capítulo dezenove.

6.2K 479 268
                                    

— Boa noite, meninas. — Jason disse aparecendo em nossa mesa e eu dei um sorrisinho vendo ele cumprimentar as meninas com um abraço desajeitando, ele deu a volta na minha cadeira e se sentou na que estava vaga ao meu lado. Selou a minha bochecha e fez com que eu o olhasse. — Tudo bem, morena?

— Tô ótima. — ri e ele assentiu, uma de suas mãos estava pousada em minha coxa desnuda por conta da saía jeans e desfiadinha que eu usava. Eu me ajeitei, colocando um dos meus cotuvelos sobre a mesa e apoiei a lateral de meu rosto em minha mão. — Quer comer alguma coisa? Eu já tinha pedido uma porção de batata e frango, mas você demorou né...

— Tive que passar em casa e depois deixei alguns dos moleques aqui perto. — ele coçou a nuca e eu assenti sorrindo.

— Ei, casal! Vamos querer apagar a nossa vela aqui? — Juliana indagou e apontou para ela e pra Cecí que só fazia dar risada.

— Ai garota, cala a boca. — eu resmunguei e taquei uma batata murcha, que estava caída na mesa, na cara dela.

— Ué, gente... mas tá foda né, segurar vela não é bem comigo. — Cecí entrou na onda e eu acabei rindo. Senti o Jason apertar a minha coxa e eu estremeci.

— Tem casal ainda não. — Ele riu e eu devo ter ficado mais vermelha que aqueles pimentões. — Linda, vou no banheiro ali e peço mais uma torre e uma porção. — ele disse mais baixo para mim e eu fiz assentir, ele levantou e eu suspirei, soltando um ar que tava preso em mim.

— Você reparou que ele falou "ainda não"? — Ju gesticulou aspas no ar e eu confirmei.

— Eu percebi e tô começando a ficar com um medinho básico. — sorri sem mostrar os dentes e a Cecília negou. — Ah gente, é complicado né?

— Mel, você quem tá querendo complicar as coisas cara, fica de boa e só curte. Se for pra ter algo á mais, vai ter ué.

— Cecília, eu tô prevendo que vou me foder.

— Vai nada, porra. Vocês apenas estão com uma foda bem dada em mente, aí né bebê, até eu chamava de meu amor, minha vida. — minha prima indagou e eu ri.

— Ele não tá me chamando assim, Juliana.

— Ah não? Então tá. — ela disse em deboche e eu assenti, concordando.

— O assunto chegou, mas podem continuar, pô.

— Xamã, não né, amadoh? — Juliana fez deboche e ele riu alto.

— Depois vou falar pro Retzinho dá um jeito em você. — ele dizia prendendo o riso e a Cecília ficou quietinha. — Que foi? Você não fala, não?

— Eu tava pensando sabe, você tá comendo a minha amiga, o teu amigo tá comendo a prima dela... não quer completar o ciclo e arrumar um pra mim também?

— Caralho....Cecília, mano. — eu murmurei querendo cavar um buraco e me jogar dentro.

— Cecília quando para pra pensar assim, certeza que vem merda, mas até que dessa vez você acertou né, ami? — Juliana gargalhava e eu estava pra morrer.

— Você contou pra elas a nossa transa, amor? — ele segurava o riso e eu respirei fundo.

Nossa mano, eu vou matar essa vaca. — apontei para a Cecília e encarei o Jason que me olhava com um riso preso no rosto, os braços cruzados e com certeza ele estava esperando uma resposta para a sua pergunta. — Jason, que inferno. Tu também não vale nada né?

Ele negou e começou a rir, se aproximou de mim e deu uns beijinhos no meu pescoço e ombro. As duas palhaças também estavam rindo de mim, e eu acabei me rendendo e entrando na zona deles. O que o Jason pediu, havia chego e nos ficamos ali jogando conversa fora por um bom tempo, por volta de uma da manhã as meninas começaram a se despedirem para ir embora e eu saí de lá logo depois com o Jason, ele havia me oferecido uma carona até em casa e claro, eu aceitei logo ou seria tacada em cima dele por pressão da meninas.

— Você tem estágio amanhã? — ele me perguntou e eu neguei, mas lembrei que ele não estava me olhando. — Mel...

— Desculpa, eu tenho mania de ficar respondendo com sinais de cabeça. — Ri. — Mas não, não tenho. Amanhã estou livre na pista. — puxei o "s" de propósito e ele deu uma risada. — E você?

— Tenhos umas coisas pra gravar mais é só bem á noite. — ele murmurou e parou no sinal. — Quer dormir comigo?

Disse direto e reto, eu encarei seus olhos, dei um sorrisinho e me debrucei selando sua boca, o que ele fez virar um beijo que foi cortado por conta de um carro que buzinou atrás  de nós.

— Aceitou né? — ele riu e eu assenti.

Nem sempre o que se sente é o que se fala
Já que 'cê 'tá na linha, eu dou corda... — murmurei cantando e ele negou. — Que foi?

— Ás vezes eu me assusto quando você vem enfiando trechos meus nas nossas conversas.

— Para de graça, Xamã. — eu ri da cara dele e ele ficou me pertubando dizendo que um dia eu iria surtar e fazer uma tatto com o nome dele de tanto que eu era fã declarada. — Nossa e se fuder? Já foi hoje?

— Não... só daqui a pouco. — ele disse sério e eu dei um tapa em sua perna. — Ai, amor.

— Palhaço! Ridículo! — resmunguei e cruzei meus braços. — Jason, para de ficar de dengo pro meu lado, você  vai me foder  com isso.

— Hmmm, replay?

— Nossa, eu desisto! — eu disse indignada e ele dava altas risadas, muito palhacinho mesmo.

××××
xamã é um docinho todo
nem parece aquele putao de um hot aí

Você Não Ama Ninguém 》XAMÃOnde histórias criam vida. Descubra agora