Maurizio - Juiz e Capo - Duologia Irmãos De Luca - Livro 1

Último Capítulo + Epílogo

Meu pacto é um pacto sagrado com a paz, a felicidade, a harmonia e o sucesso, as realizações construtivas, a simpatia e a boa vontade com todos.
Quero sorrir, cumprindo meu dever. Quero ser útil, sem nunca esmorecer.

Martina Greco De Luca

Mais um dia nasce e com ele novas perspectivas para nossa vida, passei a noite de ontem pensando em como será nossa vida longe daqui do país que nascemos. Nós conversamos mais e resolvemos ir só depois das crianças nascerem, será melhor pra mim. Hoje é o dia que ele vai resolver sobre o caso da minha irmã e não estou muito feliz com isso. Durante a noite eu desci na cozinha e encontrei Pepe chorando, eu não perguntei o porque, pois já tinha uma noção do que poderia ser. Mia! Mesmo depois do que ela fez, ela ainda é mãe deles.

-Bom dia esposa! - fala Maurizio assim que acorda.

-Bom dia marido, dormiu bem? - pergunto.

-Na medida do possível eu estou bem, só com um pouco de dor... - responde. - Mas tomarei um remédio e logo passa. - me dá um selinho.

-Vai mesmo querer resolver o assunto "Chiara"? - pergunto.

-Sabe que tenho que fazer isso amor, eu gostaria de deixar Pepe resolver mais não posso. Eu ainda sou o líder do que quer seja que somos. - me olha com pesar. - Ela é uma traíra e será punida por isso, vai de você querer saber o que farei ou não. 

-O que fará? 

Se levanta da cama devagar e vai em direção ao banheiro, para e me olha. 

-Mata-la. - engulo seco. - Eu disse que nunca pouparia ninguém por sua causa e vou cumprir o que disse a você no começo da nossa relação. 

-Eu sei... 

-Bom. 

Ele volta a caminhar para o banheiro me deixando aqui deitada e pensativa, dou um pulo ao escutar a porta ser esmurrada do lado de fora. 

-Entra! - grito. 

Mattia entra todo sorridente. 

-Bom dia Martina, cadê o chefe? - pergunta. 

-Aqui. - Maurizio sai do banheiro com a boca cheia de pasta de dente. - Quem morreu? 

-Ninguém! Arturo acordou. - vejo meu marido sorrir. - Ele vai passar um tempo ainda no hospital, mas vai ficar bem. 

-Que noticia maravilhosa! Esse dia não poderia ter começado melhor. - volta para o banheiro e quando volta está com a boca limpa. - Agora para ficar melhor, vamos resolver a última coisa que temos pendente e depois só felicidade. 

-Vou espera o senhor lá embaixo. - avisa saindo e fechando a porta. 

-Amor precisamos sair para comprar as coisas para nossos bebês, eu não tenho nada. - e não era mentira nunca vi uma vida tão turbulenta quanto a nossa.

-Faremos tudo como quiser meu bem, tudo. 

A manhã passa rapidamente eu e Justine passamos o dia na cozinha, fiz tantas guloseimas que não sei como vou comer tudo isso. Pela tarde Maurizio aparece arrastando literalmente uma Chiara que nunca tinha visto na minha vida. Suja, cabelos cortados acima da nuca, rosto inchado, roupas rasgadas e sem o seu famoso sorrisinho debochado que tanto tinha no rosto. 

-Aqui sua irmã. - joga ela no chão aos meus pés. - Fale a ela o que tanto quer, antes que eu me arrependa. 

Olho para Maurizio que segura uma arma em punho e me olha com compaixão. 

-Porque trouxe ela aqui? - pergunto a ele. 

-Diga Chiara, anda. - grita ele com ela. 

-Me perdoa... - chora. - Eu passei dos limites por inveja, ciúmes... Eu não queria você morta.