Tudo sempre fora normal na vida de Candice. Pais sempre amorosos, uma irmã que ela ama muito, e, é claro, seu melhor amigo gay, Justin.
Candice nunca foi o tipo de garota muito sociável, ou cheia de amigos. Sempre foi somente ela e o Justin.
Justin...
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Justin's Point Of View
New York, Estados Unidos.
Encaro o cara diante de mim, totalmente pasmo e sem reação.
— Scooter? — Pergunto, e ele assente, com um largo sorriso.
Primeiro: como ele descobriu onde eu moro? Segundo: ahm, o mesmo que o primeiro.
— O que você ta fazendo aqui e... wow, como descobriu onde eu moro? Você é algum tipo de stalker por acaso? — Arqueio as sombrancelhas.
— Que isso. Descobrir onde você mora foi fácil, agora o motivo que eu estou aqui, esse você ja sabe. — Ele fala, entusiasmado. — Quando eu disse que levaria você para Atlanta eu definitivamente não estava blefando.
— Eu... — Engulo seco. — Não sei se é uma boa ideia... quer dizer, eu apenas canto como hobbie. Nunca eu vi isso como uma profissão ou algo do tipo. Mas aí, você vem do nada com esse papo. To apavorado...
— Não precisa estar. Mas então, vai me deixar plantado na porta na sua casa?
Acabo dando risada e o deixo entrar. Nos sentamos no sofá.
— Eu gostaria de falar com a sua mãe. — Ele diz.
— E vai falar o que? Em como me levou para uma zona para que eu pudesse resolver meus problemas com minha sexualidade? — Falo em um tom irônico, e ele da risada.
— Acho que isso não seria uma boa primeiro impressão... — Ele murrmura. — Mas podemos deixar isso de fora, né... sabe... — Acabo gargalhando.
Scooter, Scooter...
— Bem, podemos fazer como você quiser. Fale com a minha mãe, não to botando fé em nada, mas se é o você quer... to te devendo uma, cara. — Bato de leve no seu ombro.
— Pera ae. — Ele diz sério. — Eu não quero que você faça nada so porque acha que me deve algo ou porque eu quero. Você tem que querer. Eu fiquei sim, entusiasmado com você, com o seu talento. Mas é a sua vida, não é algo que eu possa decidir. Sua vida, suas escolhas.
O encaro por um tempo, e solto um sorriso.
— Eu gosto de cantar, sério. Nunca tinha pensado em fazer profissionalmente, ou pensando no meu futuro. Mas gostei, vamos tentar do seu jeito. Se não dar certo, pelo menos a gente tentou. — Digo confiante, e ele assente.
— Ok. Então, onde sua mãe esta?
Candice's Point Of View
— O vermelho fica perfeito em você. — Maeve me joga o suéter, me fazendo encara-lo por um tempo.
— Você acha? — Mordo o labio e ela concorda.
— Acho sim. Você tem um puta corpo dos deuses, e não ache que estou dando em cima de você, mas é serio, Candice. — Dou risada e ela pisca pra mim.
Fico deitada na sua cama, encarando o teto, ate que ela quebra o silêncio.
— Mas então... — Ela começa, cautelosa. — Como vai você e o Justin?
— E-eu e o Justin? Hm, não existe eu e o Justin. — Murmurro sem graça.
— Ah, fala sério. Pelo que você me contou ele so anda te cercando. Vai me falar que não ta doidinha pra sentar no pau dele outra vez? — Abro a boca, incrédula, mas não falo nada. — Não precisa responder, eu sei de tudinho.
— Você é doida. — Toco o travesseiro na cara dela e começamos um pequena guerra com seus travesseiros.
— Filha? — Escuto uma voz doce.
— Mãe! — Maeve abraça a mulher que, ate então, ainda não pude ver o rosto.
Quando ela se afasta, a mulher leva os seus olhos até mim, sinto meu peito acelerar, e não sei ao certo o motivo.
A mulher na minha frente me encara minuciosamente, e acabo fazendo o mesmo com ela, embora não entendendo muito bem o que se passa aqui.
Ela tem cabelos escuros, bem pretos mesmo, e olhos azuis como os meus. Puta merda, ela é linda. A mãe da Maeve é linda.
— Mãe, esta é a Candice. — Saio do devaneio com a voz de Maeve. — E Candy, ela é minha mãe, Elisabeth.
— É um prazer, Sra. — Ergo a mão. Ela fica me encarando mais um tempo, me deixando um pouco desconfortável, mas então pega a minha mão, me fazendo engolir a bile.
— É um grande prazer conhecer você, Candice. — Ela diz com um pequeno sorriso nos lábios, e eu retribuo, tímida.
Estranhamente nossas mãos ficam juntas tempo demais, e me sinto no dever de acabar com esse clima meio esquisito.
— Então... eu preciso ir pra casa. A gente se vê amanhã na escola e, mais uma vez, foi um ótimo prazer conhecer você, Elisabeth. — Sorrio e aceno para as duas, saindo rapidamente da sua casa.
Elisabeth me deixou com uma sensação estranha, e estou tentando entender o porquê. Não deve ser nada não...
(...)
— Baby... — Me assusto e me viro abruptamente e vendo, é claro, Justin Bieber com um lindo sorriso.
— Que baby o que. — Fecho meu armário e começo a andar, com Justin me seguindo.
— Eu... — Suspira. — Ok, vou falar de uma vez. Eu vou embora.
Meu coração para na hora, e encaro o Justin com os olhos arregalados.
— Q-que? — Sussuro.
Ele não pode ir... ele, ele não pode.
Engulo seco, tentando evitar que meus olhos fiquem marejados. Puta que pariu, sera que está indo embora por minha causa? Duvido muito. Mas e se...
— Por que? — Digo com a voz firme.
— É que... — Ele passa a não nos cabelos.— É meio complicado de explicar. Mas não vou ficar muito tempo, volto logo. — Ele diz e mesmo assim não me anima em nada.
— Porra. Inferno. Buceta. — Justin da risada com o último nome e lhe dou alguns tapas, os quais ele se esquiva.
— Não se preocupe, Candy. Você vai ter que me aturar pelo resto da sua vida. Nem em um milhão de anos você vai conseguir se livrar de mim. — Ele pisca e, estranhamente, fico aliviada com o que ele disse.
— Até que inferno congele...
— Até que o inferno congele. — Ele repete, e dou um sorrio sincero.
Suspiro e mordo meu lábio, virando o rosto um pouco, não querendo que isso pareça uma despedida.
— Então. Vai me beijar ou não? — Ele arqueia as sombrancelhas e lhe olho confusa. — Ainda tenho tempo para uma rapidinha no banheiro, não quer? — Ele diz sedutor, se aproximando, e minhas costas batem nos armários.
— Hm....
— Você quer isso tanto quanto eu, não é? Você esta me desejando nesse instante, não é, Candice? — Ele sussura no meu ouvido, e levo meus olhos ate os seus, que estão escuros de desejo.
— Quero... — Me dou por vencida, e Justin sorri de lado, puxando o meu braço.
Justin me arrasta ate os banheiros, entramos em um, e ele se senta na tampa do vaso, me olhando com seus lindos olinhos, com suas mãos firmes na minha cintura.