Cherry Bomb (POV Maya)

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Voltei com mais um capítulo... Achei que hoje não daria para postar, porque teve uma rápida queda de energia aqui no prédio, mas deu tudo certo. Espero que gostem!
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Entrei mais cedo na cafeteria na intenção de sair mais cedo, porém minha conversa com o Sr. Godfrey resultou em a minha pessoa fazendo um doce que meu pai costumava fazer para Jason e eu quando éramos crianças.

- Então seu pai colocou o nome de Cherry bomb? – Ele perguntou.

- Sim. – Respondi.

- Por que? – Ele perguntou novamente.

- Não sei. – Respondi dando de ombros.

Terminei de decorar o prato e lhe entreguei. Savannah já havia ido embora, na verdade todos os funcionários já tinham ido embora, menos eu.

- Vai come, você vai gostar. – Falei sorrindo.

Ele me olhou e deu um meio sorriso. Ele tirou um pequeno pedaço e colocou na boca, fiquei o olhando esperando pela sua reação.

- É tipo uma bomba de chocolate só que invertida. – Ele falou sorrindo.

Balancei a cabeça afirmando sua constatação. Ele continuou a comer, havia bastante chantilly o que resultou em seu nariz e canto de boca sujos. Peguei um guardanapo e por instinto acabei eu mesma limpando os lugares onde sujou. Enquanto limpava a boca olhei para ele, seus olhos estavam mais verdes que azuis, mas ainda sim dava para ver alguns resquícios de azul em suas írises; um azul céu de um dia tranquilo.

De relance o vi colocando o prato em cima da mesa e seu rosto foi se aproximando do meu, até nossos narizes encostarem um no outro. Suas mãos, já livres, segurou minha cintura, agora além de colar nossos rostos, colar nossos corpos também. Quando dei por mim ele já estava me beijando e pedindo passagem para sua língua explorar cada canto da minha boca.

Por um breve momento de loucura, cedi ao seu beijo. Era calmo e delicado, algo totalmente diferente de Peter – que era mais violento pode-se dizer. Mas a loucura de ter cedido foi breve, e logo voltei a mim me separando devagar dele.

- Me desculpe. – Christian falou.

- Me desculpe também. – Falei afastando completamente dele.

- Me deixei levar pelo momento e isso foi errado. – Ele falou.

- Tudo bem, nós dois erramos. Acho melhor você ir embora, eu preciso voltar para casa, minha mãe deve estar preocupada comigo. – Falei.

Ele apenas assentiu. Pegou suas coisas e deu um pequeno aceno antes de sair e sumir ao virar a esquina. Apoiei na mesa e respirei fundo, foi um beijo bom, calmo, era como se ele não estivesse com pressa, como se ele quisesse explorar detalhadamente cada canto da minha boca. Era um tipo de beijo que já tinha algum tempo que não recebia e dava. E não vou negar, sentia falta dessa delicadeza ao beijar alguém.

Com Peter era sempre diferente, tinha a pressa, a agressividade, a dominância, o desejo e no fim o sexo. Era somente luxúria. Para ele era algo sem significado algum. E deveria ser assim para mim também.

Balancei a cabeça na tentativa de espantar esses pensamentos e terminei de arrumar as coisas para fechar e ir para casa. Tranquei e verifiquei se estava tudo certo antes de entrar no carro e dar partida seguindo o caminho de casa.

Minha boca estava com o gosto do doce, estava impregnada com a delicadeza de Christian, mas meu corpo estava impregnado com o desejo e as mãos ágeis de Peter toda vez que ele me tocava.

Não iria me importar se conseguisse fundir os dois em um só. Meu Deus, o que eu estou pensando? Christian, ou melhor, Sr. Godfrey é meu professor. Peter é somente algo sem sentimento, é meu trabalho para concluir o semestre. Foi alguém que me deixou com medo e amanhã irei ter que encará-lo como se nada tivesse acontecido, e para ele isso era extremamente fácil.

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