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Fic dedicada à minha querida amiga AriSanRoman80

Sônia: Como que voltou?... - perguntei incrédula - aí meu filho ... - abracei ele tentando me manter forte - fica calmo... sei que não é fácil, mas precisamos ser... por ela.

Estevão: Maurício sempre foi claro quanto a esse procedimento não dar certo - suspirei abraçado à ela - nossa menina está muito doente... não pode receber visitas... não podemos ficar com ela... Maria está sem chão... eu estou... mas não posso mãe... não posso desmoronar... ela me necessita... assim como nossa menina... dessa vez o baque foi pior... Maurício não nos deu esperanças de que isso possa mudar... ser revertido.

Sônia: Como não?... deve ter algum jeito... alguma coisa para poder salvar nossa menina Estevão - o olhei ficando nervosa.

Estevão: Eu não sei mãe... ele vai fazer novos exames e começou um tratamento que foi desenvolvido à pouco... em alguns dias ele vai solicitar alguns exames para saber se o tratamento vai combater... não sei mais o que fazer mãe - suspirei lhe olhando - o mundo está desabando uma outra vez... não acredito que isso esteja acontecendo... ela estava tão bem... tão feliz com o irmãozinho e hoje amanheceu assim... daquela mesma forma... debilitada.

O olhei pensativa. Meu coração estava a mil, tínhamos que ter outras soluções para combater essa maldita doença

Sônia: Eu também não posso acredita meu filho... vamos dar um jeito de curar nossa pequena... nem que para isso saia do país... para encontrar um tratamento mais eficaz.

Estevão: Vamos buscar mãe... amanhã quando for ao hospital, vou conversar com o Maurício... alguma saída deve ter... vou para o quarto... preciso cuidar da Maria... obrigado por tudo - lhe abracei forte.

Sônia: Está bem minha vida... vai lá.. eu fico aqui com o pequeno Bernardo, não se preocupe.

Estevão: Não me preocupo - sorri e sai dali voltando para o quarto. Entrei, fechei a porta e fui até o closet, abri à porta e fui até onde Maria estava. Me sentei no chão ao seu lado e lhe puxei para os meus braços. Naquele momento não era necessário que nada fosse dito, apenas sentido.

Me agarrei a ele ainda chorando, meu peito doía tanto que cheguei a pensar que iria morrer ali. Não podia acreditar que nossa menina estava nesta situação novamente. Tudo parecia ir tão bem e agora isso acontece.

Estevão: Estou aqui meu amor... vamos passar por essa juntos... nossa menina irá ficar bem... precisamos ter fé que tudo vai acabar e acabar bem... te falei que iria segurar em sua mão e aqui estou... não te deixarei sozinha... vamos procurar um tratamento alternativo em outros países, não importa onde... vamos lutar e salvar nossa menina... confia em mim.

O olhei vermelha de tanto chora.

Maria: Por que Estevão?... por que com ela?... por que com nossa menina?... ela é tão pequena... não tem culpa de nada... a nossa menina é um anjinho... não merece passar por isso... - solucei - temos que fazer isso o mais rápido possível... não quero ver ela sofrendo como antes... não quero correr o risco de perdê-la dessa vez.

Estevão: Eu não sei meu amor... queria saber o motivo de tudo isso - falei olhando em seus olhos e logo sequei seu rosto - amanhã mesmo vamos conversar com o Maurício... precisamos fazer de tudo por ela... não vamos ver nossa menina sofrendo... vamos lutar para salvá-la.

O abracei novamente forte e fechando meus olhos. Tentava me manter calma, sei que ele estava sofrendo tanto quanto eu, mas ainda assim estava se fazendo de forte por mim e por nossa pequena.

Maria: Meu amor... - falei baixinho - não precisa se fazer de forte... eu estou aqui para você também... não se segure quando quiser chorar está bem?

Estevão: Não se preocupe comigo... eu estou bem - beijei sua testa - não pense nisso... vamos tomar um banho... precisa comer alguma coisa também.

Maria: Claro que vou me preocupar... você também é humano e é pai dela Estevão... sei que quer o bem dela e que te dói tanto, quanto me dói meu amor.

