7-Quanto mais doce melhor

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 A confeitaria estava cheia, suas  vidraças embaçadas com o calor humano do local  repleto com a nata da sociedade francesa que gastava seu dinheiro no café com creme mais caro da cidade. Haviam poucas mesas disponíveis mas  um dos meus homens já havia subornado alguém do salão para que uma mesa próxima aos Feures ficasse disponível assim que eles chegassem. 

Elas estavam  distantes uma da outra,  ha mesa era redonda com panos de renda rosados  que pareciam combinar com o vestido rosa bebê de Velerie, seus cachos estava levemente soltos pelo rosto emoldurando o belo rosto que ficou rosado instantaneamente quando  pois os olhos em mim, haviam tantos dias que não nos víamos que  fiquei levemente eufórico quando a vi, apertei levemente a palma da mão no intuito de me controlar, oras eu não tinha mais quinze anos de idade.

Me aproximei da mesa com cautela de não demonstrar que os tinha visto,  Sr Dierre estava ao seu lado e ficou pálido ao me ver o homem petrificou, o que tornou impossível chegar ate a mesa sem que todos me olhassem, O Sr Feure   seguiu o olhar do futuro membro da família e ao contrario do que esperava seu rosto se iluminou com um sorriso de satisfação, a filha sequer virou-se para ver quem chegava, havia mais uma mulher ha mesa, Cassandra James duquesa de Alterman,  tão influente quanto fofoqueira, já não era tão jovem mas ainda sim era atraente e sedutora de mais para a mulher de um duque.

-Garota adicione uma cadeira para o jovem  Vasconcelos- ele disse para a moça que servia cha em uma mesa proxima- tenho certeza que ele não resistira em ficar em nossa companhia.

Seu olhar lembrou um caçador de coelhos esperando um pobre animal cair em sua armadilha, ele e a filha compartilhavam dessa habilidade de intimar os mais fracos , e mesmo sabendo que ele mesmo tinha armado está ali, ainda sim se sentia uma presa, Samanta o olhou com um leve desprezo, algo sutil perto de esta feliz em velo-lo.

-Será uma honra- respondi ao ve-lo  se afastar abrindo espaço entre ele e a filha onde uma cadeira rapidamente foi posicionada- Senhorita Feure como tem passado- cumprimentei Samanta primeiro, sabendo que estava sob o olhar atento de Valerie- está muito bonita esta manhã.

Ela  revirou os olhos  enquanto eu a elogiava, não que fosse uma mentira, estava vestia uma vestido recatado verde musgo que tampava quase toda ha parte de cima mas apertava toda a sinueta e deixava a imaginação por conta do resto, os olhos estavam delineados  e bem marcantes o que combinava com ela.

-Creio que já conheça minha sobrinha,  Valerie e o Sr Dierre - as palavas do Sr Feure eram uma ameça bem disfarçada sob o olhar calmo,  o olhar de Velerie era um misto de duvida e raiva.

- Senhorita Feure-  cumprimentei de longe não me demorando em olhar pra ela, valerie é muito emotiva e provocar uma crise de choro  ali não era o ideal,  eu já sabia que  aquele encontro já não era o ideal  mas ha boa vontade da prima dela não era algo que acontecia sempre,então pelos pros e contras aqui estavamos.

- Não sabia que era frequentador da confeitaria ?- Valerie disse com desdem, seus olhos eram abismos me perseguindo com fúria.

-Valerie!- o tio a repreendeu com um olhar duro- Não  seja impertinente, o senhor  Vasconcelos ficara com nosco como meu convidado de honra nessa sutil mesa.

-Não é impertinencia nenhuma, realmente não é do meu feitio frequentar esse tipo de estabelecimento- as palavras vieram com mais delicadeza e sutileza que o habitual, era algo que Valerie despertava em mim, sempre meu melhor lado aflorava ao seu lado, algo que  para os meus negocios estava sempre bem escondido- minha vida é totalmente noturna.

- Não é de se duvidar que seja um sacrificio exorbitante passar todas as noites na esbornia - Samanta cortou o assunto com seu cinismo sordido e seu comentario causou um acesso de tosse no pai que engasgou com uma rosquinha 

O que esconde o CondeOnde histórias criam vida. Descubra agora