Tudo sempre fora normal na vida de Candice. Pais sempre amorosos, uma irmã que ela ama muito, e, é claro, seu melhor amigo gay, Justin.
Candice nunca foi o tipo de garota muito sociável, ou cheia de amigos. Sempre foi somente ela e o Justin.
Justin...
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Candice's Point Of View
New York, Estados Unidos
Chego em casa exausta. Tanto fisicamente, quanto psicologicamente. Sinto realmente como se minha cabeça pudesse explodir.
Escuto meus pais me chamarem, mas não lhes dou ouvido, e apenas corro ate meu quarto, entrando em seguida.
Me atiro na minha cama e fecho os olhos, fungando, não querendo de maneira alguma que as lágrimas desçam outra vez, me fazendo me sentir mais patética ainda pelo motivo.
Porque estou assim, afinal?
É por Justin ter se afastado desse jeito, e mudado tanto? Ou pelo fato dele estar namorando com uma garota, sendo que nos beijamos na noite anterior. Não sei o que esta acontecendo comigo, mas não estou gostando nada disso.
Merda.
Não estou gostando de como me senti com as suas mãos no meu corpo, ou como eu não queria parar de beija-lo nunca mais.
Isso não pode acontecer. Isso não pode acontecer.... que merda, Justin.
Afundo a minha cabeça do travesseiro, e começo a ofegar, minha pele arrepiando pelos pensamentos, e me sento rapidamente na cama, bufando enquanto choramingo.
Porque isso foi acontecer outra vez?
Taco meu travesseiro na minha porta e, nesse momento minha mãe entra, se assustando.
— Desculpa. — Murmurro, com a cabeça abaixada, não querendo que ela veja a minha cara de sofredora.
Mas ela é minha mãe. Ela me conhece.
— Candice? — Ela senta ao meu lado na minha cama, mas permaneço com a cabeça abaixada. — Filha? — Ela levanta meu rosto, e mordo o meu lábio. Minha mãe solta um suspiro. — O que você tem, Candice?
— Nada. — Digo bem baixinho, e ela rola os olhos.
— Você pode mentir para qualquer um, mas não para mim. O que você tem? — Ela insiste.
— Não me faça falar, mamãe. — Sussuro, com as lágrimas caindo dos meus olhos, e ela me puxa para um abraço.
Deixo minhas barreiras caírem, e choro no seu ombro, enquanto minha mãe faz carinho.
— Independente do que esteja acontecendo, tudo vai ficar bem. Tudo vai ficar bem, querida. — Ela sussura, e chego a soluçar por causa do choro.
Minha mãe segura o meu rosto e olha pra mim, suspirando.
— Você quer passar uns dias na casa da sua avó? Eu sei que ela consegue te acalmar. — Minha mãe pergunta, e meu peito se enche de felicidade com a possiblidade de ver a minha avó.
— Sim. Porfavor, mãe. — Digo, e ela da um pequeno sorriso.
— Tudo bem. Então faça as suas malas, você ira na casa da sua avó. — Ela diz e assinto, ja indo em direção do meu closet.
