Desço às escadas animada quando escuto os meninos chegando em casa. Hoje eu havia trocado até de roupa e colocado uma roupa "normal", considerada as que eu usava normalmente quando cuidava de Taehyung, mas ainda sim branca. Bom, era uma das únicas cores de roupas que eu tinha...
- TAEHYUNG! - grito já estressada pela demora do mais velho. Eu sei que não iria adiantar nada, mas gosto de agir como se eu estivesse participando dos momentos.
- Nossa, ele tá demorando, né? - Namjoon fala já impaciente.
- Verdade, Joonie! - respondo, mesmo sabendo que não seria escutada.
- Vamos? - todos viramos quando Taehyung fala descendo às escadas. Abro minha boca chocada. Sua beleza chegava a me assustar. Passo meus olhos por toda a extensão do seu corpo e paro mais tempo em seu tronco. Sorrio ao notar que Taehyung estava usando a camisa que comprou naquele dia em que eu apareci sem querer para ele.
- Nossa, dessa vez você se puxou! Nunca vi você tão arrumado, até penteou os cabelos! - Jin fala entusiasmado. - Você acha que vai ver aquela garota de novo?
Paro de sorrir no mesmo momento.
- Quem? - ele pergunta confuso, ou se fazendo.
- A da camisa. - Namjoon responde. Todos olhamos para a camisa de Tae. Fica um silêncio desconfortável. Pigarreio envergonhada.
- Claro que não! Eu só fiquei com vontade de me arrumar, oras. - ele fala e anda direto até a porta. - Eu vou de moto, não tem mais espaço no carro. Até lá, gente.
- Tchau, gente! - me despeço e saio correndo atrás de Taehyung. Ele sobe em cima da moto e saí sem esperar ninguém.
Suspiro. Vejo os meninos saírem de dentro de casa e ficarem olhando para a porta. Ando até eles e fico encarando a porta também, sem entender.
- O que foi, gente? - pergunto.
- Como vamos trancar a porta se o Tae levou a chave com ele? - Jungkook é o perguntar.
- Vamos deixar só encostada, aí deixamos a luz da sala ligada. Vão achar que tem alguém em casa. - rio com a ideia de Jimin e assinto.
Espero todos entrarem dentro do carro e me viro para a porta. Entro dentro de casa e tranco por dentro, desligo a luz e saio novamente.
Fecho meus olhos e imagino eu ao lado do Taehyung. Abro meus olhos em poucos segundos e me assusto quando o som alto invade meus sentidos e a escuridão me faz ficar desnorteada. Balanço minha cabeça para voltar a mim mesma. Olho em volta procurando por Taehyung e o vejo sentado no bar tomando cerveja.
- Cara anti social! - ando até ele e paro ao seu lado. - Você poderia dançar, beijar alguém, se divertir!
Ele continua bebendo e e olhando em volta. Suspiro. Olho nos olhos de Tae e sorrio. Mesmo desconfortável em estar aqui ele veio por causa de seus amigos. Ele é uma pessoa boa, mesmo sendo chatinho às vezes, ou quase sempre.
Olho para o barman e encaro o copo em sua mão. Saudades...- Oi. - viro quando escuto uma voz feminina. Arqueio a sobrancelha ao menos tempo que Tae ao notar que ela estava falando com ele. - Você está sozinho?
- Não. - ele responde grosso. Respiro fundo, tem uma menina maravilhosa falando com ele e ele está dando um fora nela? Como pode?
- Está com a sua namorada? - ela pergunta ainda interessada. Como eu queria poder empurrar Taehyung para cima da garota!
- Sim. - ele fala grosso. Me viro de costas para os dois, não estou afim de olhar na cara de Taehyung dando um fora na menina.
- Cadê ela? - reviro meus olhos, minha querida, entenda ele não te quer, já ficou chato. Mesmo que eu queira que ele se divirta essa menina já está irritando. Poderia apenas aceitar e sair dali indo até outro garoto.
- Está aqui! - sinto meu braço ser puxado delicadamente e ser virada em direção a eles dois. Arregalo meus olhos ao notar que: de novo, eu estava em corpo físico!
- Ah, ela? - ela olha por toda a extensão do meu corpo e sorri minimamente envergonhada. - Sinto muito.
Ela se curva e saí rapidamente.
- Obrigada! - ele fala e solta meu braço voltando a beber sua cerveja. Por sorte Taehyung não olha em minha direção.
Continuo parada no mesmo lugar, encaro seu rosto. Sinto meu braço formigar no lugar em que Tae havia encostado. Meu peito sobe e desce por conta de minha respiração acelerada. Por que eu estava assim? É apenas Kim Taehyung, eu via ele todos os dias, eu sei todas as suas manias chatas, sei o quanto ele é preguiçoso, sei que ele não gosta de sair, sei que ele não gosta de conversar com pessoas desconhecidas, sei muita coisa! Eu não deveria estar assim, e para completar: EU ESTOU MORTA!
- Você está bem? - ele olha em minha direção e fala aparentemente preocupado. Agradeço por estar tão escuro que não era possível vermos o rosto um do outro naquele ângulo. Eu não saberia o que fazer se ele me reconhecesse daquele dia na loja.
- Uhum. - murmuro. Com certeza ele não tinha me escutado. Ele apenas faz um certinho e volta a beber sua cerveja.
Me viro e saio andando dali. Paro mais afastado e volto ao "normal". Bato minha mão em meu rosto levemente tentando me recompor. Estalo meus dedos e dou uns pulinhos. Me viro e volto para perto de Taehyung. Noto que Jimin estava ao seu lado também bebendo uma cerveja.
- Quem era aquela menina com você? - Jimin pergunta. Pelo visto ele tinha chego agora aqui também.
- Eu não sei, eu fingi que ela era minha namorada para outra menina sair daqui. - Jimin arregala os olhos.
- Mas você não viu o quão bonita ela era? - ele fala chocado. Sorrio convencida por ser chamada de bonita por Jimin. - Ela parecia um anjo com aquela roupinha branca.
- Ela também estava usando uma roupa branca aquele dia no shopping... Tae sussurra alto o suficiente para nós dois pudermos escutar.
- Quem? Essa menina aqui? - Jimin pergunta confuso.
- Não, a menina do shopping. Ela também parecia um anjinho fofo. - Tae fala com a língua meio enrolada. Ok, ele já estava bêbado! Espera... Ele me chamou de "anjinho fofo"?
Em apenas alguns minutos eu fui de "namorada falsa" à "anjinho fofo?". Hum, isso é um avanço!
Rio sem jeito e passo minhas mãos em meus cabelos.
Esse homem ainda vai me enlouquecer!
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I'm Your Angel. - Taennie.
FanfictionVocê já imaginou alguma vez que tem um anjo da guarda? Sim? E já imaginou ser o anjo da guarda de alguém? Acho que não, não é? Jennie; uma garota de apenas vinte e três anos se vê em uma realidade completamente diferente da que estava acostumada qu...