Capítulo 17

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CLEOPATRA PAIGE

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CLEOPATRA PAIGE

Eu sei como tudo isso começou.

Os anos de miséria e ódio.

Ou pelo menos, acho que sei. Eu tenho uma teoria. E se estiver certa, tudo em que acreditei em toda a minha vida acabará sendo uma mentira.

Ok, isso pode ser um pouco dramático demais. Mas ainda assim.

Estou louca pra caralho.

Já se passaram vinte e quatro horas desde que vi a versão bêbada de Justin, seguida por seu livro com o nome dele e o lápis quebrado.

Desde então, não consigo parar o fluxo de lembranças.

Justin Drew Bieber.

Há algo tão poderoso em seu nome que coisas que eu enterrei dentro de mim estão voltando para a superfície. Todos elas sobre St. Patrick’s.

Mas pela primeira vez, não estou pensando em como Justin e seus lacaios fizeram minha vida infeliz. Não estou pensando em suas brincadeiras. Estou pensando em minhas retaliações. As coisas que eu fiz. As coisas que eu disse.

Estou pensando em nosso primeiro encontro.

Passei a última noite inteira pensando sobre isso, descobrindo lembranças, tentando me lembrar de tudo o que podia sobre a primeira vez que nos encontramos.

De manhã, uma coisa estava clara na minha cabeça. Então, é claro que estou surpresa em como eu esqueci isso em primeiro lugar.

Sua caligrafia de doze anos e minha reação de dez anos a ela.

Agora eu lembro que eu vi.

Nós deveríamos escrever frases na detenção e eu tive um vislumbre das que ele fez em seu caderno. E porque ele era um idiota para mim, eu zombei dele sobre isso. Fiquei tão brava que falei sem pensar a primeira coisa que me veio à mente na época.

É como formigas rastejando por toda a sua página. É nojento. Sua caligrafia é a coisa mais grosseira que eu já vi.

Posso ouvir minha voz na minha cabeça e soa horrível. Parece doloroso.

No dia seguinte, depois do almoço, encontrei meus cadernos rasgados e destruídos no corredor da escola. E então, sorrindo, ele andou até mim e olhou para mim como se quisesse me esmagar sob suas botas de escola. Como outra das minhas retaliações, eu lhe dei um soco no rosto.

Ao longo dos anos, quando sua gangue me xingava, eu os xingava. Eu xinguei Justin de imbecil. De sanguessuga analfabeta e sem objetivo, que sempre iria sugar a conta bancária de seu pai. Eu o xinguei de fardo para a sociedade, um desperdício de espaço.

Quando eles esconderam meu dever de casa, sorri para eles e disse que deveriam ao menos agradecer a Deus que eles me escolhessem para implicar. Se tivessem escolhido alguém como Justin, eles nem teriam qualquer lição de casa para esconder. Porque todos sabiam que ele não tinha entregado um único projeto desde que começou a frequentar a escola.

Bad Boy BluesOnde histórias criam vida. Descubra agora