MARAISA.
Vou fazer um breve resumo do que sou e de como vivo.Muito prazer, me chamo Carla Maraisa Pereira Tracarski, estou no auge dos meus trinta e dois anos de idade e de certa forma deprimentes, pois sinto que não vivo tudo que tenho para ser vivido e tudo isso em uma eterna aglomeração de sentimentos me deixa instável. Estou em uma idade que à comodidade plena em que qualquer coisa que não exija esforços me deixa satisfeita. Sou casada já há doze fucking anos... Não que meu marido seja algo ruim em minha vida, muito pelo contrário, ele é simplesmente perfeito... Seria egoísmo reclamar de um homem daqueles, que faz tudo o que eu quero, quando quero.
Me dá a vida que não sei se sozinha conseguiria, me satisfaz em todos os sentidos o que não é algo ruim, mas ao mesmo tempo, eu não sei, são doze anos casada, não sei se isso seria exatamente algo que a Carla Maraisa, planejava enquanto mais jovem... enfim. Fuljamos desse assuntos.
Sou formada em Letras com pós-graduação em psicopedagogia e uma outra faculdade de arquitetura... Digamos que sou um pouco eclética e meus gostos mudam conforme às fases em que a vida me apresenta.
Sou criativa, amo o que faço, porém não deixo de odiar as pessoas do meu trabalho mas ter tudo instável perante a vida me deixa bem, não em questão de soberania mas sobretudo a profissão. Basicamente essa sou eu. Uma professora de ensino fundamental em que é bajulada pois o marido é reitor de todas as unidades de ensino privado no qual carrega o nome de onde trabalho.
Um conselho, fuja de pessoas que se aproximam pelo que tens não apenas por quem és.
Depois de umas férias, daquelas enjoativa no qual viajo com meu marido mais uma vez para o Rio de Janeiro, chego em minha casa.
Vamos para lá sempre que podemos porque a sua mãe está adoentada e pelo que os médicos dizem a mesma está nas últimas.
Minha sogra, eu acho até engraçado dar essa nomenclatura a ela. Essa mulher nunca gostou muito de mim, sempre dizia que mulher deveria ser submissa ao homem, por que, a mesma acha que pinto e bordo em cima do filho dela no qual me casei, por conta disso não nos damos! Errada não estou em defender que não estamos mais nos anos sessenta, há muito tempo e fazer todos os seus gostos foi algo que já deixei bem claro desde quando éramos namorados.
JACK TRACARSKI
Um homem divino, digno de um corpo bem estruturado, aos seus trinta e seis anos, carregando uma barba com aquele toque de que precisa ser feita, não mais que uma perfeita combinação com a sua profissão de reitor em um colégio particular com o nome de Elite.
Sem mais.
— ah, até que enfim casa! - digo em alívio, me jogando com os pés para cima, em minha adorável cama.
— vem cá meu amor, me deixe tirar seus sapatos. - Jack vem até a mim e os retira de meus pés.
— obrigada, vida! - pisco para o mesmo e viro para o lado aconchegando-me no travesseiro.
Sinto pequenos vestígios de sono me invadindo aos pouco e então me dou o direito de selar meus olhos, mas ainda sem me deixar levar pelo sono.
— a viagem foi cansativa né? - ouço sua voz soar um pouco mais baixa. Sinto um beijo deixado no topo de minha cabeça.
— sim amor, foi. - falo baixo.
— a turbulência me deixou um pouco agoniado, nem parecia que viajei diversas vezes a negócios, né? - falou risonho.
Realmente desta vez foi um pouco mais pesado que das outras e o medo era nítido no Jack, eu até cheguei a gravar alguns Story's mostrando desde suas pernas trêmulas a seus olhos marejados. Ele sorria e me olhava profundamente pedindo para que parasse de rir e gravar seu momento de aflição.
Foi bem engraçado!Não vou dizer que não temi os movimentos e barulhos que faziam dentro do avião, mas Jack mesmo com medo, soube buscar a minha atenção. Um sorriso sincero sai de meus lábios só pela lembrança.
— meu amor?
— sim... - digo sonolenta.
— irei tomar um banho e já desço preparar a janta, tudo bem? - pergunta.
Ouço barulho de uma mala sendo aberta. Provavelmente ele já estaria adiantando o trabalho da empregada que é responsável por vir limpar nossa casa, quatro vezes por semana.
— sim meu bem, assim que cochilar um pouco eu vou para lhe ajudar. - o sono toma conta e então acabo não conseguindo escutar sua resposta.
Jack? O que é isso?
Sinto minhas pernas tremerem e minhas mãos soarem?
— Maraisa? O que? O que está fazendo aqui?
Ele diz trêmulo.— o que você está fazendo? Eu que lhe pergunto?
— eu não estou fazendo nada, você chegou aqui em tom de ameaça!
Ele rapidamente esconde a pessoa que estava beijando a sua trás.
— eu vi tudo, Jack depois de doze anos, DOZE fucking anos juntos?
Meus olhos inundam e minha visão embaça. Até que tudo fica turvo e nada mais consigo enxergar.
— Maraisa... Do que está falando?
— eu? Eu já não sei, flash de memória me dizem que está com outra, agarrando outra como faz comigo justo em minha frente.
Não é possível que isso esteja acontecendo comigo. Sinto minha cabeça pesar e meus sentidos pegando fogo. Olho para minhas mãos e elas começam a escorrer água. Levo elas até o meu rosto que rapidamente tem resposta de uma vibração que jamais havia sentido. Só me recordo o que estou vivendo no momento mas não consigo por em palavras.
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MY INTERN
Fanfictionminha estagiária - uma fanfic diferente do que já criei. Cansada de um casamento monótono e ao mesmo tempo prazeroso, Maraisa se vê dependente de nada menos uma jovem que apareceu do nada em sua vida e promete abalar suas estruturas. Vamos ver aond...