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Fic dedicada à minha amiga querida AriSanRoman80

Estevão: Te amo Maria... - sussurrei beijando seu pescoço... era maravilhoso sentir seu corpo embaixo do meu.

Maria: Eu também... te amo... - sussurrei tentando estabiliza minha respiração... encostei à cabeça na sua e sorri ainda com os olhos fechados, sentindo meu corpo dar espasmos do nosso prazer.

Estevão: Foi tão maravilhoso - sorri lhe olhando - obrigado meu amor... obrigado por me permitir esse recomeço... por me permitir estar outra vez em sua vida... em seus braços - sai de dentro dela e deitei ao seu lado, lhe puxando para os meus braços.

Maria: Foi sim... - falei me arrumando em seus braços - de agora em distante, sempre permitirei meu amor... - acariciei seu peito.

Estevão: Estaremos sempre juntos minha vida... eu, você e nossos filhos - beijei seus cabelos.

Tivemos uma noite maravilhosa juntos. Era o nosso recomeço, finalmente havíamos entendido o que sentíamos e o que havíamos perdido.

Dois anos depois...

Durante aqueles dois anos seguimos na batalha com o tratamento da nossa Agatha. Ela estava apenas em acompanhamento, graças à Deus depois daquela noite de amor entre eu e Maria ela engravidou. Tivemos um lindo menino, um anjinho que salvou à vida da irmã. Após seu nascimento, foi feito a transfusão do sangue de seu cordão umbilical, fazendo aquela maldita doença ser curada. Eu e Maria nos casamos em uma simples cerimônia em nossa casa. Vivíamos os 5 em nossa mansão, minha mãe nos ajudava muito com as crianças. A cada dia que passava eu e Maria nos aproximavamos bem mais, éramos cúmplices, amigos... amantes e eternos namorados. Havíamos aprendido com os erros do passado. Agatha já estava com 6 anos, assim como o nosso pequeno Bernardo que acabará de completar seus 2 anos.

Naquela manhã eu havia acordado cedo como sempre e fui ao quarto dos meus pequenos. Entrei, vi o Bernardo dormindo tranquilo em seu berço, sorri e fui ao quarto da Agatha. Caminhei até a cama da minha pequena e me sentei ao seu lado, ainda sorrindo.

Agatha: Mamãe - sussurrei abrindo meus olhos com dificuldade - eu não me sinto bem... estou com frio e sem forças.

A olhei perdendo meu sorriso e a toquei, vendo que ela estava com uma febre muito alta.

Maria: Calma meu amor... vamos resolver isso... - falei lhe pegando no colo e fui para meu quarto com ela... a deitei na cama e fui até o lado do Estevão - meu amor... acorda... preciso de você Estevão.

Estevão: Hum - bocejei acordando - o que aconteceu meu amor? - segurei sua mão.

Maria: A Agatha... está com febre alta Estevão... ela disse que sente todo seu corpo doer e está sem forças... - falei preocupada, olhando para a minha pequena e me abaixei um pouco ficando mais próxima de Estevão - são os mesmos sintomas de antes Estevão... - falei com a voz trêmula e assustada - será que...

Estevão: Não Maria - virei olhando ela que dormia ao meu lado na cama - arruma as coisas dela, vou me vestir e vamos para o hospital... Maurício está de plantão hoje - levantei da cama rapidamente.

Tempos depois estávamos na sala de espera do hospital. Agatha estava com Maurício sendo examinada.

Estava inquieta, aquela possibilidade não me saia da cabeça. O tempo esperando notícias da minha menina, parecia não passar.

Estevão: Fica calma meu amor... ela vai ficar bem - lhe abracei pela cintura tentando lhe acalmar... vi Maurício se aproximar e o olhei.

Maurício: Me desculpem a demora, acabei de receber o resultado dos exames da Agatha.

Estevão: Então? O que ela tem?

Maurício: Eu... eu sinto muito em lhes dizer isso... a leucemia voltou e de uma forma bem agressiva... entrei com um novo tratamento para  revertermos o quadro... porém é algo incerto.

Maria: Não... - não contive minhas lágrimas - não, isso não... de novo não... você disse que ela estava curada Maurício... disse que ela estava bem - falei cheia de dor.

