Capítulo 2.

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Com a respiração ofegante, coração acelerado parecendo que a qualquer momento iria pular para fora do peito em uma imensa explosão, proliferando sentimentos de dor e decepção... Mas por consequência do destino, era apenas um sonho... ou pior, um pesadelo!

Acordo assustada em minha cama, no qual foi o último lugar que me lembro estar. Minhas mãos estão bem soadas, meu rosto queimando e cheios de gotículas do mesmo líquido me deixou com os sentidos aguçados em inquietação.
Ainda um pouco assustada, vejo meu celular vibrando incansavelmente no criado mudo ao meu lado, fazendo um barulho ensurdecedor para os ouvidos de uma pessoa que acabará de acordar.

O pego e vejo o nome da minha irmã no visor. Meu Deus... reparei no horário e dormi quase duas horas! Já não era muito cedo mas, eu sou daquele tipo de pessoa que se dorme muito em um período do dia, provável que terei dificuldades em dormir à noite.

Maiara Carla.

Irmã gêmea de Maraisa. Ela é uma mulher linda, dona de um físico invejável por muitos... Pesando seus cinquenta e dois kg, baixinha e ruivinha. Bissexual, ativista do direito das mulheres, Maiara é uma mulher inteligente e encantadora. Por onde passa deixa aquele gostinho de "quero mais", por ser uma pessoa extremamente extrovertida e interessante, não há papas em sua língua, contudo fala o que tem vontade mas sempre mantendo a empatia. Maiara é cantora e compositora, busca a vida toda seu lugar no meio sertanejo.

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— oi irmã. - atendo com voz de sono.

— boa noite irmã! - ela diz e a sinto um pouco envergonhada.

— o que foi Maiara? - falo e então levo a mão na altura da testa.

— eu liguei para perguntar, se chegaram bem de viagem.

— sim sim irmã, chegamos. - digo um pouco ríspida mas sem a intenção.

— me desculpe se não for uma hora boa... - não respondo, a mesma suspira e continua. - eu estava preocupada com vocês, pois fiquei sabendo que o vôo em que vieram direto do Rio houve turbulência diferente das comuns.

- ah metade, não precisa se preocupar nós estamos muito bem graças a Deus. - ao fim da fala, bocejo alto.

— te acordei, né? - ela ri nervosa.

Me sento, jogo minha cabeça na cabeceira móvel da cama e fecho meus olhos.

— acordou, mas não tem problema iria só tirar um pequeno cochilo assim que chegamos de viagem. Porém acabou durando quase duas horas. - justifico. — Já iria acordar, tomar um banho e ir ajudar meu marido na cozinha.

— então tudo bem. Eu vi os vídeos que gravou do Jack morrendo de medo,  no Instagram. - ela solta uma risada sincera.

— viu irmã, meu marido não tem jeito! Aquele ali só tem tamanho... - sigo sua linha de risadas.

— eu to morrendo de saudade de vocês metade, temos que marcar um churrasco aí na mansão dos Trakarski's. - falou animada.

— temos mesmo irmã e vamos sim, mais tarde comento com ele! - digo em meio a bocejo de sono que ainda pairava em mim. - Estou morrendo de saudade dos meus Pereira's e sabendo do jeito que ele adora vocês, vai topar na hora.

— urrum... - ela concluiu rapidamente.

— assim que ele me informar o que faremos, organizo e passo pra você metade.

— certo.

— bom, agora irei tomar um banho pois nem tirei a roupa que cheguei de viagem. Estou fedidinha igual você. - cutuco minha irmã.

— ei, eu sou muito cheirosa garota. - ela ria. — tá bom metade, nos falamos mais tarde então, viu! Te amo se cuida.

— você também! Se cuida aí nesses seus negócios de gente grande. Te amo muito, obrigada pela preocupação... Manda um beijão para o papai e a mamãe, diga que estou com saudades. - digo e logo sinto meu coração aquecido de lembrar da minha família.

