Revenge: As Cinzas

Curiosidade

Depois que a Irma entrou para a "gangue", tudo se complicou. Aquela mulher era o cão loiro.

Eu e o Raul estávamos conversando, e limpando a área do porão, quando ela saiu da sala da porta preta e passou por nós.

Eu esperei ela virar o corredor, e disse:

-Essa mulher, é o cão chupando manga e pedindo Bis.

-Kkkk. Eu sei. Ela é pior que o Paiva.

Eu olhei para a porta preta.

-O que será que tem aí, hein?

Raul me olhou e continuou a esfregar o chão com a escova de dentes que Irma havia lhe dado.

-Eu acho melhor, a gente nem saber. Só faltam três dias para o grande dia. Três dias para a liberdade! Mal posso esperar...

-Você não tem nem um pingo de curiosidade?

-Tenho. Mas sei controlar. Porque eu dou valor a minha vida.

-Ah, Raul. Deixa de ser careta....

Eu disse me levantando para checar a porta...

Eu cheguei perto, e vi manchas de sangue por toda a extensão dela...

Eu chequei a maçaneta, e...

Estava aberta!

-Está aberta! Raul, está aber...

-Engraçado. Eu me lembro muito bem de dizer: A Porta Preta está proibida! O que você pensa que está fazendo?

Eu me virei, e dei de cara com o Paiva e a Irma.

-Eu.. eu estava...

- Bisbilhotando o que não é de sua conta, não é?

Eu fiquei calado. E eu não deveria ter feito isso, porque imediatamente eu senti o peso do soco em meu rosto.

-Eu te fiz uma pergunta...

Ele me chutou. Eu abaixei a cabeça.

-O que você viu? Fala! Anda! Levanta essa cabeça!

Ele me pegou pelos cabelos e levantou minha cabeça até quase quebrar meu pescoço. Ele parecia muito assustado, pela possibilidade de eu descobrir o que tinha atrás daquela porta.

-Você vai aprender a nunca bisbilhotar...

Ele olhou para mim, e enfiou os dois dedos nos meus olhos. E uma dor alucinante tomou conta deles... a cada segundo que passava, ele enfiava mais e mais fundo...

-Paiva, chega! Acho que ele já aprendeu a lição.

Eu não conseguia enxergar nada.

Então eu simplesmesnte senti ele me largar no chão, e senti a minha cabeça doer.

E então, eu não lembro de mais nada.