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Camila deixou sua amada sozinha em casa naquela manhã, beijou delicadamente sua testa, Lauren ainda dormia profundamente, já a de olhos castanhos não havia dormido nada, por isso que ao sair com o carro parou no primeiro Starbucks que encontrou e pediu um café puro e grande, o atendente a olhou com uma expressão assustado, mas entregou o pedido dizendo "tenha um bom dia".

Ela colocou um óculos de sol para que ninguém mais tenha que fazer essa cara ao vê-la.

Quando finalmente chegou na escola, estacionou o carro na vaga dedicada exclusivamente para a diretora e desceu do carro, já estava atrasada, mas isso pouco importava. Ela deu de ombros, afinal era ela quem mandava em tudo.

Jogou o seu copo de café vazio na primeira lixeira que encontrou e seguiu em direção ao portão.

— Olá.— o simpático segurança disse ao abrir a porta para ela com todo o respeito.

— Bom dia Frederick.— sorriu simpática escondendo a vontade de se jogar no chão e chorar por horas, o senhor de meia idade sorriu de volta sem perceber que ela estava uma catástrofe, Camila agradeceu aos céus por isso.

"Talvez ninguém percebesse." Pensou retirando os óculos de sol e depositando no decote da camisa, pendurado.

— Bom dia Karla.— ouviu a voz assim que passou pela recepção, pelo corredor do lado do pátio, estava tudo vazio porque os alunos já haviam subido para as salas.

— Bom dia Allyson.— era uma das secretárias, ela franziu os lábios ao ver a diretora, mas isso não a incomodou, ela sempre fazia isso quando via Camila. Entregou alguns papéis e a morena caminhou até sua sala.

No caminho encontrou um aluno sentado na enfermaria.

"Já essa hora?" Perguntou a si mesma "Eles não podem esperar nem pela segunda aula para fingir uma dor de cabeça?"

— O que houve com você querido?— perguntou em voz alta se sentando ao lado do garoto tímido e cabelo de fogo, ele a encarou um pouco assustado, mas logo tocou a testa com a mão gorducha e fez uma expressão de dor.

— Muita dor de cabeça.

"Sabia" pensou.

— Aw querido, já ligaram para os seus pais?— ele abriu a boca para responder, mas alguém se aproximou e se pronunciou fazendo o menino encolher os ombros.

— Acabei de pedir para enfermeira ligar.— Camila olhou para cima e viu Tyler, um dos professores de português da escola, acreditava que ele dava aula para o ensino fundamental.

— Muito bom, só peço para que da próxima não o deixe sozinho.— disse se levantando e ajeitando o casaco no corpo.— Não é permitido nenhum aluno nessa área sem supervisão.

O homem moreno trancou a mandíbula e concordou com a cabeça obediente.

— Tudo bem, não acontecerá novamente.— confirmou.

— E por falar nisso, sua sala está sem supervisão?— a diretora perguntou de costas para ele, já que tinha pego o caminho para o seu escritório.

Ouviu um som que logo foi abafado, provavelmente uma risada que o menino não demorou de esconder.

— Eu já estou a caminho de lá.— o professor se defendeu.

— E vai deixá-lo sozinho aqui?— retrucou e ouviu o homem respirar fundo.

— Ele vai voltar para sala para esperar a enfermeira.

— Quando tiver um tempo Tyler, passe na minha sala por favor. — Camila disse já indo embora. Quando se virou novamente viu de canto de olho o professor a encarando com raiva.

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