Sálvame ❤️ Despiértame ❤️ Rescátame - Maria y Estevão (Concluído)

SDR 11

Fic dedicada à minha doce amiga AriSanRoman80

O ver daquela forma, estava acabando comigo. Me ergui um pouco e o puxei para meus braços com cuidado, lhe abraçando com força.

Sônia: Põem tudo para fora minha vida... sei o quanto está te doendo meu filho... - acariciava ele... eu já sabia de todo à situação... e acredite, apesar de estar dando todo meu apoio, eu também estava destruída... eu sou completamente louca por minha neta e não sei se vou conseguir aceitar perdê-la assim.

Estevão: Mamãe - solucei chorando - minha filhinha... minha menina - apertei ela em meus braços.

Sônia: Eu sei minha vida... sei que está doendo... - falei com a voz embargada - está doendo em todos nós... não é justo ela nos ser tirada assim... eu sei o que sente... sei como é tamanha a sua dor meu filho.

Estevão: Eu... eu vou ser forte - me afastei secando meu rosto - farei de tudo para que ela tenha seus últimos dias, os melhores de toda sua vida... eu preciso terminar uma coisa... pode ajudar a Maria com o Bernardo? Estou no jardim se precisar.

Sônia: Não precisa ser forte ao ponto de se sufocar Estevão... se fizer isso não irá poder ajuda ninguém meu filho - falei me levantando - eu posso sim... vou ficar com meu neto... não precisa se preocupar... - falei indo até à porta - pense no que te falei... - o olhei por uma última vez e sai indo para o quarto do meu neto.

Vi minha mãe sair e logo sai. Fui falar com o jardineiro que estava me ajudando em tudo e seguimos para o jardim, para ser exato, na casinha da árvore que à meses estava trabalhando. Iria virar meus dias ali e terminar tudo para ela, o que tanto minha princesa queria, iria ter.

As horas se passaram e como havia prometido ao Estevão, ajudei Maria com o Bernardo. Após lhe colocar no berço, fui ao quarto da minha neta onde Maria estava. Já era noite, Agatha dormia enquanto Maria velava seu sono.

Sônia: Minha filha... vai comer alguma coisa... Bernardo já está dormindo... o Estevão continua trabalhando na casinha - suspirei lhe olhando - eu fico com ela... vai descansar um pouco.

Maria: Não tenho fome... - falei sem me mover de perto da cama e nem tirar os olhos de minha menina - obrigada pelo o que está fazendo... nunca poderei lhe agradecer... - acariciei os cabelos de minha menina.

Sônia: Eles são meus netos... tudo que faço é com muito amor... eu sei que não está com fome, mas precisa comer, pelo menos um pouco que seja... Agatha precisa que você esteja bem... eu fico aqui cuidando dela... te prometo que não sairei do seu lado

A olhei e suspirei. Sabia que ela estava certa.

Maria: Está bem... vou comer algo, tomar um banho e volto... obrigada... - dei mais um beijo nos cabelos de minha menina, logo caminhei até ela, lhe beijei o rosto e sai em seguida.

A vi sair e me aproximei, sentando na poltrona ao lado da cama de minha neta. Peguei o livro que sempre lia para ela quando estava ali comigo e comecei a ler baixinho. Ela amava aquela história.

Desci as escadas e fui para a cozinha preparar algo para comer. Apesar de não ter fome, sentia meu corpo fraco... Após comer ,sai da casa a procura de Estevão. Sabia que ele provavelmente  não havia comido nada, então levei uns sanduíches para ele. De longe o vi dando duro na casinha de nossa menina

Maria: Meu amor... - o chamei.

Olhei para baixo e vi Maria lá, sorri e logo desci indo ao seu encontro.

Estevão: Como ela está? - lhe dei um selinho - se tudo der certo, amanhã ela estará pronta... eu acho - suspirei.

Maria: Dormindo... li para ela, brinquei um pouco também e logo dormiu - correspondi ao seu selinho - estará sim meu amor... - acariciei seu rosto - seu esforço vai valer à pena minha vida... vai deixá-la muito feliz.

Estevão: Só quero vê-la sorrindo feliz... já deveria ter terminado, mas a empresa tomou muito meu tempo... ela estava sentindo alguma coisa? - sentei ali com ela.

Maria: Sei que sim... mais ainda dá tempo - lhe entreguei o lanche - não... apenas cansaço... estava até bem alegrezinha.

Estevão: Só saio daqui quando terminar - peguei o lanche e comecei a comer - menos mau... fico tão preocupado com o que ela possa sentir - suspirei pensativo - aproveita e vai descansar um pouco meu amor, está cansada.

Maria: Sei que sim... e se precisar eu estou aqui... - o olhei e acariciei seu rosto - não... vou apenas tomar um banho e vou ficar com nossa menina.

Estevão: Pode deixar que dou conta do nosso presente para ela - sorri - eu sei que quer cuidar dela... pelo menos deite e durma com ela... a enfermeira está aqui para isso... minha mãe também.

Maria: Eu sei que estão... mas... eu fico menos preocupada estando ao seu lado... - falei lhe olhando.

Estevão: Eu sei meu amor - beijei seu rosto - só me prometa que vai descansar... preciso voltar para continuar as coisas.

Maria: Eu prometo... - falei pondo à mão na altura de meu rosto - irei descansar, não se preocupe.

Estevão: Está bem meu amor... te amo - lhe dei um selinho e logo voltei para continuar meu serviço.

Vi ele subi as escadas e sai em seguida, voltando para dentro de casa. Subi para meu quarto, tomei um banho, vesti uma roupa confortável, fui para o quarto de minha menina e vi minha sogra ali.

Maria: Voltei... - falei baixinho - está tudo bem por aqui?

Sônia: Sim meu bem - sorri guardando o livro - ela não acordou... está dormindo tranquilamente... a enfermeira acabou de medicá-la... por que não vai deitar um pouco? Depois você volta... podemos revezar, só assim não se cansa.

Maria: Prefiro ficar aqui... - lhe sorri fraco - quero ficar o máximo que puder, ao lado dela - falei indo até elas.

Sônia: Está bem meu anjo - falei levantando da cadeira - estou em meu quarto, por favor me chame se precisar.

Maria: Não precisa sair se não quiser... - falei lhe olhando - podemos ficar as duas com ela.

Sônia: Vou tomar um banho e volto... não me demoro e obrigada - falei e sai.

Passei aquela noite trabalhando na casinha da minha menina. No outro dia tomei banho e fui ao seu quarto. Esperei ela acordar e com cuidado a levei para o jardim. Quando ela viu sua casinha pronta, não pode segurar suas lágrimas, foi um momento tão lindo e gratificante para mim como pai, ser o responsável por aquela alegria que ela estava sentindo. A levei com cuidado lá para cima e brincamos, passamos uma manhã maravilhosa ali, apenas nós dois. Fiz tudo que ela queria. Era hora do almoço quando a levei para seu quarto, ela estava cansada e necessitava tomar banho, seus remédios e descansar. À deixei sob os cuidados de Maria e fui tomar um banho, para cuidar um pouco do Bernardo.

Levávamos aquela rotina à meses. Eu, Maria, minha mãe e as enfermeiras cuidando da Agatha, procuravamos mantê-la bem e confortável. Mais com o passar dos dias ela ficava mais debilitada ainda, fora as dores que tomavam conta de seu pequeno corpinho. Nós não sabíamos mais o que era dormir, passávamos noite pós noite ao lado de sua cama, velando seu sono. O medo de dormir e perdê-la era enorme. Agatha era uma velinha que estava prestes à ser apagada. Naquela manhã eu e minha mãe tínhamos que ir para uma reunião na empresa, não poderíamos faltar de forma alguma. Apesar de tudo minha cabeça estaria em casa, em nossa menina.

Continua...