11. Os loucos também amam

33 5 0
                                    

Não foi uma Carruagem que a pegou em frente ao Brutt, seu cavalo veio trotando ao lado de um homem de feições carrancuda, ela iria perguntar como ele o pegou na estalagem que o deixou mas a pergunta pareceu irrelevante no momento, qualquer efeito do álcool havia sumido após o beijo, jamais se sentirá tão bem e tão mal em tão pouco tempo, já havia beijado outros homens e por mais satisfatório que tivesse sido não se comparava com aquele beijo, ela podia sentir tudo nele próximo há ela e um calor incomum fez seus joelhos esquecerem qual era a forma certa de se manter em pé, ela agradeceu por poder por a culpa na bebida que quando ela a soltou ela cambalear para trás.
Ele a acompanhou até em casa ela entrou direto sem se preocupar em dizer adeus ao homem silencioso que a acompanhou até ali, apenas se esgueirou na escuridão até o galinheiro onde sua criada Talita deu um gritinho quando há viu, a pobre moça provávelmente havia se esquecido que ela se vestia de homem e o grito da jovem podia ter acordado alguém na casa, o que diminuía o seu tempo, elas tiraram a roupa de homem e a substituiu por uma camisola o mais rápido que conseguiram, não precisava perguntar para Talita o que aconteceu, ela sabia que a patroa não gostava de conversar e que o silêncio era o segredo para não serem pegas, ambas saíram de la em silêncio direto para o quarto dela onde uma vela acesa podia ser vista por baixo da porta.
Talita era apenas uma pálida sombra mas sabia que a garota tremia com a possibilidade de serem pegas no meio da noite perambulando pela casa, vindo de onde ela não sabia, mas confiava em Samantha o suficiente para se arriscar, ela foi mais corajosa do que Samantha esperava e girou a maçaneta com cuidado.
-Senhorita Fleure em que posso te ajudar? - ela manteve a porta apenas entreaberta escondendo a patroa.

-Se puder me dizer onde estaria sua patroa antes que eu pergunte ao meu tio onde está a queridinha dele?- sua voz estava rouca de quem chora há muitas horas.
-A senhorita não deveria está aqui o quarto da senhorita Samantha tem roedores e será limpo amanhã por isso minha patroa descansa há muito no quarto de hóspedes na ala norte- ela disse sem ao menos pingarear, como Samantha se sentiu orgulhosa de sua criada, nem todos podiam contar com a lealdade real.
-Mentira, ela está com ele tenho certeza, ela é a nova vagabunda dele- Samantha deu um passo ha frente mas foi empurrada para trás e a criada entrou fechando a porta atrás de si, deixando ela tatear no escuro.
- Senhorita, acredito que tenha consumido das bebidas do seu tio e ele não ficará satisfeito com isso, me deixe levá-la até o seu quarto- Samantha entendeu o recado, ela não se imporaria em discutir com Valérie mas enfrentar seu pai não seria boa ideia, ela ainda tinha indícios do Brutt em si, a cola do bigode, o cheiro de tabaco e o whisky não passaria despercebido aí pai então ela tateou no escuro até o quarto de hóspede mais próximo da ala norte, a cama não estava feita mas sabia que Thalita providenciaria algo, ela deitou e esperou pela criada.
O sol já estava alto quando abriu os olhos, havia uma coberta em cima de si e velas queimadas no criado mudo, e em cima da escrivaninha Valerie a olhava como um gato a um rato.
- É sempre cansativo não é, o banho e relaxante mas o caminho de volta e sonolento e tem que ser silencioso, mas vale a pena não vale? Cada beijo, cada carícias, e o que ele faz com a boca oh se vale a pena- ela segurava um faça pequena mas afiada na mão direita e a balançava enquanto falava, ela não pode deixar de prestar atenção na faca, em geral e era fácil se livrar de Valerie mas uma faca podia dificultar as coisas- ele e sempre tão gentil, e atencioso, ele já te mandou flores por que ele me manda ainda.
Samantha se levantou como se não a visse ali tão ameaçadora, por maior que fosse a coragem de sua prima ela acreditava que àquilo ainda poderia ser resolvido com palavras, no caso muitas palavras de Valerie que parecia falar sem parar, então ela não se importou em se dá ao trabalho de falar em vão, ela jamais ouviria.
-Não se de ao trabalho de negar que estava com ele, pois eu tenho minhas fontes- Samantha respirou fundo enquanto se dirigia até o quarto de banho onde não tinha nem sinal de um banho pronto ou água para suas necessidades- e você sabia de nós, é claro que sabia, lia minhas correspondências e tudo, lógico que sabia o quanto ele me ama mas não resistiu em se jogar para cima dele, não podia deixar que um homem, apenas um não caísse em seus pés.
-Eu li sua correspondência? - lá ia seu plano de ignorar ela até cansar, ela se virou de supetão para sair da casa de banho e Valerie estava em seu encalcio, perto de mais com a faca velha e bem afiada que fincou sua lâmina velha na superfície do seu ombro, foi tudo tão rápido que só se deu conta da faca quando o sangue manchava a camisola branca com uma quantidade maior de sangue que a dor em si.- Sua louca, podia ter pego mais pra baixo e me matado, vê como é irresponsável, acha que pode fazer o que quiser somente por que passei a noite com o seu amante?
Valerie estava em Pânico, ela estava ofegante e vermelha igual um pimentão, seus olhos esbugalhados olhando fixo para o sangue que descia em correnteza para baixo manchando ainda mais sua camisa.
- quando vai deixar de ser uma menina mimada que acha que tudo pode ser seu, vou te contar um coisa sua idiota, o mundo não gira em torno de você- ela não tinha se dado conta que estava aos berros, valerie não parecia respirar, a cor sumiu do rosto rapidamente, Samantha olhou para o ombro onde a faca ainda estava lá com o cabo de madeira há mostra, a raiva em si foi ficando ainda maior, em um puxão rápido ela retirou a faca e a sensação do metal passando em sua carne erra horrível e o sangue jorrou má grande quantidade, manchando-a toda de vermelho o cheiro de ferro a deixou enjoada ela segurou a ferida e olhou rápido para frente ao ouvir um baque alto, no chão parecendo uma pintura estava sua prima pálida como um fantasma ridículo, ela revirou os olhos e a visão ficou turva, tudo foi ficando distante e com as bordas escuras, suas mãos tavam frias, derrepente tudo sumiu.

O que esconde o CondeOnde histórias criam vida. Descubra agora