Capitulo 3: A fuga

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          "A fuga nunca levou ninguém a nenhum lugar."

-Antoine de Saint-Exupéry, escritor de "O Pequeno príncipe".

15/Janeiro.
00:45.

                             [💡]

       Eduardo, Elly e eu nos arrumando,eu  no meu quarto e eles nos seus respectivos  quartos. Olhei em volta está praticamente vazio, sem meus postêres, de  bandas que adoro, Queen,Scorpions, Legião Urbana, Bon Jovi, todas as melhores bandas que conheci neste quarto, na minha cama, mexendo no You tube. 

      Vou com certeza sentir muita falta, do meu quarto, mas eu sei que vai ser melhor assim, vou ter a melhor e mais louca aventura, ao lado das pessoas mais preciosas para mim. Adeus, casa que nunca foi meu verdadeiro lar.

       Sai do meu quarto e bati no quarto de minha irmã, devagar, um toque sutil, ouvi um grunhido estranho saindo de lá, abri a porta e me deparei com Elly, tentando enfiar uma secadora de cabelo, Escova de cabelo, Chapinha de cabelo e entre outras coisas estranhas para beleza em uma mala de mão, mas que grande merda.

-Que, cassete de tralhas são essas? Ellly sua...- Sussurrei  bem baixo.

-Tralhas não!!meus bebês!-Sussurrou ela de volta, com uma voz de bêbada, acho que ela estava com sono, e estava usando um sobretudo preto e gorro preto, ela achava que estava indo pra alguma missão espiã é?

- Vê, se anda logo com isso ,já vou descer sua maluca!!- Sussurrei, fechei a porta  devagar,olhei no relógio do celular,marcavam 1:07 da madrugada, ok  tudo certo deixei uma mensagem para meu pai, dizendo que estaríamos bem, e que amava ele, que qualquer coisa era só ligar para o meu novo número e o da Elly. 

          Coloquei um recado  em um imã na geladeira para minha mãe, não procurar nem minha irmã e nem eu, há não ser para pedir desculpas por ter sido uma -dras-ta e não uma mãe e tal, eu acredito na sua futura reabilitação como mãe, mas claro bem no futuro mesmo. Sai de casa de fininho com minha pequena mala e um bolsão de mão, com meu vídeo-game, jogos de última geração como o do Just dance, nossa essa tava bem pesada.Encontrei  Eduardo na frente de casa pedindo um Uber, e super distraído, uma boa oportunidade para um susto, fiz sinal de arminha  com a mão e coloquei na sua barriga, fingi uma voz grossa assim:

-Passa a vida ou o celular?-Eduardo levantou os braços em forma de rendição, e olhou para mim e fingi um barulho de tiro com a boca. Ele começou a rir, rir alto, alto demais, olhei para trás e vi uma sombra na porta de vidro, empurrei Eduardo para longe e nos escondermos atrás do muro da casa, Mano do céu quem será?

-Poxa, cadê aqueles idiotas? Deveriam estar aqui...- Eduardo  recomeçou  a rir baixo, eu também estava rindo da situação toda, sai do meu esconderijo, com Eduardo na minha sombra. 

- Buuuu- Sussurrei de forma brincalhona, com os olhos arregalados, e as mãos para cima.

-Hihihihihi, você tinha que ver a sua cara, de medo, hahahaha- Debochou Eduardo.

- Seu cocô de rato, cocô de barata, eu vou te bater!- E lá se foi Elly a esbofetear, e dar soquinhos de frustração em Eduardo que era mais alto e bem mais pesado.

- Ei, parem com isso!! Olhem, acho que é o nosso carro gente.-Disse eu para aqueles dois idiotas.

-Ah é esse mesmo, um palio prata.- Ele disse consultando o seu celular, no aplicativo do Uber.

           Entramos no carro do Uber, quietos , por incrível e engraçado que pareça, estávamos sérios, a motorista  parecia séria também, o clima do carro parecia estar super- hiper-mega sério. A Viagem inteira foi silêncio, olhares inquietos e estrada. Chegamos rapidamente no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Galeão, para os amantes de abreviação, A.I.R.J.G , EU mesmo abreviei. 

         Estava com sono, nosso voo, estava marcado para as 3:20 e ainda eram 2:58, tínhamos  cerca de 22 minutos, para fazer nada além de comprar besteiras para comer no voo.Eu comprei vários amendoins, minhocas doces, e  um pacotão de micos. Elly comprou biscoitos, café, e um sacão de polvilho, já o Eduardo não comprou nada porque dormiu em um dos bancos, do Aeroporto.

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Grata da autora, para vocês leitores.

O Inverso de Rafa e Bia(EM EDIÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora