The truth untold (POV Maya)

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Voltei com mais um capítulo. Ele foi um pouco difícil de escrever, mas estou bastante orgulhosa com o resultado dele. Espero que todos vocês gostem, e até o próximo capítulo!
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O caminho até o presídio foi um tanto lento, não estava com tanta pressa para chegar, pelo menos não depois do que Soo Young falou para mim. Fiquei dando voltas pela cidade, até criar coragem e ir para o meu destino final, não estava preparada.

Peter era esperto, muito esperto. Ele me observava toda vez que em que ficávamos em silêncio, poderia dizer que ele já tinha todo o conhecimento das minhas manias, de quando estava bem e quando mentia – digo, não que esse detalhe não fosse fácil de descobrir.

- Você demorou mais do que o normal hoje. – Ouvi Peter falar assim que entrei na sala de visitas.

Hoje era um dia 'normal', do qual pessoas ao meu redor que eram menos intimas sabiam que estaria aqui para finalizar meu trabalho. Esperando, ansiosamente de que ele tenha respondido todas as perguntas pelo menos.

- Desculpa. – Falei sem olhá-lo.

- Aconteceu alguma coisa? – Ele perguntou me olhando.

- Hm. Nada. – Respondi dando de ombros enquanto sentava.

- Não me parece nada. – Ele comentou com seus olhos analíticos e observadores.

Remexi na cadeira, me sentindo totalmente desconfortável.

- Como você sabe tanto sobre mim e eu não sei nada sobre você? – Perguntei.

- Sei lá. – Ele respondeu.

Suspirei frustrada, o que atraiu sua atenção.

- Aconteceu alguma coisa, eu sei que aconteceu. Normalmente você não chega com essa cara de enterro. – Ele falou.

- Coisa minha.... – Respondi.

- Pode falar se quiser. – Ele falou dando um pequeno sorriso.

Fiquei em silêncio. Aquele sorriso não era verdadeiro, era quase que um convite para acabar falando a verdade, um convite para minha possível morte.

- Peter? – O chamei, ele me olhou. – O que você está querendo com isso? – Perguntei.

Ele riu.

- Devo confessar que fiquei ofendido com a sua pergunta. – Ele falou ainda rindo.

- Não me parece. – Falei cruzando os braços na altura do peito.

- Então me responde por que você está assim? – Ele perguntou.

- Por que quer tanto saber? – Perguntei de volta.

- Porque sim, oras. – Ele respondeu dando de ombros.

- Não aconteceu nada. – Falei dando o meu melhor sorriso falso que conseguia, pelo menos isso era algo que não dava para desconfiar que era mentira. Já que passei um bom tempo da minha vida, desde o incidente, dando sorrisos falsos. – Agora responde, por que você sabe mais sobre mim do que eu de você? – Perguntei.

- Quer mesmo saber? – Ele perguntou e eu assenti. – Não é de hoje que te observo. Para ser mais específico, eu venho te observando desde o dia em que te vi pela primeira vez na escola, desde o dia em que prestei atenção em você pela primeira vez, foi na última semana de aula antes das férias de verão. – Ele falou.

- Aquele dia do esbarrão que nós tivemos.... – Comecei a falar.

- Sim, aquele dia. Esbarrei em você de propósito, queria saber seu nome, ver você de perto, ouvir sua voz. – Ele falou.

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