025 - Peito Comprimido

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Canto à morte e rasgo o peito ao meio,
fujo qual jaguar que a dor castiga,
busco solução mas acho briga...
Não encontro base, só receio...

O ar pesado: o peito o algoz comprime...
Olhos choram ácidos, viroses...
Sol, que sol? Que céu? Visões? Neuroses?
Nego a dor que sinto... Falso crime?

Quedo, calmo, morro e não aceito
tal pesar repleto de amargura...
Vou, a divagar ou porventura
ressurgir de dentro deste peito!

Gustavo Valério Ferreira
03/04/2020


Esse poema é uma tentativa minha de compor versos tonificando as sílabas ímpares dos versos. 

Pra ser sincero, gosto muito desse tipo de verso, além, claro, dos eneassílabos gregorianos que são compostos por três anapestos.

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