I never knew you (POV Maya)

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Oi! Voltei com mais um capítulo. Como vocês estão? Espero que bem. Desculpe pela demora, estava terminando de escrever.... Bom, não sei mais o que dizer, então boa leitura.
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O quarto estava em um completo silêncio, ainda me encontrava sentada no chão e escorada na parede, minha garganta não doía mais. Jamais pensei que isso que nós tínhamos, algum dia chegaria a esse ponto; idiotice a minha, é claro. Sabia sim, que em algum momento, se eu continuasse o provocando ele poderia me machucar fisicamente.

Ainda não ousava olhar para Peter, mas sabia que ele ainda estava no quarto, sentado no colchão, jogando baralho. Era algo que ele costumava fazer quando não transávamos. Sabia que ele estava jogando, pois fazia barulho com as cartas, principalmente quando embaralhava. Entendia, mas ao mesmo tempo não entendia como ele podia ser tão frio e indiferente com o que ele acabou de fazer; parte de mim queria que ele pelo menos fosse um pouco menos psicopata, que sentisse um pouco, porém estava me enganando. Peter jamais iria sentir remorso pelas coisas que ele fez, e isso inclui ter quase me matado.

Lutava uma batalha interna comigo mesma, tentando decidir se ficava aqui pelas próximas horas ou ia embora; eu não podia estar sentido nenhuma dor física mais, mas estava com medo de me mover e ele tentar fazer alguma coisa comigo.

Sempre soube que isso não era nada para ele, nunca será. Ele ofereceu algo por estar entediado, por querer prazer. E, bom, ele conseguiu. Como sempre! Às vezes, me xingo por ter me deixado levar por ele, por ter sido fraca e não ter recusado, mas Peter sabia como usar sua sedução, sabia como manipular. Eu era a presa e ele o caçador, e ele soube direitinho me atrair para a armadilha. E eu me odeio por isso!

- Você não precisa ficar aqui até o final da visita. – Ouvi ele falar e foi então que tive coragem de levantar a cabeça e olhá-lo.

Peter estava me encarando, sem expressão alguma no rosto, sem nenhum sinal de sentimento algum em seus olhos. Engoli em seco, ainda com medo. Ele suspirou, levantou e veio até onde eu estava, tentei ao máximo me afastar, porém tinha uma parede atrás de mim e o quarto era pequeno.

- Calma Maya, não vou te machucar de novo. – Ele falou.

Seu tom de voz estava calmo demais, como se o que ele acabara de falar fosse a coisa mais natural do mundo.

- Vem, levanta. – Ele falou estendendo a mão para pegá-la.

Olhei para ele e arqueei minha sobrancelha, questionando silenciosamente se ele, por um acaso, estava zoando com a minha cara ao oferecer ajuda.

- Se não quer minha ajuda, então beleza. Mas para de me olhar assim, está me irritando. – Ele falou retirando sua mão.

Porém, eu continuei o encarando. Reuni toda força que tinha dentro de mim e levantei, agora ficando cara a cara com Peter.

- Não seja fraca Maya, você parece aquelas garotinhas de filme de terror que tem medo até da própria sombra. – Ele falou rindo.

- Eu sou humana. – Comecei a falar. – Tenho o total direito de ser fraca e sentir medo de um monstro. – Continuei, ele abriu a boca para falar, mas o impedi. – Sim, você é o monstro, o perfeito 'leão escondido em pele de cordeiro'. Posso sim ter aceito essa ideia maluca de passar praticamente a tarde toda aqui com você, mas em momento algum aceitei esse tipo de tratamento. – Terminei de falar.

- Você provocou. – Ele falou.

- Como eu provoquei? Me diz. Como posso ter provocado um comportamento violento em você? Me diz! – Falei com raiva, mas não alterei minha voz. – Por um bom tempo, venho aguentando esses seus ataques de possessão, como se eu, de alguma forma, pertencesse a você. Só que eu cansei de te avisar que você não é meu dono, eu não sou uma marionete que você controla como bem entender. Isso, Peter, foi a gota d'agua para mim. – Continuei.

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