The not happy family (POV Maya)

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- Então, você está me dizendo que seu pai voltou para cá? – Minha mãe perguntou.

- Não exatamente voltando, ele veio visitar o meu irmão. – Respondi.

- Por que ele não avisou antes? – Ela perguntou novamente.

- Não sei, só sei que se eu não o tivesse reconhecido de costas, com certeza quem estaria presa agora era a minha pessoa. – Respondi brincando.

Apesar da minha mãe não ter achado graça, ela deu um sorrisinho.

- Enfim, qual é o grande problema de ele não ter avisado? – Perguntei.

- Não é nenhum grande problema Maya, é só que desde que seu irmão foi preso ele só o visitou nos primeiros meses. – Ela respondeu.

- Mas é claro que só foi no início, ele ainda estava com a gente e não tinha nos abandonado só porque não aguentou a pressão. – Falei num tom obvio.

- Eu sei.... – Ela comentou.

- O grande problema foi que eu meio que escondi do Jason que o nosso pai tem outra família. – Falei.

- Por que você fez isso? – Ela perguntou.

- Oras! Eu não queria deixar meu irmão triste. Ele já vive naquele lugar horroroso, não precisa de mais desgraça na vida dele. – Respondi dando de ombros. – E outra, a visita dele só é permitida aos sábados, de qualquer forma ele irá conosco. – Continuei.

- Nossa, bem pensando. – Minha mãe falou ironicamente.

- Muito obrigada. – Falei sorrindo e ignorando sua ironia.

- Eu vou tomar um banho relaxante e dormir, essa viagem me deixou muito cansada e essa notícia somente piorou. – Ela falou levantando-se do sofá.

Apenas assenti, ela foi direto para o quarto dela, enquanto eu continuei na sala. Torcendo para que a próxima visita tudo ocorresse bem, e também torcendo para que meu pai não comente sobre a nova família dele com Jason.

Estava tão imersa em meus pensamentos que não percebi que meu celular tocava, olhei para ver quem era. Harry Sullivan, mais conhecido como o meu ex-namorado idiota e babaca, desde o ocorrido da última semana ele vem ligando todos os dias e isso está me deixando irritada.

- O que você quer agora? – Perguntei.

Era palpável a minha irritação assim que atendi a ligação.

- Que você me perdoe. – Ele respondeu.

- Isso está fora de cogitação. – Falei e encerrei a ligação sem lhe dar uma oportunidade se quer de responder.

Respirei profundamente. Ouvir a voz dele me tirava do sério, lembrar de tudo que nós passamos, para ele era somente uma mentira.

- Sabe, a taxa de criminalidade na cidade aumentou, você não deveria deixar a porta aberta. – Ouvi meu pai falar assim que entrou em casa.

- Ou talvez você deveria tocar a campainha para ver se tem alguém aqui ou se alguém está a fim de abrir a porta para você. – Falei.

- Não foi essa a educação que sua mãe e eu te demos Maya. – Ele falou num tom autoritário.

- O que você faz aqui? – Perguntei ignorando completamente o que ele me disse.

- Fiquei sabendo que sua mãe voltou de viagem, vim falar com ela. – Ele respondeu.

- Quem foi que te falou isso? – Perguntei novamente.

- Fui até o trabalho dela, afinal ela continua com o mesmo. – Ele respondeu num tom obvio.

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