Quando eu saí da sala do Paiva, fui direto resolver com o Raul os detalhes do plano. Estávamos na mesma sala de antes. A que fica perto do salão principal.
-Dan! O que ele queria com você? Ele te machucou?
A Laura, que estava presente acertando os detalhes também, olhou o Raul com cara feia, disfarçadamente, para eu não perceber.
Aquilo eram ciúmes? Ah... ela não perdia por esperar...
Eu me joguei nos braços do Raul, e o beijei na frente da Laura, que ficou espumando. E só. Eles não fazim nem idéia que eu sabia do plano deles.
-Ah, Raul! Não foi nada... ele só queria que eu ligasse para minha amiga, para não levantar suspeitas. Mas eu estou com tanta saudade...
Eu disse isso e o abracei com força, para logo após beijá-lo novamente.
Ele passou de possível affair para repugnante em questão de horas, mas eu não deixaria uma opotunidade de torturá-los passar, não mesmo...
-Chega, né? Acho que é hora de acertar os últimos detalhes do plano.
Nós concordamos com a cabeça. E eu me concentrei em.fazer tudo direitinho, para não.levantar suspeitas. Nós "decidimos" que eu iria ficar esperando no banheiro, enquanto ele e a Laura pegavam umas coisas
Eu concordei, dei mais um beijo no Raul, só para ver a Laura espumando mais um pouco, e saí, para resolver o que eu iria vestir.
Eu me arrumei, e subi para ouvir as orientações da Irma, a vaca loira.
Ela estava até elegante, com um vestido preto com fenda, e de salto.
-Eu não quero ver ninguém fora de seus lugares! E nem.tentem fugir deste lugar, pois tem seguranças por toda a parte. Até nos lugares mais improváveis. E acredito que o Paiva já tenha alertado vocês disso, mas eu alertarei de novo. Façam tudo o que o cliente quiser. E se vocês se recusarem... Ah, eu não queria ser vocês.
Ela olhou cada pessoa nos olhos, depois se virou e saiu andando, o som do salto dela reverberando pelo salão.
Só após os avisos, eu reparei nas roupas das meninas. E estavam horríveis. Eu juro que ouvi o vestidinho de uma menina cantarolar:
"Eu sou uma vadia, eu sou uma vadia..."
Eu procurei o Raul e me juntei a ele, enquanto Laura, que não desgrudava dele, foi para seu posto com o restante das meninas.
-Oi.
-Oi.
-Fique atento ao sinal. Assim que a boate encher, eu vou fazer o sinal.
-Ok, ok. Eu vou ficar de olho.
De repente, ouvimos o barulho de correntes se arrastando. Estavam tirando as correntes da porta.
Não demorou muito, e as portas estavam.abertas, e a boate lotada. Eu olhei para o Raul. Ele me olhou, e coçou o nariz três vezes. Eu olhei para Laura. Ela fez o mesmo. Então, eu fiz a mesma coisa, e me dispersei na multidão. Raul achava que eu iria para o banheiro onde tem um basculante com o vidro quebrado, mas eu fui ao escritório improvisado do Paiva, na saleta onde eu e Raul ficaríamos.
Eu abri a porta e tinham quatro capangas do Paiva, todos empunhando armas, e ele, empunhando um 38.
-Tudo pronto. Pode mandar descer.
Imediatamente, os capangas desceram, e o Paiva me puxou pela camisa para que eu descesse também.
Eles me seguiram até o Porão.
Eu abri a porta, e encontrei o Raul e a Laura com malas nas mãos, e a Laura abrindo um alçapão. Eles não me viram, então Paiva entrou no Porão, e bateu a porta com força.
Eles se viraram, assustados.
-Vão a algum lugar?
Paiva perguntou.
-Não! Não! Eu quero sair daqui! Não! Nãaaao! Você (Ela apontou para mim)! Foi você não foi? Eu vou te matar!
Ela veio para cima de mim, mas um dos capangas de Paiva a socou na barriga e a jogou para longe.
Laura começou a chorar, e Paiva começou a esmurrá-la.
Eu assistia a tudo com um sorriso satisfeito no rosto. Alguma coisa no modo como ela gritava, me fazia querer mais. Mais dor. Mais sofrimento. Mais vingança.
-Calaboca! Sua Puta! Vadia! Vagabunda! Você está grávida, que eu estou sabendo! Eu mesmo vou arrancar isso.de dentro de você!
Ele puxou Laura pelos cabelos e chutou a barriga dela até que ela começou a ter uma hemorragia.
Ele se virou para o Raul, que assistia a tudo aquilo bestificado.
-E você! Você vai ter o que merece....
Raul não conseguia esboçar nenhuma reação. Paiva levou mandou seus capangas levarem os dois para o confinamento.
-Não! O confinamento não! Nãaao!
Raul conseguiu falar. No fundo, eu me sentia mal por ele... mas ele bem que mereceu.
-E você, volte para o seu posto.
Ele se virou e subiu para resolver os últimos detalhes.
E eu subi, fiquei saboreando a minha vitória. A minha vingança.
E ent? O q vcs acharam da pequena vingança do Dan? Tem muita coisa p acontecer ainda...
Comentem e votem, seus lindos!
Um bjo e um qjo
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Revenge: As Cinzas
RomanceSabe quando tudo parece começar a dar certo para você, e de repente desaba? Como quando você está andando pela rua e de repente tropeça e cai no chão? Pois é. A minha vida está assim. Eu caí de paraquedas direto numa poça bem grande de lama. Como...