Mesmo me dando conta de que já havia visto alguns rostinhos pela escola, me dou o direito de apresentar meu trabalho e quem sou para meus alunos. Aproveito a deixa para dizer que alguns me são familiares... Estava tudo ocorrendo de forma saudável, as crianças não paravam de fazer perguntas o que é normal na idade delas mas com todo amor e carinho como de costume, até que escuto batidas, em seguida o rosto de Simony aparece entre o vão da porta.
— com licença senhorita Maraisa, poderia vir aqui por gentileza.
— sim, estou indo. - faço que sim com a cabeça.
Peço para que mantenham o silêncio e vou.
— lembra que te disse que viria uma estagiária mais cedo?
— oi sim, lembro... - olho para ela e em seguida para a menina ao seu lado, no qual fez meu coração acelerar um pouco quando nossos olhares se cruzaram.
— ótimo, está é a Loren que veio para lhe ajudar com as meninas de inclusão durante o ano. - diz em tom direto.
É a moça que não parei para ajudar, puts... Por favor não me julguem, eu estava atrasada... mas se tivesse lhe ajudado não precisaria estar passando por um certo constrangimento.
— oi Loren muito prazer me chamo Carla Maraisa e me perdoe por não ter te ajudado na entrada pois estava atrasada e... - tento me explicar.
— se acalme, não precisa de explicações, não foi nada demais vamos trabalhar... - a menina intervém e eu apenas balanço a cabeça concordando.
— que bom que já se esbarraram, vai ser um ano incrível. - diz Simony. — bom, irei indo tenho muito trabalho para fazer. Até mais tarde meninas.
— Si, muito obrigada mesmo de coração, até mais tarde. - ela diz em um tom carinhoso. Simony retribui em sorriso e acente.
— vamos? - digo. A menina concorda.
Lauren Jauregui.
Uma menina de dezoito anos, está começando a faculdade de pedagogia e esse é seu terceiro trabalho como estagiária.
Loren é bissexual, dona de um corpo escultural mas teme o mesmo e seu estilo mais espojado mostra que não curte muito roupas justas. Cabelos compridos e ondulados, olhos verdes e uma pele branquinha como a neve. Loren é simplesmente a garota mais intensa que alguém poderia conhecer, se joga de cabeça em seus objetivos.———————————————————————
Entramos em silêncio, Loren fechou a porta da sala e me seguiu. Fiz uma breve apresentação da menina, ela acabou tendo de responder algumas perguntas que foram feitas por todas as. crianças e assim seguimos o dia. Não vou negar que gostei dessa menina, apesar de ter cometido uma gafe com ela no começo da tarde, ela é muito prestativa, faz seu trabalho bem feito e rezo a Deus que não seja por ser o primeiro dia. Não me atrapalha em nada mas impõe seus pontos de vista, pessoas assim tomam minha atenção. Passo uns exercícios para as crianças e então me sento em minha cadeira, peço para Loren ajudar quem precisasse.
É incrível, olho para a menina super entretida ajudando cada aluno a realizar o que pedi e muitas crianças já bajulando ela só por ser uma "professora nova", até cartinhas eles já lhe encheram. Aí meu Deus, já perdi meus alunos para ela logo no primeiro dia. Mas ela é tão bonita, se eu estivesse no lugar dos alunos, acho que não faria diferente. Dou uma risada para dentro, faço que não com a cabeça pelo pensamento que tive e volto ao que estava fazendo.
— olá... - Loren diz.
— sim. - suspiro e olho.
— tudo bem? - ela me olha com uma certa preocupação.
— sim está, porque?
— ótimo é que estão pedindo para irem ao banheiro, vim perguntar se posso levar...
— claro, pode levar é ao final do corredor.
Ela os leva e eu já me sinto um pouco mais aliviada, se for assim durante todo o ano eu estou feita na vida. Logo o sinal bate para o intervalo, ela sai para direito da sala do café e assim que todas as crianças saem eu vou também.
Pego meu celular e vejo que Jack mandou algumas fotos do trabalho dos adolescentes de outra Elite. Pediu para eu postar no meu Instagram, não vi o porque disso mas apenas fiz e o marquei, acho que ele queria dar intenção de que fui eu que acompanhei o trabalho de primeiro dia... não entendi.
Minha vida de casada está tão deprimente, parece que ele não me deseja como antes seus olhares estão longe e parece que faz o que peço por ser conveniente não por me amar... pode ser só coisa da minha cabeça, não sei.
Quando éramos namorados tínhamos todo tesão que cabia na terra e não é exagero, era muito bom. Perdemos o espírito da coisa. Enfim, fiz o que pediu sem contestar diretamente e fui tomar café.Chegando lá, cada um como de costume estava em um canto com seus amigos jogando conversa fora... Ao sentir aquele ar pesado no qual há zero união, sinto meu estômago embrulhar, às vezes esse lugar tem cheiro de pomada para rugas não sei explicar, é algo ruim, tinha até esquecido disso.
Quando entro, vejo alguns olhares sobre mim e logo que encaro novamente para aquelas mulheres elas viram o rosto tentando disfarçar. Digamos que elas não vão com a minha cara, por acharem que sou superior sendo que nunca tiveram coragem de vir conversar comigo e digamos que sempre levei numa boa é um prazer não me juntar e escutar dos pais que não pareço com as outras. Percebi que haviam pessoas mais jovens na sala e todos conversando, menos, sim a Loren. A menina de pele pálida estava isolada olhando para o celular em um canto. Inspiro e tomo coragem para ir falar com ela.
— agora sou eu quem pergunta, está tudo bem? - sorrio amigável.
— sim... - ela sorri de canto. — só não conheço ninguém e não sou muito boa para puxar assuntos com pessoas que nunca vi na vida, me sinto um peixe fora d'água.
— ah eu também, e sério... - me sento ao seu lado no banco. — está tudo bem.
— você não é amiga deles?
— não, colega de trabalho já está de bom tamanho. - rio.
— entendi... - ela também ri e de um jeito fofo que mostrou seus dentes e puta merda que sorriso bonito.
— eu vou pegar um café e já volto, ok? - digo me levantando.
— claro, fica a vontade.
Vou o mais rápido que posso, mas no meio do caminho a única pessoa que posso chamar de amiga neste lugar veio de puxar assunto. Mas não fiquei muito feliz, algo me disse que deveria estar em outro lugar não aqui.
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Gente, perdoa o sumiço mas essa quarentena veio repleta de matéria kkkkkkk e mais uma coisa, eu confundi o nome da empregada da maraisa É ANA mesmo hahaha não Maria.
Gostaram?
Acredito que tenha mais um capítulo esta madrugada então curtam e comentem ❤️
Seja bem vindo Loren.
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MY INTERN
Fanfictionminha estagiária - uma fanfic diferente do que já criei. Cansada de um casamento monótono e ao mesmo tempo prazeroso, Maraisa se vê dependente de nada menos uma jovem que apareceu do nada em sua vida e promete abalar suas estruturas. Vamos ver aond...