Dois meses depoisQuando o grupo de busca disse que precisavam da minha ajuda para achar o lugar que havia falado para eles - a antiga fábrica - meu coração deu uma leve apertada no peito, mas era pro bem da comunidade e eu teria que ir.
Minha filha iria ficar com Michonne e aquilo me deixava um pouco mais aliviada.
- Eu amo você!
- Também te amo! - digo beijando seus lábios e entrando no carro.
As estradas estavam péssimas. Os buracos eram grandes o suficiente para fazer o carro capotar se estivéssemos em alta velocidade.
- Essas estradas estão ficando cada vez piores por causa da chuva! - Enid diz encarando as estradas pela janela. - Como não vamos conseguir chegar lá hoje, podíamos parar em alguma cidade ou algo do gênero, o que acham?
Encarei Carl e o vi balançar os ombros.
- Por mim tudo bem. - digo - Desde que a gente seja rápido.
Eu queria voltar o quanto antes para casa, aquela era a verdade. Não queria ficar muito tempo longe da minha filha, não depois de todas as coisas que passamos.
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- Tomem cuidado! - digo saindo na frente do grupo e deixando algumas pessoas no carro para ficar de olho.
A única luz que tínhamos era de nossas lanternas, que por sua vez não era fortes o suficiente para ajudar.
Meus passos estavam silenciosos, mesmo passando por cima dos vidros quebrados das vitrines. Meus olhos percorriam todo o lugar. Eu estava em alerta total.
- Dividir! - exclamo.
Cada grupo seguiu para um lado, me deixando com Carl, Enid e Bear.
- Quando acharem algo, é só...
Me corpo caiu pra trás quando algo ou alguém se jogou contra mim. Minhas mãos estavam presas enquanto eu tinha uma faca em minha garganta.
- Solta a faca! - Carl pede colocando a o cano de sua arma na cabeça da pessoa.
Eu não conseguia ver quem era. Só tinha a certeza de que era uma mulher por causa dos cabelos grandes e pelos seios quase pulando para fora da blusa.
- Vocês estão cercados. - ela diz. - Vai morrer em segundos.
- Não - exclamo passando minhas pernas ao redor de seu corpo a virando. - Você e seu povo vão morrer!
A faca caiu da mão da mesma e minha arma foi entregue de volta junto a lanterna.
- Você não devia ter feito isso. Podiamos te ajudar.
A luz da minha lanterna bateu contra o rosto limpo da mulher abaixo de mim, minha respiração falhou, meu corpo ficou mole e eu engoli seco.
-Cara, é você?
- Como sabe meu nome?
- Sou eu, Summer! A Sum do orfanato.
As mãos da mulher foram para meu rosto e eu sorri ao vê - la chorar.
Cara era uma das garotas qque moravam no orfanato antes de toda a merda acontecer. Ela havia sido adotada semanas antes do fim do mundo.
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- Por onde você se meteu? - questiono.
Estavamos sentadas no carro enquanto Carl e os outros faziam ronda.
- Depois que o mundo morreu, minha família foi pro campo - ela começa - Eles tinham uma casa de campo e achamos que aquilo ia nos deixar a salvo. Ficamos seguros durante duas semanas, até uma horda de mortos começar a entrar na nossa propriedade, eles mataram meus pais, dando tempo pra mim e minha irmã corrermos para longe. E você, tem casa?
- Me tornei líder de uma comunidade, me casei com aquele homem de chapéu que estava aqui e tenho uma filha recém nascida e um filho que virou um anjinho da guarda. Você tem alguém com você?
- Quatro crianças e um namorado. A gente se encontrou no meio da floresta e passamos a cuidar uns dos outros.
- Onde eles estão?
- No nosso esconderijo, no final da cidade.
A questiono se ela poderia nos levar até lá e sorrio ao receber a resposta. Carl apareceu ao meu lado com sua arma em mãos e segurou minha mão, beijando minha cabeça logo depois.
- Tem certeza?
- Não, mas se alguma coisa der errado a gente mata ela e o namorado, não me importo se eles forem pessoas ruins.
-
Dois dias depois
Summer estava finalmente de volta a Alexandria. Sua filha estava em seus braços e ela sorria para Cara.
Cara havia dito a verdade e se mostrado alguém confiável, fazendo com que Summer decidisse que ela poderia ir para Alexandria.
O que Summer não sabia era que tudo não passava da merda de um plano para roubar a comunidade. Para se vingar de Summer por uma coisa de anos atrás quando elas eram apenas crianças.
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𝑨𝒎𝒐𝒏𝒈 𝑻𝒉𝒆 𝑫𝒆𝒂𝒅 ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢ
Teen FictionInício:14/12/2017 Fim: 02/05/2020 " Então quando a última e sofrida hora Este espetáculo em ruínas devorar, O trompete será ouvido ás alturas, Os mortos viverão, os vivos morrerão, E música pertu...