Naquele instante apertei Maria em meus braços, sentindo a mesma dor e o medo tomar conta de mim. Não poderia ser, isso outra vez não.

Maurício: Eu sei o quão difícil é passar por isso Maria... quando fiz a transfusão para Agatha, deixei vocês cientes de que era uma possível cura... mais infelizmente isso não aconteceu... estou fazendo o possível... comecei um tratamento que acabou de ser desenvolvido... Agatha vai precisar ficar internada até que esteja estabilizada... depois seguiremos aquele mesmo cronograma... a cada 15 dias o tratamento.

Olhei mais uma vez para Maurício e não pude dizer nada. Apenas me virei para Estevão sem sair de seus braços e chorei forte, mas abafei o choro em seu peito. Aquele pesadelo estava começando novamente. Não podia ser.

Estevão: Obrigado Maurício - sussurrei triste - podemos ficar com nossa menina? - perguntei acariciando Maria em meus braços, mais uma vez estávamos ali... passando por aquele terrível pesadelo.

Maurício: Ela está com a imunidade muito baixa, além de muito fraca... seu estado requer muito cuidado... a deixei na terapia intensiva... não podem ficar com ela... eu sinto muito... ficarei observando ela constantemente... qualquer coisa entro em contato com vocês.

Nem podíamos ficar com nossa menina. O que iríamos fazer?... não poderia voltar para casa, sabendo que a minha filhinha, estava naquela maldita situação novamente. Apertei Estevão em meus braços e solucei.

Estevão: Não pode fazer isso conosco Maurício... ela é só uma criança... não pode nos pedir para irmos para casa e deixá-la aqui dessa forma - falei desesperado.

Maurício: Eu sei Estevão... mas precisam entender... Agatha está mais doente do que dá outra vez - fui sincero - ela está descompensando... seu sistema imunológico já está em uma situação precária... qualquer coisa por menor que seja para nós, nela será algo pior... Agatha precisa ficar em vigilância constante e isolada, até que possamos estabilizar seu quadro.

Maria: E por quanto tempo não poderemos estar com nossa menina? - perguntei sem lhe olhar, com a voz embargada.

Maurício: Sinceramente, eu não sei... tudo vai depender dela... de como vai reagir a quimioterapia... vão para casa, descansem... amanhã quando vierem, conversamos... estou pedindo outros exames específicos... não se preocupem, ficarei com ela durante todo tempo.

Estevão: É impossível não se preocupar - ri sem vontade - mais tarde te ligo para saber como ela está - falei levantando - vamos meu amor... Bernardo precisa de você também.

Me levantei com uma certa dificuldade, olhei para Maurício como se lhe agradecesse e logo sai dali com Estevão. Fomos para casa sem que eu dissesse uma só palavra, quando  chegamos, subi para o quarto e me tranquei no closet.

Estevão: Meu amor vou ver nosso menino e volto... eu te amo - sussurrei e sai... ao entrar no quarto vi ele brincando com minha mãe - oi meu filho... oi mãe... ele ficou bem?

Bernardo: Pazion - lhe abraçou.

Estevão: Oi meu amor... seu paizinho está aqui - o peguei no colo lhe abraçando apertado.

Sônia: Sim meu amor... ele está bem e se comportou muito bem... e a Agatha?... como ela está?... quando vim ver ele, a babá me disse que você e a Maria haviam levado ela para o hospital.

Estevão: Vai brincar meu amor - coloquei ele no chão e o vi correr para seus brinquedos - a doença voltou... dessa vez está mais agressiva... eu não sei mais o que fazer - coloquei a mão no rosto - vamos perder nossa filha? Será que esse inferno nunca vai acabar? - sussurrei cheio de dor e medo.

Senti um aperto no peito quando ouvi aquilo.

Sônia: Como que voltou?... - perguntei incrédula - aí meu filho ... - abracei ele tentando me manter forte - fica calmo... sei que não é fácil, mas precisamos ser... por ela.

Continua...

Sálvame ❤️ Despiértame ❤️ Rescátame - Maria y Estevão  (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora