13 | E l e E s t á A q u i !

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Se antes eu pensava que Le Havre, de pouco mais de 170 mil habitantes, não tinha nada a oferecer, eu estava bastante enganada. Adrien me mostrou toda a cidade e muito mais. Nunca tive tempo para explorar as possibilidades que me cercavam; ter novas experiências. E daquela vez, ele fez com que eu não me arrependesse de deixar tudo o que eu conhecia para trás – a morte de Lílian, a Rose Noire, lembranças ruins.

     Não tínhamos tocado no assunto do que houve na noite anterior, e eu não tinha certeza se isso era bom ou ruim. Eu nunca tinha tido experiências daquela forma! Não sabia lidar com relacionamentos ou emoções, prova disso era o fato de eu ainda me esconder sobre tudo o que aconteceu. E estar ali, com Adrien, me deixava extasiada de um jeito que faziam borboletas se instalarem no meu estômago. Era algo que eu não tinha sentido antes.

     — Alex.

     — Não. — eu disse com firmeza — Não vou colocar isso na minha boca.

     — Garanto que vai gostar.

     Recostei-me na cadeira de fibra do local. Como toda cidade portuária, boa parte da cozinha do La Voile Bleue era formada à base de frutos do mar, e esse era um grande empecilho para mim. Uma barreira que eu não estava disposta a quebrar!

     — Não gosto, Adrien.

     — Um pedaço.

     — Juste un.

     Adrien estendeu o garfo na minha direção e encarei-o por alguns segundos. Irritei-me quando Adrien apoiou a cabeça na mão livre e fingiu um ronco.

     — C'est bon, vou provar!

     Estiquei-me para frente e coloquei o garfo que Adrien me estendeu na boca. Assim que mordi, comecei a saborear o gosto salgado e levemente adocicado do camarão na minha língua. Fechei os olhos e continuei a mastigar, deixando minha expressão neutra para que Adrien não soubesse minha reação. Assim que abri os olhos, ele me encarava ansioso.

     — Então, Fleur? — perguntou, a voz grave enquanto olhava para minha boca.

     — Hã... Bem... — abri um leve sorriso — Divino.

     Antes que Adrien dissesse algo, o garçom chegou. Não reparei no que ele tinha dito, estava interessada demais no meu próprio camarão. No entanto, virei meu olhar para cima assim que ouvi me chamarem. Encontrei-me olhando para o garçom.

     — Mademoiselle, está tudo bem? Precisa de algo? — seu sorriso brilhou em minha direção e ele estendeu um guardanapo para mim. Seus olhos se fixaram na minha boca, senti isso de maneira desconfortável. Eu estava com algum lugar sujo?— Caso precise.

     Meio confusa, estendi a mão para poder aceitar o guardanapo. No entanto, Adrien foi mais rápido. Antes que pudesse me afastar dele, ele se inclinou sobre a mesa à sua direita, onde eu estava. Uma de suas mãos pousou na minha coxa delicadamente, enquanto ele se apoiava para inclinar-se sobre mim. Senti sua língua passear suave e muito lentamente por meu lábio inferior, acariciando o local com luxúria. Assim que ele retornou a cadeira, abriu um sorriso de lado. Sua mão permaneceu no local de maneira possessiva, acariciando minha coxa sobre a calça.

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