— mando sim. Beijos meu amor. - faz barulhinho de beijos com a boca. Retribuo e desligo.

Me levanto, jogo meu celular no me travesseiro e vou logo tirando aquela roupa. Me sentia nojenta por saber que estou com ela desde cedo, hoje só tomei um banho antes de vir embora.

Vou em direção ao meu closet, pego uma toalha para o cabelo e meu roupão de algodão super macio. O abraço e sinto um alívio por finalmente estar em casa, após três semanas naquele calor infernal que faz no Rio de Janeiro, sempre nesta mesma época do ano.

— aí que saudade. - penso alto, enquanto abraço carinhosamente meu roupão.

Passo por toda a nossa coleção de roupas, sapatos e acessórios, então sigo para o meu banheiro. Jack e eu dividimos o mesmo closet, porém cada um tem o seu banheiro. Quando reformamos a mansão para morarmos aqui, não vimos necessidade de cada um ter seu closet pois esse é enorme, dá para facilmente esconder uma família, só nesse cômodo. Brincadeiras à parte, eu adoro esse lugar. O meu banheiro é bem maior em questão de ter diferentes partes e prateleiras para guardar todos os meus produtos. Mas o Jack não satisfeito, colocou uma hidromassagem no dele, obviamente no intuito de me fazer inveja. Mas digamos que eu uso bem mais que ele.

Retiro meu sutiã e calcinha, coloco na cesta de roupas sujas e entro no chuveiro quentinho. Deixo a água passar por todo meu corpo, molhando bem cada mecha dos meus longos cabelos pretos e por fim tomo meu banho digno da princesa que sou...

— acordou princesa... - Jack sorri assim que me vê adentrando a cozinha.

Eu estava vestida apenas pelo roupão, só o cabelo que havia escovado.

— oi meu amor, acordei e já estou de banho tomado. - vou até ele e deixo um beijo em sua bochecha.

— que bom, bebê! - sorri com ternura.

— nossa, o cheiro está ótimo! - digo sentando na bancada que há no meio de nossa cozinha.

O observo ele ali, atento para me dar atenção e ao mesmo tempo não deixar que a comida queime.

— Estou fazendo um risoto de funghi simples, sei que você adora meu amor! - diz me olhando de canto, enquanto mexia na panela.

— você me conhece tão bem... - sorrio carinhosamente. Vou até ele e o abraço por trás.

— conheço, tem mais de doze anos já.

— sim, faz um bom tempo. - falo com o rosto colado em suas costas. — E aí vida, precisa de ajuda? Desculpe ter demorado tanto pra acordar.

— não meu amor, eu já estou finalizando só esperando derreter bem o queijo que acabei de colocar. Mas se puder, pega um vinho tinto para acompanhar a janta, ali em nossa adeguinha. - disse da forma mais fofa.

Assinto e vou até a sala de jantar, no qual havia um freezer e a adega ao lado em uma canto próximo à televisão que raramente usamos. Pego um vinho tinto suave, que com certeza cairia em uma combinação esplêndida a nossa janta, já levando duas taças.

— foi bem esse mesmo que queria, amor! - passa por mim sorrindo com dois pratos e talhares necessários.
Deixo tudo na mesa e o ajudo com o restante para nos servir. Como o esperado, a comida estava uma delícia... Jantamos em silêncio, Jack parecia está bem cansado e assim que deitasse provavelmente capotaria, o conheço muito bem. Assim que jantamos em meio a poucas conversas, ele anuncia que vai descansar e me chama. Mas lhe falo que iria limpar a cozinha para que não tivéssemos dor de cabeça amanhã assim que chegarmos do trabalho.

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Notas da autora: como já avisei, mas não custa reforçar estou de volta e soltarei pelo menos um capítulo por dia nessa doce e tediosa quarentena! Comentem o quanto quiserem, votem surtem que eu estou olhando tudo e amo essa interação! Ah leiam o nome do Jack com Jhequi... kkkkk bem gringo! E gente:

FIQUEM EM CASA!!!

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