Capítulo 9 - Talvez...

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Julio

Estava parado em frente nossa sala esperando André para irmos para o refeitório, quando Isabela saiu da sala e veio me cumprimentar.

- Oi Julio! - mostrou seu lindo sorriso de sempre.

- Oi Souza! - sorri também, tenho feito muito isso últimamente. Quer dizer, quando estou com ela. Para mim, isso ainda é um pouco estranho. - vai a praia hoje?

- não sei... Você quer que eu vá? - engoli em seco.

- talvez... - respondi e ela iria falar algo se não fosse pela aparição de Andrea.

- atrapalho? - perguntou com as mãos na cintura e uma cara convencida que me arde os nervos.

- sim! - respondi revirando os olhos, então ela se virou para Isa.

- Dá licença? Tenho que falar com ele um minutinho! - falou toda debochada e Isabela ergueu a sobrancelha.

- a gente se vê Julio. - ela saiu me deixando sozinho com o castigo que recebi como irmã.

- Quer dizer que você ta afim da borboletas e girassóis? - perguntou se virando para mim com um ar debochado.

- nao. Mas e se estivesse? Isso não é da sua conta! - respondi sério.

- isso é jeito da falar com a sua irmã? - fingiu surpresa.

- Andrea vê se me erra. - ja estava cansado daquele papo. - o que você quer afinal?

- se afasta daquele povo, você andando com eles não faz bem pra minha imagem. - olhou as unhas recém pintadas.

- garanto que as pessoas com quem eu ando ou deixo de andar, nao São o que acaba com a sua imagem. - ela me olhou indignada.

- Julio! Você é meu irmão querendo ou não, o que acha que vão pensar ao ver que você anda com aquele pessoal? - cruzou os braços.

- você contou para alguem que sou seu irmão? - perguntei nervoso e ela arqueou a sobrancelha.

- como assim? Não contei mas, não é como se não soubesse. Ou não sabem? - respirei fundo - agora estou entendendo tudo, eles não sabem que somos da mesma família né? Você nao contou.

- não faz diferença!

- se não fizesse você teria contado. O que foi Julio? Não quer que saibam que no fim você é só o bastardo que meu pai fez com uma qualquer? - suas palavras me ardiam nas veias.

- não fale assim da minha mãe! Ela não é a vergonha dessa história! - faleu bufando. Se fosse em desenhos animados tenho certeza que fumaça sairia dos meus ouvidos agora.

- não, você é! - me olhou de cima a baixo. - mas querendo ou não agora você vive na minha casa, come na minha mesa, convive comigo. Então é da família. E embora eu deteste isso, é meu irmão. Então trate de agir como tal e se afaste daquele pessoal. - falou e antes de sair me lançou mais um olhar - ou então vou contar para eles aquilo que você ja devia ter contado. - saiu

André finalmente chegou e me olhou confuso.

- era a Andrea que vi falando com você? - perguntou como se não fosse óbvio.

Um mar de Amor • IsulioOnde histórias criam vida. Descubra agora