Sorrisos

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Anne Shirley-Cuthbert

Não contamos para a Josie sobre a nossa conversa passada, afinal, ela tinha uma queda pelo Gilbert até alguns dias atrás. Além do mais, eu não queria contar. Eu iria repor o dinheiro, não é? Então não foi uma "loucura" como a Tillie disse. Depois da desnecessária conversa e da Josie ter saído do banho, a Tillie entrou lá, e a Josie começou a se produzir. Me despedi delas, e vim para o meu quarto. Parece que Diana, Jane e Ruby finalmente já estavam lá. Elas notam minha presença quando eu abro a porta.

–Oi, Anne. Como foi a fuga? –Jane pergunta, enquanto se maquia. Parece que ela já tinha tomado banho. Ruby estava no banheiro, e Diana no celular.

–Ótima. Fiz uma nova amizade. –Diana sai do celular, e presta atenção na conversa.

–Anne, fala sério. Você podia ter ficado lá embaixo. –Diana diz em tom sério, me encarando.

–Não foi só isso, Diana. A Anne deixou a gente pra trás no caminho da loja, da qual estávamos super ansiosas pra ir, e ainda ignorou a gente, quando voltamos pra cá. –mordo o lábio, percebendo o quão injusta eu fui com elas.

–Desculpem, tá? Mas eu não me senti bem com vocês falando com o Gilbert, além dele ter me chamado de cenoura e vocês terem rido! –falo apressadamente, e Diana dá risada.

–Espera. "Eu não me senti bem com vocês falando com o Gilbert"? Anne, Anne... –Jane percebe a conclusão da Diana, e elas começam a rir juntas.

–Ela estava com ciúmes! E logo da gente, com o Gilbert? Anne, pelo amor de Deus. –desta vez, é Jane que declara, e eu só tenho vontade de matar elas duas.

–Gente, mas que porra de ciúmes? Vocês enlouqueceram, foi? –digo, já irritada por elas acharem que eu sinto algo por esse garoto. Senta lá, Cláudia.

–Só sei que você é uma mentirosa que gosta dele, mas não admite. Ah vai, Anne. Ele é um pitel, né? Um pitelzinho. Tão perfeito pra você. –eu ia matar a Jane se ela continuasse falando essas coisas sem sentido.

–Amiga, sabe o que eu posso fazer com essa sandália? –a mesma arqueia uma sobrancelha. –Essa sandália, voa diretamente na sua cara, sem dificuldade. A distância não é tão longa. –declaro e coloco minha sandália na mão.

–E nem é tão curta. –Jane conseguia ser insuportável.

–Vamos parar de insistir nisso, Jane. Anne, uma hora ou outra, você vai descobrir o que sente. –Diana diz e volta para o celular. Jane termina a maquiagem, depois de um longo silêncio de 10 minutos.

–E aí gente, tá bom? –Ruby sai do banheiro bem na hora da pergunta da Jane, e ela começa a dar gritos.

–AMIGA, VOCÊ ESTÁ PERFEITA, VOCÊ NÃO TEM NEM NOÇÃO. –Ruby diz, enquanto olha para a maquiagem de Jane.

–Eu estou sempre perfeita. Mas são elogios são úteis, obrigada minha fiel e melhor amiga, Ruby. –reviro os olhos, e elas se abraçam.

–Não esqueçam de que isso é um quarteto. –assim que eu falo, Jane e Ruby fazem a cara debochada delas, e se soltam do abraço só pra olhar pra mim.

–Não é a gente que exclui ninguém. Pare pra pensar que você e a Diana são grudadas. Então, sem julgamentos pro nosso lado. –Ruby diz, e eu Diana rimos.

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