8. perdendo ou ganhando?

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Tudo doía,  a coluna por está ha tanto tempo sentada torta no chão duro, os  tornozelos, mas nada doía mais que  ver ele cortejando  Samantha,  não teria imaginado algo assim nem em seus pesadelos,  seu tio aprovava aquilo, era um fiasco, e la estava ela presa aquele asno que não parava de falar, ela não  conseguia ouvir nada que ele dizia ha horas.

- Eles estão vindo- anunciou com desprezo, ela se obrigou a olhar para onde ele apontava e lá  vinham eles de braços dados como um casal, ela não suportaria mais daquilo, precisava esta longe deles- Quer que eu faça algo?

-E o que o senhor faria, o bajularia ate que eles irem, por favor me poupe de sua presença, seja útil e me peça uma carruajem de aluguel-  me  virei completamente para o lago, nem os belos patos aproveitando-se de um grande pedaço de pão conseguia me distrair naquele momento, eu sabia que tinha sido indecorosa com o pobre homem, mas não me importava, queria que ele  se fosse o mais rápido para longe de mim, queria  como nunca quis antes esta no lugar de minha prima, poder está em publico com ele, poder  apreciar como os cabelo dele ficam com cores acaju quando  o sol bate nele, poder apreciar a pele dele, nunca  esteve perto dele sob a luz do astro rei, apenas ao luar como dois amantes, sera que era apenas isso que eles eram? amantes.

Amantes,  ela sentiu tanto nojo daquela palavra, fazia tudo que eles viveram parecer vulgar, ela se sentia vulgar , fútil, como poderia ser melhor que as garotas do Brutt se  ela fazia o mesmo que elas, aparecia no meio da noite para satisfazer os desejos de um homem que não poderia assumi-la durante o dia, não como estava fazendo com Samantha.

 Dierre se afastou e deve ter encontrado com eles pois ninguem se aproximou,  ela estava sozinha ha muitos minutos, o seu ofendido noivo provavelmente fora embora com o casal do ano e a deixou ali sozinha como todos ha havia abandonado também sua vida era uma sucessao de abandonos, todos que ela amava a abandonava de uma forma tragica ou por vontade propria, era sua sina ser abandonada.

- Vamos minha Dona- uma mão estava erguida para ela e o Senhor Dierre a aguardava em pé de costas para o sol, ele nunca foi um homem bonito alto ou atraente mas naquele momento ele era o mais que ela merecia os cabelos cor de ferrugem mais pareciam raios de sol, ele tinha um sorriso curto nos lábios finos e aquele sorriso  lhe pareceu uma manha de natal, algo esperado e unico, ela aceitou sua mão macia e quente, o toque leve como pluma,  ate então todas as bajulações e galanteios dele mais a incomodavam que outra coisa, mas naquele dia apos ser tão grossa com o pobre homem  tinha certeza que ele jamais voltaria, ja estava se preparando para o sermão que o tio lhe daria por espantar mais um pretendente, mas lá estava ele  sendo gentil quando qualquer outro em juizo perfeito já teria ido.

Ele ha conduziu em silencio ate a carruagem pequena que os aguardavam no incio da rua esburacada do parque por chuva, a carruagem era modesta e pequena, mas ela não reclamaria, não desta vez.

-Desculpe-me pela carruagem, foi a unica disponível, a cidade esta cheia e não haviam outras- ele passou a mão pelos cabelos revoltos de baixo pra cima e os baguncou mais, ela se lembrava de já ter visto ele fazer isso antes mas nunca reparava no que significava, sabia o que significava todos os gestos de Philipe mas não sabia nada do homem ao seu lado, o homem que seria seu marido, ela devia mais ha ele.

Não se importou da carruagem ser pequena, ate um pouco fedida a mofo,  ela se aninhou o ombro dele e só acordou quando achegaram, ele estava se retirando da carruagem quando ela despertou.

-Onde vai?

- Irei pedir que lhe preparem um banho de ervas, a umidade pode lhe fazer mal, e isso lhe dará uma desculpa para jantar em seu quarto pois está indisposta, foi isso que disse ao senhor Vasconcelo.

 Estava cansada em todos os sentidos, e adormeci antes mesmo do jantar, ao acordar de madrugada havia um bilhete no criado mudo, o envelope de cor de canela e o cheiro doce de perfume barato deixava claro  que o bilhete vinha do brutt,  eu queria ter forças pra não abri-lo mas eu não era assim.

O que esconde o CondeOnde histórias criam vida. Descubra agora