Os Segredos

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dois dias depois de Madeline Stuart morrer

— Está todo mundo aqui? — perguntou Toledo da cozinha.

— Sim — respondeu Clarisse. — Exceto, obviamente, Jackson e Anastásia.

A White estava na porta, de rosto limpo e cabelo molhado, tinha desmaiado na noite anterior, com o nariz entupido de drogas. Estava mais cansada do que o normal. Na sala de estar do apartamento de Toledo, estavam Roman, Dallas, Blaire, Aspen e Lola. Após a prisão de Jackson, todos entraram em desespero, e foram imediatamente para uma reunião no apartamento de Toledo. Anastásia foi para a delegacia, junto com o pai do namorado, e mandaria mensagem caso algo acontecesse.

— Parece que o céu vai cair lá fora — murmurou Dallas, olhando pela janela. 

— Esse bairro não alaga, não é? — perguntou Aspen, com certo desespero.

— Pode ficar tranquilo — respondeu Toledo, servindo chá. — Mas, você sabe nadar?

— Não é hora para piadas — ralhou Lola. — Jackson foi preso. Que merda foi essa?

— Aquela nem é a arma do crime — Clarisse bebericou o chá, dando de ombros. — Os detetives se enganaram.

— Tinha sangue — argumentou Blaire. — E as digitais dele.

— O pai de Jackson vai resolver isso — Roman pegou uma xícara de chá, cheirando o conteúdo antes de beber. — Estamos nos preocupando a toa.

— Eu não sei não — Lola umedeceu os lábios. — E se estivermos errados? Sobre tudo?

— Somos inocentes — frisou Dallas. 

Por um momento, eles apenas ficaram em silêncio. Toledo ligou a televisão, no jornal já se falava sobre a prisão de Jackson. Nas filmagens, mostrava uma Anastásia chorosa e o Sr. Parker saindo da mansão junto com a ex esposa. “O filho do deputado Wesley Parker é acusado do assassinato de Madeline Stuart — filha da atriz de cinema Liana Stuart” dizia a manchete. O detetive Benjamin Clark e sua parceira Maya Garcia contavam sobre as evidências do suposto crime.

— Isso é terrível — murmurou Dallas, deitando a cabeça no ombro de Roman. — Pobre Jackson.

— Madeline não nos deixa em paz nem mesmo depois de morrer — vociferou Lola, saindo da sala com raiva.

— Vocês estão muito estressados — disse Toledo, acariciando o braço de Clarisse. — Até parece que vai acontecer algo com o playboy.

— Ele pode pegar anos de cadeia! — Aspen rebateu, os olhos vermelhos de raiva. — Anos!

Roman, que até então se mantinha em silêncio, começou a rir. Os outros o olharam com desentendimento.

— O que é tão engraçado?— indagou Toledo.

— Estou me lembrando daquilo que a Madeline disse na noite do Halloween. Vocês se lembram?

— Do que está falando? — Aspen se mexeu no sofá com desconforto. — Pensei que não falássemos sobre aquela noite.

— Ela disse: Eu jamais deixarei vocês em paz. E não é que a vadia cumpriu o que prometeu?

— Não vamos falar sobre isso — pediu Dallas, o rosto estava mais pálido que o normal. 

— Pessoal — chamou Lola, retornando a sala, segurava o celular entre as mãos. — Anastásia acabou de me mandar uma mensagem.

— O que diz?

— O Sr. Parker acabou de chegar na delegacia com um advogado.

— E? — Clarisse questionou com angústia.

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