Capítulo 12

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JUSTIN - O PRÍNCIPE DAS TREVAS

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JUSTIN - O PRÍNCIPE DAS TREVAS

Quando eu tinha uns sete anos, fiz um cartão para os meus pais para o aniversário deles.

Eu não sei o que eu estava pensando, mas acho que queria impressioná-los. Eu queria mostrar a eles que eu era normal, como qualquer outra criança.

Eu queria que eles se orgulhassem de mim.

Mas acho que foi pedir demais.

Meu pai deu uma olhada no cartão e seu rosto franziu. Lembro-me dele amassando-o nas mãos e jogando no fogo.

“Você sempre será uma aberração analfabeta, não é?”

Eu não sabia o significado de analfabeto, mas pela sua expressão e pelo jeito que ele bebeu o uísque em seu copo de uma só vez, me fez pensar que não era uma coisa boa.

Lembro-me da minha mãe entrando e tentando consolá-lo.

“Tudo bem, Jeremy. Nós temos os melhores professores. Com prática, até o próximo ano, você nem saberá—”

“Que ele é defeituoso?” Meu pai apertou os dentes. “Talvez seja você. Talvez eu não devesse ter casado com você. Porque sei que não sou eu. Eu sei que eu não o tornei lento. Não demorei tanto para aprender a escrever.”

Observei minha mãe chorar com isso, e então meu pai se virou para mim.

“Vá para o seu quarto e fique lá. Não há comida para você até que você possa escrever seu maldito nome direito.”

Eu não lembro muito depois disso. Lembro-me de gritar — meus pais brigando, e sei que Nora levou comida para o meu quarto mais tarde naquela noite.

Ela adorou o cartão que eu fiz. Ela até me disse que me amava.

Eu nunca disse de volta. Nunca disse que eu também te amo. Algo me fez calar.

Talvez pelo fato dela estar olhando para mim com pena, ou pode ser que eu nunca acreditei nela.

Apesar da idade, eu entendia que era o que se fazia, quando alguém dizia eu te amo. Foi por isso que escrevi no cartão.

No cartão, eu escrevi: eu te amo, mamãe e papai, junto com meu nome completo; eu estava praticando muito, pegando o jeito das letras.

Estava esperando que eles dissessem isso de volta para mim, mas acho que errei as letras e lá se foi o meu eu também te amo.

Em minha defesa, eu tinha sete anos. Eu era patético. Eu ainda estava tentando ganhar a aprovação do meu pai, tentando mais, sendo bom, fazendo cartões estúpidos.

Eu não estou mais.

Eu não preciso de amor Eu não preciso de aceitação ou aprovação. Eu os rejeito antes que possam me rejeitar.

Mas Blue é diferente. Ela ainda é ingênua. Ela acha que o amor é uma coisa incrível e mágica. Ela quer se apaixonar.

É engraçado como as pessoas esquecem que se apaixonar se chama cair no amor.

Há uma razão para isso. Você cai e quebra a porra da sua perna e sangra. O amor é isso. Sangrar, se cortar de propósito.

É uma fraqueza ser tão louco que você se machucará por outra pessoa. Ou que amará alguém, apesar do quanto eles te machuquem.

Mas tanto faz.

Ela não é problema meu.

Pensando bem, reconheço que agi tolamente esta noite. Eu sabia que era um erro. No momento em que inventei uma desculpa para arruinar seu encontro.

Honestamente, não tenho ideia de por que fiz isso. Talvez eu estivesse apenas fazendo um favor a ela. Que Ryan não é para ela. Ele não é homem o suficiente para ficar com ela.

Mas talvez eu deva deixá-los em paz.

Talvez Blue precise de um pouco de desgosto em sua vida para ver a realidade.

Olho para a cama onde eu a encontrei dormindo, seu cabelo azul esparramado no meu travesseiro.

E depois, há as sandálias dela: também azuis e cheias de minúsculas gotas de sangue. Há pequenos recortes onde os dedos dos pés e o calcanhar dela entravam no plástico barato.

Porra.

Não é de admirar que ela estivesse sangrando. E ela vai sangrar ainda mais porque fugiu daqui descalça.

Rangendo os dentes, eu esmago suas sandálias em minhas mãos e passo para o armário. Abrindo a porta, eu as jogo dentro e fecho com um estrondo.

Meu pau está duro pra caralho. Mais duro do que nunca.

Eu entro no chuveiro e tento limpar a sensação dela. Eu tento limpar seu perfume, sua suavidade.

E quando a memória dela se torna demais, eu puxo meu pau.

Eu ouço suas palavras na minha cabeça:

Eu não quero... Não por alguém que me faz odiar.

Lágrimas nunca foi minha praia. Mas ainda assim, eu me masturbo por ela.

Eu bato, puxo, arrasto, até que eu estou gozando por toda a parede de azulejos, pensando no cabelo azul dela e no cheiro de açúcar.

Porra.

Porra do caralho.

Porra.

Coloco as mãos na parede que tem meu sêmen e respiro fundo, eu fecho os olhos. Provavelmente em arrependimento. Mas então eu coloco um fim nisso.

Ela me odeia mesmo.

Mais um crime contra ela não faria diferença.

Sem comentários...

O que acharam?? FALEM!

Ate o próximo capítulo!

Xoxo.D

Bad Boy BluesOnde histórias criam vida. Descubra agora