Gilbert Blythe
– Eu ri muito quando você deixou o Charlie segurando aquele troço. – Cole ri da minha cara, enquanto eu tento não pensar nisso.
– Não fiz por mal. – talvez eu tenha feito um pouquinho por mal.
Ciúmes não é algo muito comum de acontecer, mas eu realmente fiquei, porque eu soube que o Charlie já saiu com a Anne.– Imagina. "Segura rapidinho que eu vou buscar algo pra tirar você daí". Se não foi por mal, eu não sei o que foi.
– Cala a boca. Enquanto você fala, a Winifred e a Anne estão lá na frente. O problema é alcançar elas. – ele revira os olhos.
– A gente dá os nossos pulos, meu filho. É só não andar muito na frente. Fora que a Winifred é do nosso time.
Pra deixar as coisas claras, eu e o Cole observamos toda a interação entre a Anne e a Winifred. Confesso que fiquei surpreso com a parceria que elas fizeram, e o Cole me lançava olhares, abafando o riso.
Ficamos surpresos que Charlie não tenha contado nada para elas sobre eu e o Cole, mas pelo menos ele já saiu do jogo, e estamos livres daquela merda gigante. Já sei até de quem foi a idéia.
– Josie foi realmente esperta ao fazer aquela bola de tinta. – Cole parece ler meus pensamentos com esse comentário, e eu concordo com a cabeça.
– Só não esquece de tomar cuidado onde pisa. – eu lembro a ele, já que foi eu que cavei alguns buracos na terra, pra algum/a otário/a cair.
Ele assente e continuamos.
Anne Shirley-Cuthbert
Estava tudo muito bom até eu avistar a bandeira. Sim, ela estava a alguns metros de mim, atrás de um arbusto. O que me surpreende é ninguém tê-la visto antes. Estava fácil demais. Óbvio demais...
– Não é possível que ela esteja bem na minha frente... – digo enquanto me aproximo devagar, muito cautelosa. Comecei a olhar se tinha armadilhas em cima de mim, e não me liguei embaixo. Me distraí, dando uma leve escorregada, me fazendo cair num buraco. – Ai! – torci o tornozelo, com certeza. Que dor insuportável.
Como que eu desconfiei que poderiam haver buracos no chão?
– E aí ruiva! – escuto a voz da Winifred, enquanto ela sai de trás de uma pedra. Ela jogou muito bem.
– O que você...
– Eu sempre uso essa tática. Quando alguém vai para o lado da bandeira, que com certeza era o oeste nesse caso, é sempre bom seguir essa pessoa pra não cair em nenhuma coisa inesperada, como esse buraco. – ela revela e eu arregalo os olhos. Sabia dessa tática, mas estava com tanta pressa de chegar primeiro que todo mundo que nem pensei nisso.
– Perdeu, Anne. – tenho a impressão que ela não estava falando só da bandeira.
Ela se aproxima da bandeira, mas como não sou burra nem nada, eu tento puxá-la junto comigo, fazendo ela cair no chão.
– Me solta! – ela tenta não falar alto pra chamar atenção, mas eu continuo puxando a perna dela. Ela se segura no chão, felizmente ele não era um bom apoio. – Você tá jogando sujo, Anne! – ela diz, tentando a todo custo cravar as unhas no chão.
– Não estou. Foi você que me seguiu com essa tática ridícula.
– E foi você que propôs parceria. – ela rebate, mas eu sou muito melhor que isso.
– Nós duas fizemos. Portanto, estamos quites. Mas a bandeira vai ser minha! – puxo ela de vez pro buraco, e na rapidez, me apoio nela pra subir, já que o buraco não era tão fundo.
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Eu te amo
Fanfic•EM REVISÃO Onde Anne e Gilbert se conhecem numa gincana. 1º em #amybethmcnulty no dia 10/02