Capítulo 16.

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- Lauren.

Eu não sou dessas pessoas convencidas que se acham as melhores em tudo e sempre conseguem o que almejam assim, na base dá atenção

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Eu não sou dessas pessoas convencidas que se acham as melhores em tudo e sempre conseguem o que almejam assim, na base dá atenção. Pelo contrário eu só sei fazer as coisas no meu tempo, em silêncio bem tranquila e na minha como se nada estivesse acontecendo. Não sei ao certo se isso me faz uma pessoa melhor, mas acredito que estou bem assim e até prefiro a minha timidez.

Eu estava levando a vida tranquilamente, feliz com o meu progresso na faculdade, meu trabalho até então em ordem e minha avó com a saúde boa... Estava tudo estável até no tempo que estava tirando para estudar e realizar meus trabalhos.

Até aquele inferno de morena me aparece e bagunçar tudo, eu ando calada mais que o normal, suspirando a toa e não vendo a hora das manhãs passarem logo para eu poder vê-la de novo. Sinto que estou vivendo algo surreal a ponto de não saber como seria um dia sem... Resumidamente é assim que tem sido meus últimos dias.

Após um longo e lindo dia de trabalho, Maraisa me deixou em casa que nem os dias anteriores, e mesmo estando um pouco estranha depois do ocorrido, ela me deixou muito feliz ou seja, chego distribuindo sorrisos em casa.

— vó, eu te disse que está tudo bem. - entro em casa e jogo minha mochila no sofá.

— minha filha, já é a terceira vez que está vindo com essa pessoa neste mesmo carro, tenho todo direito de ficar preocupada. - diz nada calma assim que me recebe na porta.

— vó, não se preocupa eu sei me cuidar. - beijo sua testa e vou em direção da cozinha.

— eu sei que você sabe, mas minha filha... eu conheço todos os seus amigos e nenhum deles tem esse carrão aí. — ouço sua voz tremer. — pode falar qualquer coisa, você sabe. - ela vem atrás de mim.

— falar o que? - olho para ela de relance. Pego algumas coisas na geladeira para fazer um sanduíche.

— Lauren, se for alguma menina... Eu prefiro saber. - ela diz e eu reviro os olhos.

— vó... Já disse que não trago ninguém para casa sem ter certeza. - digo rindo de lado.

— igual a...

— não ouse... - arqueio as sobrancelhas.

— tudo bem tudo bem, não está mais aqui quem falou... - ela ergue as mãos em rendição.

Maria Madalena.
(Avó da Lauren)

Uma jovem senhora de cinquenta e oito anos, teve apenas um filho no qual era o pai de Lauren.
Ela mede mais ou menos 1,55 e tem os cabelos grisalhos ao natural mas mesmo assim parece bem mais jovem. aposentada em Medicina, criou a neta como filha desde os cinco anos de idade. Mas sempre deixou claro a menina que ela é apenas a sua avó. Os sonhos delas são os da Lauren e a mulher é disposta a fazer tudo por sua menina.

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olha. - pego meu celular, abro o whatsapp e mostro uma foto da Maraisa. — é uma mulher que trabalha comigo, ela me ofereceu uma carona e eu aceitei.

— então eu fico mais tranquila...

— te amo... - abraço ela.

— também te amo. - ela retribui um abraço mais apertado.

Conversamos sobre uns assuntos da casa e as contas que chegaram. Ela diz para eu não me preocupar que esta tudo sob controle, eu acredito nela como ninguém nessa vida, mas eu queria tanto conseguir resolver tudo sozinha e deixar ela em paz, por mim eu dava o mundo a ela...

Falamos da minha moto também, que havia ido para o concerto e já estava pronta para buscar logo amanhã cedo mesmo, jogamos papo furado fora enquanto ela me fazia companhia para comer. Logo em seguida dou aquele boa noite cheio de afagos e vou em direção do meu quarto que assim que entro como todo santo dia, saio pela manhã uma bagunça e chego já está tudo muito bem organizado...
Minha avó desde que se aposentou, vive por mim e não vou negar, me sinto um peso para ela e nada confortável com essa ideia... Até cheguei a fazer uns perfis em sites de relacionamento para entretê-la, mas aquela senhora diz que não tem mais idade para essas coisas de jovens... Ela é mesmo uma figura.

Acordo atrasada, acabei ficando até tarde fazendo trabalho da faculdade que precisam ser entregues amanhã mesmo e esqueci de que marquei pegar minha moto logo cedo antes entrar na aula. Faço as coisas tão rápido que não deu tempo de dar um beijo na minha véia.

— oi, bom dia me chamo Lauren Jauregui e vim buscar minha moto... - digo para o mecânico.

— oi, claro sua vó avisou que viria. - sorri meigo. Aparentemente um senhor de mais idade, cabelo cor castanho escuro e um sorriso fofo.

— sim, que bom... Desculpe a grosseria mas estou atrasada e poderia receber o dinheiro já, tipo assim, sem muita cerimônia. - sorrio tentando não mostrar inconveniência.

— sua avó já acertou comigo... - me olha assim que nos guia até o local aonde ela estava.

— já!? - me sinto surpresa.

— sim e ela está novinha em folha pronta pra outra... - me entrega a chave.

— Deus me livre e guarde. - faço o sinal da cruz.

— é,com certeza... Mande um oi, para a sua avó...

— mando sim. - pisco.

Dou o dinheiro ao homem, coloco meu capacete e acelero em direção até a faculdade. Eu já vi o rosto daquele senhor em algum lugar, mas não me recordo aonde mas enfim não deve ser nada interessante. Chego atrasada na sala e acabo não passando despercebida pelo professor.

— sorte que eu gosto muito de você, Lauren. - o homem diz em deboche escrevendo lá do quadro.

Eu nada respondo, só vejo algumas pessoas me olhando e minha amiga sussurrando, "não liga". A aula passa igual uma corrida de lesmas e credo que nojo.

Como dizem, cabeça vazia é oficina do satanás, durante as aulas eu minha cabeça prestou atenção foi naquela mulher... Eu só fiz foi pensar no dia anterior com Maraisa e então sinto um arrepio percorrer meu corpo, tudo o que eu queria era ver ela logo, que merda eu tenho que aprender a não deixar esses pensamentos me domarem.

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