Can I be him? (POV Maya)

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Mais um capítulo para vocês! Espero que gostem, boa leitura.
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Enquanto andava pelo corredor até a saída do presídio, sentia o gosto dos lábios de Peter nos meus. De como aquilo tinha se tornado tão errado, mas ao mesmo tempo tão certo. De como, no fim, quem ainda irá sair machucada dessa história, serei eu e mais ninguém.

Pelo portão de entrada do presídio, vi Christian ali, escorado no capô do seu carro, olhando para o chão. Suspirei, saí e andei até ele.

- Oi. – Falei chamando sua atenção.

- Oi. – Ele falou sem me olhar.

- Eu.... Er.... Eu recebi suas mensagens. – Falei.

- Hm. – Ele murmurou.

- Você não vai me olhar? – Perguntei quase que num sussurro.

Christian levantou a cabeça e me encarou por algum tempo, sua expressão de tristeza se transformou em raiva e me questionei o que havia causado essa mudança repentina.

- O que aquele desgraçado fez com você? – Ele perguntou afastando meu cabelo e vendo meu pescoço marcado pela mão de Peter.

- N-Nada. – Gaguejei um pouco ao responder.

- Nós vamos entrar e você irá na diretoria mostrar isso a eles, aquele filho da puta merece uma punição. – Christian falou ainda com raiva, segurando minha mão e me levando de volta para a entrada.

- Não, por favor não. – Pedi soltando minha mão da dele.

- Maya, ele te machucou. – Ele falou alterando a voz.

- Eu.... Eu sei, ok? Mas por favor, se eu for lá, eles o mandarão para a solitária. – Falei.

- E isso é pouco para o que ele merece. – Ele falou tentando fazer eu voltar a andar em direção a entrada do presídio.

- Por favor Christian. – Falei quase começando a chorar de desespero.

- Maya.... – Ele começou a falar.

- É errado, totalmente errado, fodidamente errado. Mas eu amo ele Christian, desculpa, mas essa é a verdade. Sei que errei com você, mas pensei que o que tinha com o Peter ia passar no momento em que o semestre acabasse, que não iria rolar sentimento algum, mas estava errada. Completamente errada. – Falei enquanto tentava controlar meu choro.

Christian ficou em silêncio.

- Me desculpa. – Pedi.

Pensei que ele iria embora, porém ele me abraçou forte, retribui o abraço. Meus soluços, por conta do choro, eram audíveis, e provavelmente estava molhando sua camiseta.

- Está tudo bem Maya. – Ele falou algumas vezes.

- Não está. – Falei me afastando. – Não está nada bem. Sem eu querer acabei te usando e deixando você começar a ter sentimentos por mim, enquanto eu passava quase todas as tardes da semana aqui com ele e começando a ter sentimentos por ele. Isso é totalmente errado. – Continuei.

- Tenho certeza de que você não fez por querer. – Ele falou.

- Você não precisa ser bonzinho comigo, Christian. Eu não mereço. – Falei.

- Realmente não, mas eu me apaixonei por você Maya. – Ele falou. – Algo que não consigo mudar em mim, mas posso tentar mudar em você. Claro se quiser, obviamente.

- O que você está me propondo? – Perguntei enquanto secava as lágrimas do meu rosto.

- Deixe eu te ensinar a me amar como você ama ele. – Ele falou.

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