Estevão: Dói e muito - respirei fundo sem lhe olhar - é uma metade nossa... uma criança... nossa filha... mais eu não posso me deixar abater... não quando vocês necessitam que esteja bem e ao lado de vocês.

Maria: Mas quero que você se abra comigo amor... que me fale o que sente, que se for preciso chore em meu colo... além de marido e mulher somos amigos... somos um só...

Estevão: Eu... me sinto impotente Maria... me sinto incapaz diante de tudo isso que estamos passando... quando à peguei em meus braços, senti ela tão frágil... tão sem vida - fechei meus olhos lacrimejando - o medo tomou conta de mim... aquele mesmo medo de anos atrás... nós quase perdemos ela... agora... agora à doença voltou... e... e se... se não tiver o que fazer? Maria como vamos ver nossa menina se esvaindo dessa forma? Como?

Maria: Eu também não sei meu amor... sinceramente não sei... não quero nem pensar nisso... mas sei como se sente... o medo que toma conta do seu coração e mente... eu também senti isso quando a vi me olhar, me chamar e ouvir sua voz tão fraquinha me chamando... mas estamos aqui e vamos lutar juntos, para deixar nossa menina bem... não vamos nos deixa vencer por esse medo.

Estevão: Não vamos - deitei à cabeça dela em meu ombro - se não tivesse você ao meu lado, não sei o que faria... - suspirei - não consigo parar de pensar nela... de querer estar com ela... segurando sua mãozinha... acariciando seus cabelinhos... lhe fazendo ri - respirei fundo pensativo.

Lhe escutar falando aquilo, me fez lembrar de todos os momentos que vivemos do lado de nossa pequena e tudo que tive vontade foi de chorar. Mas não o fiz, me contive por ele.

Maria: Eu que não sei o que fari,a se não tivesse você meu amor... acho que já teria desabado... eu sei que não... eu também não... - falei baixinho.

Estevão: Vamos levantar e segurar a mãozinha dela... não vamos deixá-la cair... vamos lutar com tudo que temos para salvá-la - beijei seus lábios - eu te amo Maria... amo nossos filhos.

O olhei e concordei com à cabeça.

Maria: Vamos sim... eu também te amo meu amor... você e nossos filhos, são o que tenho de mais importante... são minha vida... minhas motivações.

Estevão: Vamos tomar um banho e deitar um pouco... daqui a pouco ligamos para o Maurício.

Falei levantando do chão, lhe ajudei à levantar e peguei ela no colo indo para o banheiro, onde tomamos banho e voltamos para a cama. Horas depois ligamos para o Maurício, nossa menina estava na mesma, dormia enquanto tomava a medicação necessária.  Passamos aquele resto de dia pensativos e preocupados com ela, com o resultados da medicação e dos exames que faltavam. No outro dia logo pela manhã fomos para o hospital falar com Mauricio, queríamos ver nossa menina.

Quando chegamos ao hospital de longe vimos Maurício e ele me pareceu um tanto quanto preocupado. Nos aproximamos angustiados por nossa menina.

Maria: Como ela amanheceu Maurício?... teve algum progresso?

Maurício: Vamos ao meu consultório - os olhei e saímos.

Estevão: À verdade Maurício... por mais que seja dolorosa... é nossa filha - falei angustiado.

Maurício: Não irei mentir... nunca o fiz... podem confiar em mim - falei sentando em frente à eles - o tratamento que administrei na Agatha é novo... é o último desenvolvido na Europa... é tudo de mais avançado que temos... como falei ontem para vocês, à leucemia voltou mais agressiva do que esperávamos... o tratamento infelizmente não está regredindo a doença... na realidade ele causou algumas reações inesperadas na Agatha, tive que suspender e lhe medicar... ela está com uma disfunção renal e pancreatica aguda... os dois rins e o pâncreas estão entrando em falência... não tem um tratamento que possa reverter isso.

Continua...

Sálvame ❤️ Despiértame ❤️ Rescátame - Maria y Estevão  (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora