Always By Your Side |NOSH

18

Noah Urrea

Eu estou procurando meu celular já faz MEIA FUCKING HORA...
..a irritação ta subindo

Eu só quero ver meu celular, sentir ele em minhas mãos, sentir a maciês da borracha da minha capinha, ligar e sentir aquela luz bater em minha pupila e aos poucos me deixaram cego.

Eu sei que tô sendo dramático, sou irmão da Sabina Hidalgo ora bolas!

-Pela milésima vez Noah! EU NÃO SEI ONDE ESTÁ SEU CELULAR!!- Any grita um tanto alto para quem está em um hospital, uma moça até vejo checar se ela não tava me matando.

-TÁ BOM- óbvio que eu também gritei, eu amo gritar, sentir aquela fala que está dentro de você a um tempão, sair toda de uma vez e bem alta é incrível.

Eu tô bem filósofo hoje.

-Eu quero ir pra casa, quanto tempo falta?- me deito na cama jogando todo meu corpo, me jogo tão forte que a cama faz um barulho que parecia ter quebrado. Fecho os olhos com força, nervoso, e olho para baixo. Felizmente não quebrou.

-Falta meia hora ainda- Ela diz calma mexendo em seu celular

-Mas isso é muito tempo, por que não podemos sair agora? Só daqui meia hora eu vou estar curado?

-Calma Noah, vai passar rápido- o dono dos olhos azuis mais bonitos e brilhantes diz entrando em minha sala, ele está sorrindo, e Meu Deus! Esse sorriso.....ele me derrete.

-Passaria rápido se eu estivesse com meu celular- por um momento tinha esquecido do tédio, era se como nada existisse, só meus pensamentos e Josh, queria que isso tivesse durado mais tempo.

-Ainda não achou ele?- nego revirando os olhos e o mesmo ri nasalado me entregando seu celular- Mexe no meu

-Obrigado, putz, te adoro- logo que digo posso sentir minhas bochechas ficando vermelhas, meu corpo ficar quente, e o nervosismo subir para 100%. Any que estava ali, levantou as duas sobrancelhas sorrindo e ficou na dela. Josh dava pra ver que ele também ficou vermelho, mas por o mesmo ser tão branco o rosas em suas bochechas eram mais perceptíveis. Eu simplesmente não pensei quando disse, era algo que eu queria falar a tempos, eu sei que não é um "eu te amo" mas mesmo assim ainda é algo importante. Não posso dizer que me arrependo de dizer, sentir aquilo que eu queria muito falar sair finalmente, é libertador!

-E-eu também te adoro- ele diz coçando sua nuca, que ele tanto faz quando esta nervoso, sua fala saiu em um gaguejo o que o fez ficar ainda mais vermelho. Any ali sentada na poltrona parecia estar vendo um filme, estava abraçando suas pernas e olhando fixamente para nós dois.

Sorriso sinceramente para ele e o mesmo se acalma, suas mãos estavam em seus bolsos, mas mesmo assim dava para ver que ele estava tremendo, o que me faz perguntar a mim mesmo, Por que? Foi um simples eu te adoro, por que todo esse nervosismo? Imagina na hora que eu disser que o amo.

Ele finalmente se senta, pega seu livro e se enfia de trás dele. Não deixo de sorrir bobo enquanto aperto o botão para ligar o celular de Josh.

Coloco a senha que o mesmo ja havia me dito qual era, quando a luz bate em meu olho e vejo a foto de capa do celular meus olhos começam a brilhar, era uma foto minha e dele. Nem eu coloquei isso, e olha que eu acho que sou o mais rendido.

Olho o horário e só havia passado 5 minutos, TÁ DE BRINCADEIRA CARA, tudo isso aconteceu em apenas Cinco minutos? Tá não é como se eu tivesse feito muita coisa, mas só cinco minutos?????????????

Ah fodase então, vou estalkear o Harry Styles, esse é meu passatempo. Não me julgue, aposto que faz coisas mais bizarras. Nem é tão bizarro na verdade, tipo o Harry Styles é muito gato. Eu casaria com ele, de boas.

E fico assim, passando de foto em foto, e curtindo, um dos meus maiores sonhos é conhecer o Harry Styles sabia? Antes eu queria casar com ele. Eu tinha uma foto do Harry no meu quarto, as vezes quando eu estava carente, eu dormia abraçado com a foto, e as vezes eu beijava o Harry de papel. De novo, Não me julgue.

Quando estou na 256° foto o Dr.Ramory entra na sala com uma prancheta, logo assim olho o horário e F I N A L M E N T E eu vou embora.

Dou um pulo da cama enquanto o medico conversa com Any, provavelmente sobre aqueles negócios, Ah tem que tomar cuidado com isso, não pode fazer aquilo. Ah Sifude.

-Vamos Noah?- Any interrompe minha pequena discussão com Josh que queria me ajudar a caminhar, as pessoas parecem não entender que eu estou bem, eu já passei por isso antes, não é algo novo.

-Vamos- coloco meu casaco que estava em cima da poltrona onde Josh sentava e vou correndo na frente. Eu pareço uma criança as vezes, mas é legal.

Entro no carro de Josh, na parte de trás e fico mexendo minha perna de um lado paea o outro, eu estou muito ansioso, eu nem sei para onde vou, eu só quero ficar longe desse hospital, e de qualquer outro.

Está chovendo, no carro todo mundo está quieto, eu odeio silêncio, mas Josh estava concentrado dirigindo, e Any estava á mexer em seu celular, ela parecia nervosa, devia estar descutindo com alguém.

Já que eles não vão falar nada, eu fico fazendo o que mais amo fazer quando está chovendo. Observar as gotas de águas escorrerem pelo vidro.

No início eu simplesmente ficava torcendo para qualquer gotinha iria descer primeiro, mas depois eu comecei a enxergar a minha vida ali. As gotinhas sempre caiam, não tem excessão, por conta do vento auê o carro faz ao seu mover elas escorregam até o final. E a minha vida é assim. Não importa o que ou quem, minha vida sempre vai ser assim. Eu sempre vou ser infeliz, sempre que me acontece algo bom, isso desaba em um momento,  as vezes eu queria simplesmente não existir, as vezes simplesmente me isolar. O mesmo pensamento sempre se passa pela minha cabeca, "eu já estou morrendo de pouco em pouco, por que não acabar com isso de uma vez?" seria muito mais fácil.

É tão bom lembrar de quando meu ainda estava aqui, os meus dias eram felizes, alegres, eu tinha uma vida incrível, que eu não tenho mais, e nem nunca vou ter. Era tão boa a sensação de sorrir verdadeiramente, era tão bom sentir aquela água se posicionar em seus olhos e você sorrir tanto. Eu me sentia assim quando tinha meu pai, meu pai era meu porto seguro.....literalmente né olha o que aconteceu depois de ele ir.
Eu realmente só quero aquela vida de volta, talvez seja pedir muito mesmo.
O que eu ainda faço aqui? Eu não estou sendo dramático como as pessoas dizem! Todo mundo perde alguém? Sim! As pessoas se vão um dia. Mas não precisa ser desse jeito, e eu também não preciso ser feliz e aceitar tudo isso.
O que mais me dói é ainda amar aquela mulher, apesar de tudo ela ainda é minha mãe, e é a minha unica figura materna. É errado? É errado eu a amar? É errado eu querer simplesmente desistir da minha vida e ir encontrar meu pai?
Talvez seja, mas eu não consigo tirar esses pensamentos da minha cabeça.

Sabe, eu aprendi a me controlar em questão a chorar. Se eu não soubesse estaria chorando agora, no carro, e novamente eles iam falar aquelas baboseiras.
As vezes eu acho que já chorei tanto que não existe mais lágrima para cair...

Sou despertado de meu transe com Josh abrindo levemente a porta do carro, ele sorri gentil, o que me faz ficar mais confortável em meio aos pensamentos que ainda percorrem minha mente.
Em passos largos, por conta da chuva que ainda caía, andamos até a porta grande, de madeira clara, com algumas partes de vidro. Estávamos na casa de Any, por alguns segundos havia esquecido que era dela.

Eu estava com as mãos no bolso, quieto na minha, mas Josh e Any insistiam que eu abrisse a porta, cada hora era uma desculpa diferente, até que eu cansei e abri a porta.
E quando abri posso sentir meus olhos marejarem, e algumas lágrimas involuntárias caírem por meu rosto, pela primeira vez na minha vida eu estava chorando de felicidade.

{Oiiii, desculpa demorar taaanto para postar, é que eu tava doentinha , e depois acabei esquecendo mesmo, e agora com as provas e temas da escola fica meio difícil postar todo dia, mas mesmo assim vou tentar. Bom, é isso espero que tenham gostado do capítulo, provavelmente amanhã vai sair outro, bjooos}
{O capítulo não foi revisado, me desculpem se algo estiver errado}