, estava a pouquissimos passos de mim. Com um terno extremamente alinhado ao seu corpo, ele eram bem mais jovem do que eu imaginei e ser e também muito bonito. Seus olhos desviaram o olhar dos meus e desceram por toda a minha mesa e depois voltaram a me encarar.
— Já me enviou tudo que te pedi para agora a tarde? — ele finalmente falou e me deu as costas indo para a sua sala. Agarrei a pasta que eu tinha que o entregar e fui em passos rápidos atrás dele.
— Foram enviados para o seu email tem pouco mais de uma hora e aqui estão os arquivos do processo que seu pai encaminhou para você. — ele se sentou e eu coloquei a pasta na mesa, começando a me sentir incomodada sem ter muito o que fazer com minhas mãos. As cruzei na frente de meu corpo e ele olhava a pasta, apesar dos óculos que usava para fazer tal coisa, ele não deixava de ser aparentemente poucos anos mais velho do que eu.
— O que está esperando, Andrade? — engoli em seco e ele não me olhava, já estava virando com as costas da cadeira para mim e ainda assim lendo o processo.
— O senhor irá precisar de algo mais?
— Se eu precisar, você irá saber. Pode voltar para lá e aproveitei para organizar a sua mesa. — ele murmurou e eu assenti, dei as costas para ele e saí de sua sala.
Ótimo, meu chefe é perfeccionista e provavelmente vai me odiar ao longo do dia e das as pequenas bagunças que eu faço em minha mesa, que aliás agora só tinha alguns papeis desalinhados e o pote com lápis e canetas estava tombado sob a mesa.
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*capitulo não revisado*
i'm sorry babys, ontem eu apaguei geral 😝
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Você Não Ama Ninguém 》XAMÃ
FanfictionMelinda gostava de ouvir um certo cantor de rap, porém, sempre que planeja ir aos show's algo a impedia. Até que conseguiu, o conheceu e desde aquela nunca a vida da estudante de direito nunca mas foi a mesma • todos os direitos reservados. • hist...